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quinta-feira, 18 de junho de 2015

Busto do Padre Lé no Dia da Comunidade Paroquial

Gratidão da Gafanha da Encarnação 
ao pároco que mais anos a serviu


PADRE
MANUEL RIBAU LOPES LÉ
NASCIDO EM 04-08-1922, GAFANHA DA NAZARÉ
ORDENAÇÃO PRESBITERAL, 20-09-1947 BUNHEIRO
PÁROCO DA GAFANHA DA ENCARNAÇÃO, 27-10-1957
VIVEU ATÉ 24-05-2010 NA GAFANHA DA ENCARNAÇÃO


«Nós somos aquilo que somos porque houve homens e mulheres que nos antecederam na vida e na fé e nos ensinaram a ser capazes de dizer obrigado pela comunidade que somos e pela igreja que fomos capazes de reconstruir», afirmou o padre Francisco Melo na abertura da Eucaristia de encerramento das atividades do ano pastoral, que teve lugar no dia 30 de maio, sábado, pelas 18 horas, na restaurada igreja dedicada a Nossa Senhora da Encarnação, repleta de fiéis e amigos do Padre Lé. 
O padre Francisco referiu que o nosso obrigado vai ainda para os párocos da Gafanha da Encarnação já falecidos que a serviram, nomeadamente, os Padres Resende, António Diogo e Manuel Lé, cujo busto seria descerrado no exterior do templo, depois da procissão dedicada a Nossa Senhora, como é tradição no mês de maio.
Referiu o Padre Francisco, coordenador da equipa sacerdotal que inclui os Padres César Fernandes e Pedro José Correia, que o obrigado do povo da Gafanha da Encarnação vai, contudo, de forma muito especial, para «Esta Mulher que aqui está, Nossa Senhora da Encarnação, Mãe de Deus, Mãe da Igreja e nossa Mãe», porque — frisou — «acredito firmemente que hoje chegámos aqui porque Ela intercedeu por nós junto de Deus e nos acompanhou», mas também porque «foi um exemplo de tenacidade, de coragem e de ousadia para levarmos até ao fim os projetos em que acreditámos».

sábado, 30 de maio de 2015

PADRE LÉ NUM PEDESTAL PARA NOS SAUDAR

Padre Lé
Às vezes faz-nos bem sair dos nossos ambientes habituais e procurar no que nos rodeia, um pouco mais ao largo, um recanto sem pressas. Deixar os caminhos por onde andamos sem engano, de olhos fechados, orientados por uma qualquer bússola misteriosa, qual GPS que nos determina os passos e define trajetos, e saltar desse círculo para outros.
A homenagem que foi hoje prestada ao saudoso Padre Lé, com o descerramento de um busto junto à igreja matriz da Gafanha da Encarnação, foi o mote para esse salto. A homenagem, emoldurada por outras festas e recordações, vai merecer um destaque mais alargado num dia destes, porque foi essa a razão da minha presença na terra irmã da Encarnação.
Fui cedo para me deixar envolver pelos ares festivos e por ali cirandei e me quedei a apreciar rostos da minha geração de que a pressa da vida nos separa. Neles vi-me ao espelho, onde sobressaíram cabelos brancos ou a falta deles, rugas como terras margeadas por bois cansados que ziguezagueavam. Mas os olhos e as vozes, meu Deus, não enganam ninguém. Nomes, não me perguntem. Quase todos se me varreram da memória. Com esforço, brotam alguns. Cumprimentos simpáticos, conversas curtas, silêncios e mais silêncios. E o busto do Padre Lé, que à Gafanha da Encarnação a vida deu com presença de mais de meio século, ali ficou num pedestal, a olhar-nos e a saudar-nos, porém, sem o cabelo agitado pelas ventanias de que as nossas terras são tão férteis.
Até um dia destes, se Deus quiser, que o Padre Lé merece.

Fernando Martins

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

A NOSSA GENTE: PADRE LÉ

Um bom amigo 
que faz parte das minhas memórias



O tempo escoa-se e nem sempre temos ocasiões para recordar bons amigos e tantas estórias que com eles partilhámos ao longo da vida. Vida que frequentemente atafulhamos com inutilidades. Pois hoje, em maré viva de recordações, evoquei um bom amigo que tive o privilégio de entrevistar uns meses antes de falecer [24 de maio de 2010]. Já se pronunciava  com dificuldade, mas falou depois de estimulado, não mostrando cansaço. Até chegou a entusiasmar-se. 

Ver aqui

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Ainda o falecimento do Padre Lé

Padre Lé

Da homilia do Bispo de Aveiro, D. António Francisco

«De si, caríssimo Padre Lé, conservarei sempre o testemunho exemplar de quem acolhe, agradece e vive o sacerdócio como dom gratuito do amor eterno de Deus e como serviço permanente àqueles a quem Deus o enviara. Recordarei a fidelidade exigente à oração, a centralidade dada à Eucaristia diária, o sentido de comunhão e de delicadeza com o seu bispo e um jeito tão amigo, alegre e fraterno de ser irmão dos sacerdotes. Sempre que aqui o visitei sentia-o envolto no carinho daqueles a quem se deu por inteiro e por que não referir a ternura com que os mais pequeninos do Jardim de Infância do nosso Centro Social Paroquial o saudavam e identificavam a sua Escolinha com o nome do seu Fundador! Louvo a sua liberdade interior, a sua determinação nas convicções e o seu despojamento, sempre revelado numa vida simples que todos admirávamos.»

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

As minhas homenagens ao Padre Lé



Com as novas nomeações do nosso Bispo, D. António Francisco, o prior da Gafanha da Nazaré, Padre Francisco Melo, vai assumir a paroquialidade da Gafanha da Encarnação. O meu bom amigo Padre Manuel Lé vai, portanto, deixar a paróquia que serviu, com inexcedível zelo, durante 52 anos, depois de paroquiar Préstimo e Macieira de Alcoba, no arciprestado de Águeda.
O Padre Manuel Ribau Lopes Lé nasceu em 4 de Agosto de 1922, na Cambeia, Gafanha da Nazaré, tendo sido ordenado presbítero no dia 20 de Setembro de 1947, no Bunheiro, por D. João Evangelista de Lima Vidal. Nessa paróquia, aliás, serviu como coadjutor durante cinco anos, sendo o braço direito do Padre Domingos da Silva Pinho, por quem tinha e teve, ao longo da vida, muita estima.
Não será altura de avaliar, ao pormenor, o que foi a vida sacerdotal do Padre Manuel Lé, um amigo do seu amigo, mas também, e sobretudo, um homem de fé, com a ideia fixa dos seus deveres de pastor de almas.
Conheci-o desde sempre. Participei, aos nove anos de idade, na sua missa nova, na igreja Matriz da Gafanha da Nazaré, no dia 28 de Setembro de 1947, sendo Prior o Padre Guerra. Lembro-me, perfeitamente, que o Prior Guerra estava ao seu lado, no altar, indicando-lhe, momento a momento, o que devia ler no leccionário. Penso que talvez fizesse isso, não fosse o novo padre enganar-se com os nervos.
Depois, acompanhei-o de perto, tendo sido, na minha juventude, meu director espiritual. Com ele me aconselhava nas dificuldades da vida. E dele recebia sempre a reflexão meditada e acertada, que procurei seguir ao longo da vida. Daí a estima que nutro por ele.
Já agora, permitam-me que diga que foi, por andar com ele, que um dia encontrei a minha futura esposa. Por isso mesmo, foi o Padre Lé que presidiu à celebração do nosso matrimónio, precisamente no Bunheiro, paróquia em que iniciou as suas funções presbiterais.
Ao deixar agora a paroquialidade da Gafanha da Encarnação, posso adiantar que o Padre Lé cumpriu, plenamente, a sua missão de pastor e de amigo, durante gerações. E estou certo de que, mesmo com direito pleno ao merecido descanso, não deixará de continuar com o seu povo. Com a sua presença e com as suas orações.
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Fernando Martins
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Nota: No dia da sua missa nova houve um grande fogo nas medas de palha dos pais do futuro Padre Alexandre Vilarinho. A foto do Padre Lé faz parte dos  meus arquivos. Foi tirada em 1956.