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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Universidade Sénior da Fundação Prior Sardo



                               
Portas abertas à partilha de saberes


Comecei o meu dia no blogue com artes. Penso que as artes devem estar sempre nos nossos horizontes, porque a beleza dá outro sentido à vida. Tal como a bondade, a tolerância e o amor. Mas hoje também poderia começar com outros temas enriquecedores, como a solidariedade, a disponibilidade e a beleza da partilha. É que, a abertura do ano lectivo da Universidade Sénior da Fundação Prior Sardo, que ocorreu da parte da manhã, suscitava isso mesmo.
Mais de meia centena de pessoas interessadas em partilhar saberes e alguns jovens (e menos jovens) disponíveis para as acompanhar e animar, nessa troca de conhecimentos, marcaram significativa presença na sede da Fundação Prior Sardo.
Afinal, e ao contrário do que muitos pensam, há gente que gosta de dar e de receber cultura e valores, que emprestam mais vida à vida de cada um e de todos.
Gostei de tudo, mas não posso deixar de valorizar o precioso contributo de jovens, abertos ao convívio com uma geração mais idosa, que não velha. Idosos que não são velhos são aqueles que acreditam que o saber não ocupa lugar, que há continuamente razões para aprender mais e para dar o seu saber a outros.
Jovens que podiam ser meus netos, mas que ali estavam animados pelo prazer de pôr em comum o que podem (e podem muito) e sabem dar.
Quando vejo uma certa juventude mais voltada para futilidades, mais aprecio esta, que cultiva a solidariedade, a disponibilidade e a beleza da partilha.

FM

Nota: Inscrições e Informações na sede.

 

terça-feira, 20 de maio de 2008

Quem está lá em cima?


Quando o menino viu o sol pela primeira vez, apontou para o céu e perguntou ao polícia que o libertava da cave dos horrores: «É Deus quem está lá em cima?»
Félix, tem cinco anos e é o filho mais novo de Elisabeth Fritzl, a austríaca encarcerada e abusada pelo pai, durante mais de duas décadas. Não se sabe o que aquela criança saberá de Deus. Nem quem lhe terá falado de Deus. Mas não é difícil pensar que terá sido a mãe a falar-lhe de Deus… De que forma terá ela falado de Deus àquele menino, tendo em conta as condições de vida/morte de que eram vítimas, juntamente com os outros dois filhos de Elisabeth?
Elisabeth não terá falado de um deus poderoso com poderes para castigar, nem certamente de um deus violento, capaz de maldades como as que eles sofriam. Se assim fosse, talvez aquela pergunta não ocorresse ao Félix, no momento em que pela primeira vez olhava a luz do dia.
Talvez Elisabeth tenha falado aos filhos do Deus que nos guarda amorosamente no seu coração. Talvez ela soubesse ultrapassar o ambiente de medo e terror com uma imagem de confiança, de uma confiança pura, total na Bondade Infinita… e assim o coração dos seus filhos terá guardado o mais belo exemplo de amor: que Deus «está lá em cima». Acima de todas as injustiças, de todas as depravações, de todas as maldades. E só ele é capaz de eliminar todos os infernos.
O bispo de Nínive, Isaac, um místico do século VII que terminou a sua vida como monge, disse:
«Como poderia conceber que Deus crie um inferno? Deus só pode dar o seu amor. Dá e dará a todos os seu amor: será tudo em todos».

Georgino Rocha