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sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Curvas

Sugestão para passeio


Curva e contracurva no Caramulo. Nos horizontes que mudam minuto a minuto há necessariamente paisagens raras para quem vive na planície. Eu gosto enquanto penso nos que residem em aldeias isoladas, se calhar sonhando com outros ares. Bom fim de semana que já está a chegar.

terça-feira, 19 de maio de 2020

PONTO DE VISTA: VERÃO SEM FESTAS


Está visto e revisto que o próximo verão vai ser muito monótono, sob o ponte de vista festivo: Os programas oficiais não contemplam festas. E sem elas, teremos de recorrer à imaginação de cada um e das famílias. Mesmo que as condições de saúde pública se alterem para melhor, o que será desejável mas difícil de prever, não haverá possibilidades de organizar as tradicionais festas, tanto de âmbito particular como de freguesia e concelhia como regional e nacional.
Nesse pressuposto, temos à nossa disposição e imaginação tempo para recrearmos os nossos lazeres de férias e de convívios, porque nem só de trabalho vivemos nós. Dentro do que será permitido, podemos enveredar por passeios, perto ou mais longe, viagens que nos permitam contemplar outros ambientes, pessoas e culturas, recorrendo aos nossos próprios meios para registar o que mais nos sensibilizou, porque não faltam plataformas digitais para tudo partilhar, numa troca frutuosa de gostos, os mais diversos e até acessíveis.
Por aqui darei conta do que fizer e daquilo que mais me há de marcar no próximo verão.

F. M.

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Uma manhã na Praia do Areão








Hoje acordei cedo com vontade de escrever umas coisitas. Levanta-se a Lita, logo a seguir, e diz-me de pronto que temos de ir ver o mar. «Apetece-me», diz ela. E à sua vontade tudo se altera. «Vamos então à Praia do Areão», sugeri eu. E lá fomos. A Lita esqueceu-se de tomar o pequeno almoço, coisa habitual nela. E na Praia do Areão ainda tudo estava fechado. Duas caravanas com estrangeiros a respirar o ar puro e um pouco fresquinho. Mas tivemos de sair para ela comer qualquer coisa. E comemos na Barra de Mira. Eu, só para lhe fazer companhia. 
Na despedida, metemos conversa com uma senhora que gostava ou precisava de falar. E ao saber que éramos gafanhões, começa a contar histórias das misturas de gentes daquelas bandas, Mira e Vagos, com as da Gafanha da Nazaré. Familiares e amigos abundam nesta terra de Nossa Senhora da Nazaré. E desta nossa cidade, debitou admiração e espanto pelo que tem visto no «passeio dos tristes» com o marido, que é bom falador. «Se ele cá estivesse, o senhor devia gostar de o ouvir contar as suas histórias», disse ela. Prometi que um dia voltaria. 
«Um dia destes, domingo, fomos àquele jardim… coisa linda. Não conheço igual. Canais, pontes, Forte e Farol, barcos e gente a passear. Não me cansei de olhar; e o meu marido até me repreendeu, por eu ficar tão entusiasmada», garantiu. 
A Praia do Areão estava à nossa espera. Um casal de idosos, com ar de ingleses, talvez das nossas idades, estava a chegar do mar, que se mostrava com ondulação que lhe emprestava uma certa beleza. Um casal jovem desafiou longa caminhada pelos passadiços. Um barco de mar esperava a maré. Um velho barracão mantinha-se quieto sem sinais de vida há anos. E a pureza do ambiente, própria de praia virgem, sem caixotes de habitação, desafiou a Lita a passar a barreira para ilustrar a fotografia. A paz do silêncio não tem preço. 

Fernando Martins

sábado, 15 de julho de 2017

Vagueira — Encontro e Surpresa








Com sol a bater forte, que a neblina voou para longe, chegámos à Praia da Vagueira por volta do meio-dia, mais coisa menos coisa. O mar atraía-nos e lá fomos, eu com a ajuda da bengala. Subimos a escada e no topo ouço uma voz: «Olha o professor Fernando!» Era a esposa do meu querido amigo e aluno Carlos Fanado. O abraço da praxe e as inevitáveis perguntas sobre as famílias. Foi, realmente, um momento muito agradável. Depois, com os melhores votos, recíprocos, de saúde e felicidades, cada um seguiu seu destino.
Eu e a Lita olhámos o mar que nunca nos cansa. Pouca gente no areal que era hora do almoço. Umas fotos para recordar e para os meus arquivos que continuam um caos. De tal modo, que seria mais fácil, muitas vezes,  sair de casa para fotografar do que encontrar agulha em palheiro. 
Ao almoço optei pelos jaquinzinhos fritos. A Lita pelas lulas grelhadas. E desandámos que a hora da sesta estava a bater à porta. E na procura do carro, deparámos com um monumento com algo de inédito, porém, denotando boa visão e bom gosto. Homenagem ao Jaquinzinho, com legenda oportuna do escritor João Grave. Sim senhor! Quem se haveria de lembrar? Alguém que aprecia os jaquinzinhos em maré de apetites. Outrora peixe dos pobres e hoje prato para bons palatos. 
E lá estava ele todo ufano espetado num garfo gigante, não fosse alguém devorá-lo em hora de fome. Esta foi a surpresa.O encontro foi com o casal Fanado, também surpresa, diga-se de passagem. 

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Um passeio a Arganil


Uma boa recordação
Arganil
Se eu pudesse, andava por aí a ver coisas interessantes. De preferência pelo interior do país. Sabe-se lá porquê. Talvez por estar habituado a ver o mar e a ria no dia a dia. 
Ao arrumar umas fotografias no meu PC, de um montão delas postas a granel em várias caixas, encontrei boas recordações dessas fugazes viagens pelo interior. Digo fugazes porque raramente saio deste recanto gafanhão. Coisas da vida de quem até gosta de algum isolamento. Parece um paradoxo, mas não é, porque as pessoas como eu também precisam de espairecer, mesmo que raramente. 
Há anos, nem sei há quantos, saímos (eu e a Lita) da Figueira da Foz para uma visita à aldeia de Piódão. Parámos em Arganil e gostámos do que vimos. Andei pela rua estreita que ilustra este curto texto, onde se vendia de tudo. Parecia um supermercado, com a vantagem de se cultivar o sentido de proximidade. Depois passámos pela homenagem ao conhecido político e homem bom Fernando Vale e entrámos no espaço museológico que alberga o consultório do médico Adolfo Rocha (Miguel Torga na literatura). Fomos ainda ao museu etnográfico e seguimos viagem. Hoje, à conta da fotografia que encontrei, voltei a Arganil. Já valeu a pena a reorganização do meu computador. 
Bom fim de semana com ou sem histórias como esta.

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

O que não fiz e podia ter feito

Conímbriga

Quando me recordo dos passeios que dei, das viagens (poucas) que fiz e das terras por onde passei, sem disso tudo registar, algumas vezes, quaisquer imagens que me encantaram e que mantenho na memória, fico incomodado. É certo que não havia o digital nem redes sociais para as partilhar com a facilidade com que hoje toda a gente o faz. E quando vou à cata de algumas, em álbuns ou em caixotes, aos molhos, fico desolado com a má qualidade que ostentam. A vida é mesmo assim.
Quem poderia imaginar que em poucas décadas tantas e tão espantosas mudanças surgiriam ao alcance de um clique, dando-nos a visão clara da aldeia global em que vivemos, onde o aqui e o agora nos mostram os vizinhos do lado a milhares de quilómetros das nossas janelas? E não é que com todos podemos falar, sorrir e chorar, partilhar ideias, sentimentos, emoções e até um pedaço de pão? 
Boa semana para todos.

Fernando Martins

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Farol do Cabo Mondego com mar à vista

Farol do Cabo Mondego
Gosto muito desta paisagem com o Farol do Cabo Mondego a emprestar mais beleza ao enquadramento. Este farol foi o terceiro a ser construído no nosso país, uns anitos antes do Farol da Barra de Aveiro, que tem data de inauguração de 1893. Não tem a altura do nosso, mas não deixa de nos proporcionar momentos agradáveis, com o oceano a dominar no horizonte. Não me perguntem porquê, mas gosto mesmo. Gosta-se porque se gosta, diz-se. Quantas vezes nem pensamos no porquê das coisas. 
Quando vou à Serra da Boa Viagem, passeio que não faço há já bastante tempo, não deixo de contemplar este panorama sem fim, que estimula a nossa imaginação ávida de chegar mais alto e mais longe.


sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Passeios

Santuário de Schoenstatt 
Em moda estão as caminhadas e os passeios de bicicleta. De manhã e à noitinha, não faltam ranchos que caminham tranquilamente. E fazem-no com animação, conversando e rindo. Por razões de saúde e de convivência, está bem de ver. E os ciclistas terão os mesmos objetivos. Então, propomos que de em vez em quando, nestas férias, se peregrine aos santuários de Schoenstatt e de Santa Maria de Vagos. O primeiro, com a finalidade de sentir a serenidade que ali se experimenta, associando-lhes a oração que possa brotar de cada coração agradecido pelas dádivas do céu. O segundo, em homenagem às principais raízes das gentes gafanhoas, num ambiente agradável. Santa Maria de Vagos ali está acolhedora desde a fundação da nacionalidade.


terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Ares do Buçaco

Na serra do Buçaco
Eu gosto muito da nossa região, que tem como matriz a ria e o mar. Desde que acordamos até à hora do descanso noturno, a maresia inunda-nos a todos, o que nos leva até a dizer que ela entrou no nosso sangue. E quando descansamos, no sossego da noite, nem aí nos libertamos por completo da ria e do mar, com sons que enfeitam o ar que respiramos. Mas também gosto da serra com penedias e arvoredos, estradas sinuosas e horizontes a perder de vista. Há meses passei umas largas horas no Buçaco e foi na Cruz Alta que enchi os pulmões da pureza daquela paisagem. E fiquei com saudades... 

sábado, 21 de setembro de 2013

Mata Nacional do Buçaco

Escadaria ladeia água saltitante

Cisne e o seu reflexo

Há dias fui de romagem, bem acompanhado pela minha Lita e filha Aidinha, à monumental serra do Buçaco, para usufruir de horizontes paisagísticos que nos deixam extasiados. É natural que à nossa memória ocorram factos históricos ligados à Guerra Peninsular, mas o objetivo fundamental estava centrado na mata de variedades botânicas que permitem admitir tratar-se do paraíso dos amantes das plantas, de espécies raras e dimensões ao gosto de cada um.

Aidinha e Lita na Cruz Alta

Sair dos nossos quotidianos marítimos e lagunares também é preciso e faz bem ao corpo e ao espírito, tanto mais se nos embrenharmos na vegetação viçosa alimentada pela água saltitante que escorre ora mansinha ora agitada…

Um pouco de história no monumento evocativo da Guerra Peninsular

Lita e Aidinha junto à Oliveira na qual, segundo se diz,  Arthur  Weasley, Duque de Wellington, amarrou o seu cavalo depois da batalha.  Já teve uma placa para assinalar o facto, mas, garantiram-me no local, apodreceu  e ainda não foi substituída por outra

Um passeio que aconselho, de preferência com piquenique para saborear em locais adequados. Não foi o nosso caso, que a decisão da visita foi repentina. Contudo, para a próxima apostaremos nessa forma de saborear uns petiscos no meio da mata…



segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Luso de fugida...

Um passeio de fugida por ambientes conhecidos tem sempre os seus encantos. No sábado passámos pelo Luso, a terra da água cristalina do mesmo nome. Não interessa hoje contar a história da porventura mais importante riqueza do Luso, que isso está claramente no Google e ao alcance de toda a gente, mas importa referir neste meu espaço a visita de sábado, que não deixará de suscitar a curiosidade para outras leituras.
Penso que as termas e curas de água já não são o que eram antigamente. De qualquer forma, há sempre quem aposte nos benefícios das águas, normalmente acompanhadas do descanso num ambiente de serenidade e de ares puros que a serra e o arvoredo alimentam... Quem vai ao Luso e não prova a  água é como quem vai a Roma e não vê o Papa.
Aqui ficam registos da nossa passagem pelo Luso.



Panorâmica da Fonte de São João. Há gente que chega de garrafões vazios e parte de garrafões cheios. Num vaivém contínuo e sem ruídos. A paz, essa convida ao silêncio. Num dístico recomenda-se que os visitantes não levem para a fonte mais recipientes do que os que possam transportar de uma só vez. Não sei se é respeitada a norma... nem isso interessa por agora. É que eu já vi quem ocupe duas bicas ou mais para encher os seus garrafões. Mas há água para todos.



Chapéus há muitos, já dizia o Vasco Santana. A minha filha Aidinha provou este, que lhe ficava bem, para o meu gosto, mas achou que era muito largo. Serviu decerto para outras cabeças. Lá para aqueles lados, os clientes habituais devem ter cabeças um pouco maiores... Será? É que não havia chapéus mais pequenos. Paciência.


E a água... Quem há por aí que não goste de a saborear? A minha Lita e a Aidinha foram as primeiras a correr para a Fonte de São João. Toca a beber, que o leitão, na Mealhada, pedia água pura. Há quem opte por tinto ou branco ou por espumante de qualquer cor. Mas nós somos apaixonados por água pura, que lava o organismo. 




E depois fui eu, que também sou filho de Deus. Deus terá abençoado as águas do Luso, que há séculos matam a sede e a fome a muita gente. Fresca, límpida e saborosa (quem se atreve a dizer que a água de Luso é insípida?) ali está à disposição de toda a gente. Para já, de graça. Com graça... agora ainda é de graça, digo eu, quando quase tudo se paga.

sábado, 28 de novembro de 2009

Para começar o dia: Recordando o Douro


Douro


O Douro sempre apetecido

É nos dias menos agradáveis que me vêm à memória os bons momentos vividos em dias bonitos. Como é o caso de um passeio ao Douro, onde a paisagem, vista de qualquer ângulo, tem uma beleza ímpar. Nesta foto, até as nuvens são dignas dos nossos olhares àvidos do belo.