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domingo, 17 de outubro de 2021

Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza

Celebra-se hoje, 17 de Outubro, o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, com o objetivo de alertar toda a gente para a urgente necessidade de defender um direito básico e fundamental do ser humano. Esta data foi comemorada pela primeira vez em 1992, mas antes, no mesmo dia do ano 1987, Joseph Wresinski convidou as pessoas a reunirem-se em honra das vítimas da fome e da pobreza, em Paris, no local onde tinha sido assinada a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Responderam 100 mil pessoas. Passados todos estes anos, a fome e a pobreza extrema continuam.
Toda a gente sabe que em Portugal há dois milhões de portugueses sem forças nem apoios para saírem da terrível situação da fome. Cruzam-se connosco todos os dias e não descortinamos soluções viáveis. E Portugal é dos países mais pobres da Europa, apesar de tantos luxos por tantos cantos. Apesar de tantos progressos democráticos e políticos.
A situação de pobreza é definida pelo rendimento médio mensal de 540 euros.

segunda-feira, 10 de maio de 2021

Pobreza é tradicional

 “a maior parte dos pobres em Portugal, maiores de 18 anos, trabalha… 
É um número que nos incomoda um pouco”



«É dos maiores flagelos da Humanidade e em Portugal tem uma expressão que causa incómodo. Segundo o estudo «Pobreza em Portugal – Trajetos e Quotidianos», agora conhecido, cerca de 20% da população portuguesa é pobre e “a maior parte tem atividade laboral”. Como diz o coordenador do estudo, o professor da Universidade dos Açores, Fernando Diogo, em entrevista ao SOLIDARIEDADE, “a maior parte dos pobres em Portugal, maiores de 18 anos, trabalha… É um número que nos incomoda um pouco”.
O estudo promovido e já publicado parcialmente em livro pela Fundação Francisco Manuel dos Santos identifica quatro perfis de pobres em Portugal – reformados, precários, desempregados e trabalhadores –, pessoas que vivem uma “pobreza tradicional”, que passa de geração em geração, e que estão permanentemente à mercê das conjunturas. “É verdade que a pobreza se faz corpo em pessoas concretas, os pobres, mas as razões que a explicam são em grande parte resultado de fatores contextuais”, sustenta o investigador.»

quinta-feira, 29 de abril de 2021

Parcialidade face à pobreza


Acácio Catarino
É bastante parcial o nosso combate à pobreza; tal parcialidade verifica-se no tipo de conhecimento desta realidade ancestral e nas respostas para a sua atenuação ou eliminação. Tal conhecimento processa-se, frequentemente, através de informação estatística, por vezes bastante complexa, baseada em recenseamentos, inquéritos e outras fontes; ele ignora ou menospreza habitualmente os dados estatísticos do atendimento social de proximidade e os dinamismos locais de procura de soluções.
Por outro lado, as respostas mais reconhecidas, para a atenuação e eliminação da pobreza, acham-se concentradas no Estado, em instituições diversas e no funcionamento da economia; menosprezam os esforços das pessoas empobrecidas, a entreajuda de proximidade e os processos de desenvolvimento local.
Se fossem tidos em conta os dados estatísticos do atendimento social de proximidade, não se conheceriam todos os casos de pobreza nem todos os esforços das pessoas empobrecidas para a vencer, uma vez que nem todas recorrem a esse atendimento; mas, provavelmente, atingir-se-ia um número considerável das mais graves, que complementaria os dados obtidos por inquérito; e, quanto mais estas estatísticas fossem consideradas, mais pessoas pobres recorreriam aos serviços de atendimento social. Se, para além disso, existissem processos de desenvolvimento sociolocal em cada freguesia, aumentaria o conhecimento das situações de pobreza conjugada com os respetivos processos de atenuação e eliminação.
O Papa Francisco, na encíclica «Fratelli Tutti», abordou este assunto chamando a atenção para a complementaridade da ação básica ou popular, da institucional e da estatal; defende que todas são necessárias para que se atinjam dois objetivos estratégicos: não excluir nenhuma pessoa necessitada; e aproveitar todas as potencialidades de solução (cf., em especial, os n.ºs. 78,169 e 186).

Acácio F. Catarino
Sociólogo, Consultor Social

NOTA: Transcrito de o "Correio do Vouga"

quinta-feira, 1 de abril de 2021

A pobreza e a educação

Não podemos perder 
o progresso dos últimos 15 anos

Não podemos deixar que a pandemia nos leve o progresso dos últimos anos na redução da pobreza, nem na melhoria das qualificações em Portugal, que são o passaporte para sair da pobreza. Os adultos podem manifestar-se e lutar pelos seus direitos; mas as crianças, especialmente as mais pequenas, não.

A taxa de risco de pobreza após transferências sociais em Portugal era, em 2019, de 17,2%, acima dos 16,5% da UE27. Isto significa que 1.768.160 pessoas em Portugal viviam com menos de 6014€ por ano, o que equivale a 501€ por mês, ou 16,5€ por dia. É com estes números que a Mariana Esteves, a Susana Peralta e eu abrimos a primeira edição do relatório “Portugal, Balanço Social”​, que resulta de uma parceria da Nova SBE com a Fundação La Caixa.

Mesmo que a um ritmo lento, a taxa de risco de pobreza tem vindo a diminuir em Portugal. Segundo dados do Eurostat, em 2004 havia 2,1 milhões de pobres em Portugal (20,4%). Isto significa que, em 15 anos, saíram da pobreza cerca de 300 mil pessoas. A pobreza pode ser episódica ou mais duradoura e, em regra, é o resultado da confluência de vários fatores. Além da composição do agregado familiar e algumas características sociodemográficas (como o género, a idade, a nacionalidade ou a área de residência), um dos fatores mais importantes é a relação com o mercado de trabalho.

Bruno P.  Carvalho

Ler mais no PÚBLICO 

domingo, 20 de dezembro de 2020

Deus não precisa de um templo

Crónica de Bento Domingues 
no PÚBLICO



Não se procura um templo para Deus, mas uma casa que reúna a comunidade cristã aberta ao mundo, para que não se esqueça do verdadeiro Natal, Deus-connosco, Deus com os pobres e abandonados pelo nosso egoísmo, pelas desigualdades aberrantes entre os seres humanos, nossos irmãos.

1. Calcula-se que o turismo religioso movimenta por ano, a nível mundial, entre 300 a 330 milhões de pessoas à procura de locais considerados sagrados e, sobretudo, daqueles que se tornaram mais significativos para a religião que cada um professa. São os templos monumentais ou santuários que nasceram de visões ou acontecimentos ditos milagrosos que atraem mais peregrinos.
Paulo Mendes Pinto deu a conhecer uma nova versão do fenómeno inter-religioso muito original e, ao que parece, único no mundo. Excede a pura curiosidade turística, mas com virtualidades que importa conhecer e estudar.
No dia 11 de Setembro de 2016, quando passavam 15 anos sobre os atentados de 2001, a Fundação ADFP, de Miranda do Corvo, inaugurou um equipamento que procura ser uma peça dinâmica e significativa na criação de pontes entre as religiões e na difusão de uma cultura de paz, um lugar onde todos são acolhidos, tratados como iguais, num ambiente onde o conhecimento e a quebra e abandono de todos os preconceitos é a única regra. É o Templo Ecuménico Universalista.
No Google, existe uma reportagem pormenorizada e muito ilustrada da significação das construções minimalistas dessa realização, no cume da serra da Lousã.
É uma bela ideia. Reunir pessoas de culturas e religiões diferentes, convocadas para viverem e exprimirem umas às outras as misteriosas fontes de paz, pode tornar-se mais um caminho de esperança, num mundo mergulhado em violências e guerras de todo o género.

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

SEREMOS JULGADOS PELO AMOR

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo XXXIV do Tempo Comum



Cenário majestoso realça a importância da figura central e contrasta com a simplicidade dos convocados, a sobriedade das alegações, a contundência da sentença. A solenidade da grande assembleia é patente: anjos rodeiam o homem que está sentado num trono de glória, nações inteiras aparecem dos cantos da terra, o universo converge no mesmo espaço e testemunha o acontecimento. A acção a realizar é extraordinariamente simples, semelhante à de um pastor que, ao cair da tarde, ou ao chegar o tempo invernoso, recolhe o rebanho, separando as ovelhas dos cabritos. Mt 25, 31-46. Mas simboliza o nosso futuro definitivo. 
A imagem pastoril ilustra, de forma acessível e eloquente, a mensagem que Jesus pretende “passar” aos discípulos de todos os tempos: a opção pelo futuro constrói-se no presente, a semente contém, em gérmen, a árvore, a relação solidária vive-se em atitudes concretas, a glória do Pai brilha nos gestos de fraternidade, a atenção aos “pequeninos”, a quem a vida não sorriu por malvadez humana, manifesta o reconhecimento de quem se identifica com eles e por eles vela com a máxima consideração. 

quinta-feira, 18 de junho de 2020

POBREZA: É a hora de todos colaborarem

«É preciso deixar ideologias, 
esta é a hora de todos colaborarem»

Pobreza - Foto da Cáritas 

“Assim aconteceu quando se viabilizaram as medidas de prevenção do Covid-19, no nosso país, portanto é possível. Que os deputados com assento parlamentar discutam a real situação da pobreza, se revelem verdadeiros políticos, que a sua motivação seja a defesa do bem comum”. 

Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa 

Ler mais na Agência Ecclesia

segunda-feira, 6 de maio de 2019

Bento Domingues — Os crismados responsáveis pelo futuro



"Sem empenhamento em fazer acontecer, na sociedade, 
o que celebramos, caímos no ritualismo"

1. As hierarquias eclesiásticas são muito tentadas a criar charadas para os párocos e os teólogos resolverem. O Crisma passou a ser exigido para se ser padrinho ou madrinha de outros sacramentos. Esta norma coincidiu com a progressiva falta de cristãos para satisfazer essas condições. Foi, então, decidido antecipar a idade para receber esse sacramento. Pior a emenda que o soneto. O Crisma passou a inscrever-se no fenómeno a que o Papa Francisco chamou a debandada da juventude, depois da catequese e da comunhão solene. Estamos sempre a ouvir esta observação: sou baptizado, fiz todas as comunhões, até sou crismado, mas isso já foi há muito tempo.
Não tem de ser assim. Um catolicismo iniciático deve ter várias etapas, desde o nascimento à Santa Unção. O Crisma, no Ocidente, deveria ser entendido como o Sacramento da responsabilidade pelo futuro da própria vida, da sociedade e da Igreja. Neste sentido, a idade mais aconselhável seria a do momento em que os jovens se preparam para tomar a sua vida nas próprias mãos, seja qual for o itinerário da sua escolha. O modelo é o do próprio Jesus. Foi depois de ter recebido o Espírito Santo que apresentou o programa da sua intervenção pública, um programa carregado de dimensões sociais e políticas: o Espírito do Senhor está sobre mim porque Ele me ungiu (crismou) e enviou para evangelizar os pobres; para libertar os presos e os oprimidos, para dar vista aos cegos, e para proclamar um ano de graça do Senhor [1], isto é, um Jubileu!

domingo, 17 de fevereiro de 2019

Frei Bento Domingues - Os outros estão a mais? (1)

"Depois da morte de Deus viria, não a emancipação, mas a morte do ser humano. Já há muito tempo que desconfio de tanta promessa e de tanta ameaça."


1. Nietzsche (1844-1900), um dos primeiros filósofos que estudei, é uma figura de contrastes desmedidos. Tem tanto de visionário fascinante como de classificador irritante. Disse o pior do Sermão da Montanha, uma das peças mais belas e revolucionárias do Novo Testamento [1], proposto, hoje, como desafio às comunidades eucarísticas. Classificou-o como um atentado contra a natureza: a vida acaba quando começa o Reino de Deus e a prática da Igreja aí está para o confirmar [2]. 
Deixemos, para já, o sermão de Nietzsche, sermão da morte de Deus em nome da exaltação da vida e do Super-Homem, aproveitado pelos nazis para a glorificação do crime nacionalista, anti-semita e racista. 
No entanto, as religiões estão em maus lençóis por razões mais óbvias e imediatas. A embriaguez criada pelas revoluções agrícola, científica, industrial e cultural ainda não serenou. Tornou-se mais aguda. Entrou em delírio. O império da tecnociência em todos os domínios e, agora, as promessas do reino prometido da inteligência artificial, nas suas infindáveis aplicações, estariam a deixar Deus cada vez mais desempregado. Por outro lado, diz-se que a extensão da robótica se encarregará de dispensar aqueles que a criaram. Depois da morte de Deus viria, não a emancipação, mas a morte do ser humano. Já há muito tempo que desconfio de tanta promessa e de tanta ameaça.

sábado, 1 de dezembro de 2018

“É PRECISO MAIS PARA QUE FALTE AINDA MENOS”

Bancos Alimentares apelam à contribuição 
em  nova campanha de recolha de alimentos


A campanha conta com a participação de 42 mil voluntários e o contributo de todos nós vai permitir apoiar 400 mil pessoas, através de 2600 instituições de solidariedade social. Hoje e amanhã,  os Bancos Alimentares  Contra a Fome contam com a nossa comparticipação, junto supermercados e demais superfícies comerciais. A campanha prolonga-se até 9 de dezembro. 

Pode ler mais aqui 

NOTA: Todos sabemos que há fome em Portugal e que os serviços do Estado não conseguem garantir o apoio, urgente e necessário, aos mais pobres dos pobres. Também sabemos que o mais importante seria que todos os portugueses tivessem trabalho, com direito a um salário justo, mas tal não acontece. Nem sei se em alguma sociedade a chaga da pobreza  é inexistente. Daí as ações dos Bancos Alimentares e outras instituições para colmatar a dificuldade de responder objetivamente à pobreza no nosso país. Contudo, se todos pudéssemos  matar a fome aos pobres que nos rodeiam, seria um excelente princípio. 

quinta-feira, 22 de março de 2018

MARCELO SENTE "VERGONHA PELA POBREZA"


Li no PÚBLICO que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, expressou ontem, numa conferência, sentir vergonha pela pobreza existente em Portugal e apelou à criação, com urgência, de uma estratégia nacional. "Temos de ser capazes de fazer chegar à sociedade portuguesa a seguinte mensagem: ninguém é feliz ou pode ser feliz fingindo que não existe pobreza ao seu lado. Ou, dito de outra forma: é uma vergonha nacional sermos, em 2017, e agora já em 2018, das sociedades mais desiguais e com tão elevado risco de pobreza na Europa. Eu tenho vergonha", afirmou.


Ler mais no jornal PÚBLICO  

NOTA: "Ninguém é feliz ou pode ser feliz fingindo que não existe pobreza a seu lado." É isso mesmo. Um dia, Madre Teresa de Calcutá respondeu a quem lhe perguntou se seria possível erradicar a pobreza no mundo: — É... se cada um de nós matar a fome ao primeiro pobre com quem se cruza no dia a dia.



terça-feira, 16 de janeiro de 2018

ROBIN DOS BOSQUES ATÓNITO



“Se o Robin dos Bosques levantasse a cabeça ficaria atónito (…). Em Portugal vai-se usar dinheiro da caridade para salvar um banco”

Martín del Barrio, jornalista do Diário Espanhol “El País”

Comentando o projetado investimento (€200 milhões) da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa no Banco Montepio Geral

Li na revista E do EXPRESSO


Nota: Neste preciso momento, ainda não sei em que param as modas, isto é, se o investimento vai mesmo por diante ou se tudo cairá em saco roto. Mas só de pensar que a hipótese foi sugerida fico mesmo incomodado. Num país com tanta pobreza, todo o projeto foi uma indesculpável ofensa à realidade concreta dos portugueses sofredores. Mas se se concretizar a ideia e se os milhões forem por água abaixo ninguém vai preso?

domingo, 27 de novembro de 2016

Uma nova revolução cultural

Crónica de Frei Bento Domingues 



1. O Ano litúrgico terminou com a carta apostólica Misericordia et Misera [1], do Papa Francisco, que marca o encerramento do Ano Jubilar da Misericórdia, mas não da misericórdia. Aproveitou para afirmar: “Quero reiterar, com todas as minhas forças, que o aborto é um grave pecado, porque põe fim a uma vida inocente, mas, com igual força, posso e devo afirmar que não existe nenhum pecado que a misericórdia de Deus não possa alcançar e destruir, quando encontra um coração arrependido que pede para se reconciliar com o Pai. (...) Para que não exista qualquer obstáculo entre o pedido de reconciliação e o perdão de Deus, concedo a partir de agora, a todos os sacerdotes, em virtude do seu ministério, a faculdade de absolver todas as pessoas que tenham incorrido no pecado do aborto.”
É normal que os grandes meios de comunicação tenham realçado esta coroa da misericórdia. Mas Bergoglio procura integrá-la numa perspectiva mais envolvente, destacando acontecimentos, mensagens e figuras que são a própria respiração dos Evangelhos. Se ficasse por aí, continuávamos a olhar para a beleza de há dois mil anos: uma galeria da misericórdia do passado. Se ficássemos, apenas, com as expressões devocionais e sacramentais do Ano Jubilar, não saíamos dos espaços e dos ritmos do culto católico. A misericórdia não se exerce apenas, nem sobretudo nas missas, em resposta à carinhosa exortação saudai-vos na paz de Cristo!

sábado, 3 de setembro de 2016

Teresa de Calcutá: Livre para seguir Jesus

Reflexão de Georgino Rocha


As multidões porfiam em acompanhar Jesus. Certamente por diversas razões: ver o que fazia, curiosidade, pedir algum favor, pressentir que era chegada a hora de Deus libertar o seu povo, querer ouvir os seus ensinamentos, satisfazer os anseios do coração, seguir os seus passos. Uma diversidade que precisava de ser clarificada. Nem tudo serve para sintonizar com o projecto, a mensagem de salvação. E Jesus propõe-se fazê-lo. Não quer ninguém iludido, nem alimentar falsas esperanças. Define regras, estabelece critérios e condições. E respeitador da liberdade humana, como mais ninguém, adianta: “Quem quiser ser meu discípulo…”. Que maravilha: ser discípulo em liberdade. Que clareza de opção: priorizar o amor e, a partir dele, dar o justo valor a outros bens indispensáveis à vida. Que beleza de horizonte a abrir sentido às “coisas” de cada dia: deixar-se atrair pelo verdadeiro bem que brilha na doação incondicional de Jesus, na sua morte e ressurreição em Jerusalém. Na sua cruz florida!
Lucas, o evangelista narrador, indica três critérios de discernimento ou exigências básicas para seguir Jesus, para ser discípulo-cristão: os afectos do coração, o amor à vida, o apreço pelos bens materiais. E todos ao serviço do projecto de salvação que Jesus realiza em benefício da humanidade inteira. Não se pode ser cristão “a meias”. Há que optar, o que exige preferência por um bem e renúncia a outros. E Jesus é o Bem Maior.

domingo, 27 de dezembro de 2015

Notas do meu diário — Natal de 2015


1. Perdi a conta aos textos que escrevi por encomenda sobre o Natal. Há anos tive a coragem de declinar os convites que me chegavam nesta quadra talvez por recear repetir-me nas ideias, nos conceitos, na forma e no estilo. Julgo, porém, que podia e devia ter evitado a indelicadeza de dizer não, sobretudo a pessoas que muito estimo, mas na realidade fi-lo por receio de não dizer coisa de jeito. Contudo, gosto de escrever quando a vontade de o fazer me aperta ou quando sinto uma razão motivadora. Foi o caso deste ano...

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Um em cada dez trabalhadores vive na pobreza?

“Um em cada dez trabalhadores em Portugal é pobre”, disse José Soeiro, deputado do Bloco de Esquerda, durante o debate do programa do Governo na Assembleia da República, nesta quinta-feira.




Durante a discussão do programa do Governo, nesta quinta-feira, José Soeiro, deputado do Bloco de Esquerda, lembrou que o aumento do salário mínimo é fundamental para reduzir a pobreza, nomeadamente entre os trabalhadores. Numa questão colocada ao ministro Vieira da Silva, Soeiro lembrou que "um em cada dez trabalhadores em Portugal é pobre", defendendo que o "aumento de 600 euros é uma medida sensata", que também beneficia as pequenas e médias empresas.

Li aqui 

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

O VALOR DE UM GESTO NO COMBATE À FOME

Nova Campanha de Recolha de Alimentos 
dos Bancos Alimentares
28 de novembro a 6 de dezembro




«É já no próximo dia 28 e 29 de novembro que os Bancos Alimentares promovem mais uma Campanha de Recolha de Alimentos a nível nacional. Com a participação de mais de 42 mil voluntários, a iniciativa volta a apelar à solidariedade de todos os portugueses, reforçando a importância da doação de alimentos e o valor do gesto da partilha no combate à fome.» 

Ler mais aqui

NB: É conhecida de há muito tempo a generosidade dos portugueses. Por mais modestos que sejam, estão sempre prontos para ajudar os mais necessitados, Daí as centenas de instituições de solidariedade social que foram criadas ao longo de séculos para cuidar dos mais pobres. E se há inúmeras instituições que apoiam os que mais sofrem, os Bancos Alimentares têm estado na linha da frente na atenção a quem mais precisa. Por isso, aqui fica o meu desafio a todos os meus amigos para que colaborem nos próximos dias. Um milhão de pobres na pobreza extrema e outros tantos no limiar da pobreza merecem, realmente, os nossos contributos.

domingo, 18 de janeiro de 2015

Papa nas Filipinas

Francisco apela à luta contra a pobreza 
e à defesa da família,
em Missa com seis milhões de pessoas

Papa nas Filipinas

«O Papa presidiu hoje em Manila à Missa conclusiva da sua viagem às Filipinas, perante uma multidão de vários milhões de pessoas, e desafiou os católicos a lutar contra a pobreza e defender a família.
“Pelo pecado, o homem destruiu a unidade e a beleza da nossa família humana, criando estruturas sociais que perpetuam a pobreza, a ignorância e a corrupção”, denunciou Francisco, durante a maior celebração do atual pontificado, junto ao estádio ‘Quirino Grandstand’, na área do Parque Rizal.
A Autoridade Metropolitana para o Desenvolvimento de Manila avançou oficialmente com o número de seis milhões de participantes, o que representa um recorde na história dos pontificados.
Como fizera esta sexta-feira, o Papa alertou para a necessidade de promover a família e a natalidade.»

Ler mais na Ecclesia

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

POBREZA E DIREITOS HUMANOS

Solidariedade: 
Erradicação da pobreza em defesa dos direitos humanos


«A jornada internacional pela erradicação da pobreza vai ser assinalada hoje em Lisboa com a apresentação do projeto ‘Impossible – Passionate Happenings, que pretende declarar a pobreza como ilegal.“Salvaguardar e promover a dignidade de tudo quanto existe, enquanto gratuidade, ou ser sem razão” é a missão da ‘Impossible – Passionate Happenings’ que vai ser apresentada na Rua Augusta, em Lisboa, explica o comunicado enviado à Agência ECCLESIA.»

Ler mais aqui

NOTA: Este desafio, que devia ser seguido em Portugal e no mundo, por todo o canto e esquina, bem merecia ser levado à prática por todas as gentes. Há pobrezas que são escandalosas ofensas aos direitos humanos, nem sempre ao nosso alcance de as combater. A denúncia, que não deixa de ser importante, precisa de ser acompanhada de intervenções concretas de entidades oficiais e comunidades, mas também de gestos de partilha com os mais desfavorecidos. Sabe-se que há muitos pobres que são extremamente  generosos  e alguns  ricos que gostam de ajudar, mas também é certo que há pobres muito ricos e ricos muito pobres,  na hora da caridade e da solidariedade.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

FOME EM AVEIRO

Não será novidade para ninguém que há dois milhões ou mais de portugueses que vivem em pobreza extrema. O Jornal de Notícias de ontem afirmava: «Mais do que as horas de espera, é a fome que lidera as queixas apresentadas por doentes e seus familiares, quando acorrem à Urgência do Hospital de Aveiro.»