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quinta-feira, 23 de junho de 2016

Sobre a leitura

Alçada Baptista era um bom contador de estórias. 
Incisivas e com graça. Como esta:

Alçada Batista
Raul Solnado 
«O meu querido Raul Solnado quis ser simpático com o filho de um amigo, um rapaz de 23 anos. Achou que se devia interessar pelas suas preocupações. Disse-lhe:
— Então, rapaz, tens lido alguma coisa? Gostas de ler?
Ele pensou só um bocadinho e respondeu:
— Evito.»

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Português e Matemática




A comunicação social noticia que os exames de Português e Matemática, do 12.º ano,  denunciaram a má preparação dos alunos. Os resultados foram negativos, sendo de sublinhar que na disciplina de Português não se viam notas destas há 14 anos. A Matemática, já nem se fala, pois os nossos alunos, na sua grande maioria, continuam a olhar para os números com horror.
Estou longe de saber de quem será a culpa. Normalmente, atribui-se aos alunos a responsabilidade das más notas em Matemática; os professores ficam à margem, como se fossem todos pedagogos notáveis. Ora, eu acho que os professores deviam fazer um exame de consciência, no sentido de descobrirem se da parte deles haverá capacidade e arte para motivar alunos. O mesmo poderá ser dito aos professores de qualquer área.
A nível do Português, também não me espanta a situação. Pelo que tenho sabido, os nossos jovens leem pouco; muitos fogem dos livros como o diabo da cruz. E sem leituras, na área das Línguas como noutras, não se vai a lado nenhum.

Uma pequena estória

Alçada Baptista era um bom contador de estórias. Incisivas e com graça. Como esta:

«O meu querido Raul Solnado quis ser simpático com o filho de um amigo, um rapaz de 23 anos. Achou que se devia interessar pelas suas preocupações. Disse-lhe:
— Então, rapaz, tens lido alguma coisa? Gostas de ler?
Ele pensou só um bocadinho e respondeu:
— Evito.»

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Alçada Baptista e Raul Solnado


Alçada Baptista era um bom contador de histórias. Incisivas e com graça. Como esta:

O meu querido Raul Solnado quis ser simpático com o filho de um amigo, um rapaz de 23 anos. Achou que se devia interessar pelas suas preocupações. Disse-lhe:
- Então, rapaz, tens lido alguma coisa?  Gostas de ler?
Ele pensou só um bocadinho e respondeu:
- Evito.

In A Cor dos Dias

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

RAUL, de José Manuel dos Santos, no EXPRESSO

A sua morte faz-me falar da sua vida e da sua arte. No primeiro "Zip Zip", ele entrevistou Almada Negreiros, e esse foi um dos momentos míticos da televisão. O autor da "Cena do Ódio" e do "Manifesto Anti-Dantas" era um homem com um sentido instintivo do espectáculo e sabia fazer a grande afirmação e a grande negação que provocam, espantam, escandalizam. Fazia-o como quem proclama verdades eternas e mentiras lapidares. Naquele lugar e naquele tempo, isso acendia um fogo alastrador, e os aplausos de uma plateia em êxtase acabavam cada frase que ele atirava.
Lembro-me da cara maravilhada dos entrevistadores, Raul Solnado e Carlos Cruz, a conversar com um velho senhor vestido de escuro, que falava de si e do mundo, enquanto Fialho Gouveia mostrava quadros seus, que tinham sido levados ao Teatro Villaret. Aqueles entrevistadores estavam perante Almada como se está em frente de um fenómeno, de um monumento, de um caso, de um prodígio.
Leia tudo aqui

domingo, 9 de agosto de 2009

Raul Solnado

Na galeria dos inesquecíveis A meio da manhã, ligou-me o António Macedo, da Antena 1, com a voz tensa e a notícia de um rumor: constava que tinha morrido o Raul Solnado. Perturbado e um tanto incrédulo, dado que os nossos últimos encontros não pressagiavam tão brutal novidade, procurei informações junto de um amigo comum que o acompanhava sempre: o Manolo Bello. Era verdade. Duas horas antes destas amargas conversas, perdêramos do nosso convívio um homem raro, alguém que não fazia apenas parte de um círculo de amigos mas da existência dos portugueses todos. E nessa manhã negra de ontem, em homenagem à memória do Raul, tomei dois whiskies como tantas vezes fizemos juntos. E entristeci. Mário Zambujal, no PÚBLICO de hoje, Caderno Principal, 3.ª página