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quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

SÃO PAULO CELEBRA-SE HOJE

A conversão de São Paulo, que ocorreu quando se dirigia a Damasco para prender seguidores de Jesus, celebra-se hoje, 25 de Janeiro. 
Segundo o livro Atos dos Apóstolos, caiu por terra, fulminado por uma luz, ficou cego e ouviu uma voz que abriu portas à sua adesão ao Nazareno. De perseguidor dos primeiros cristãos passou a seguidor do Mestre que amou incondicionalmente como ninguém.
Tolentino Mendonça, no seu livro "METAMORFOSE NECESSÁRIA - Reler São Paulo", de que dei nota no meu blogue, refere que a conversão de São Paulo, a caminho de Damasco, foi “imediata, total, fulgurante, na forma absoluta como acontece”, transformando o perseguidor em seguidor apaixonado pela mensagem de Jesus.
Reforço o conselho de que leiam  o livro citado, que nos leva a redescobrir "um dos pensadores fundamentais do Ocidente", como se lê na contracapa da obra elaborada pelo Cardeal Tolentino. 

segunda-feira, 29 de junho de 2020

Feliz és tu, Simão Pedro

Reflexão de Georgino Rocha 
para a festa de São Pedro e São Paulo, 
Apóstolos - 29 de Junho

Jesus declara feliz Simão Pedro pela resposta dada à pergunta que havia feito ao grupo dos apóstolos: “E vós quem dizeis que Eu sou?” Espontâneo e emotivo, diz sem hesitação: “Tu és o Messias, o filho de Deus vivo”. Jesus acolhe esta resposta que o identifica na sua realidade mais profunda, revela que Pedro foi agraciado por uma revelação especial de Deus Pai e anuncia a nova identidade que ele viria a assumir na Igreja encarregada de propor a verdade, de estabelecer laços de comunhão, de ser pedra sólida na construção de uma nova civilização - a do amor.
A missão de Pedro emerge da identidade de Jesus Cristo e configura-se no seio de uma Igreja marcada pela fidelidade e responsável pelo testemunho coerente e oportuno. Assente nos seus traços principais, a missão de Pedro e dos papas, seus sucessores, tem procurado, ao longo da história, a melhor forma de levar à prática o exercício desta missão. Nem sempre fácil, como demonstram os factos. Mas a harmonia na comunhão e o respeito pelas diferenças legítimas são sempre desejados e, ultimamente, foram expressos como “pedido” oficial ardente por João Paulo II, Bento XVI e Francisco.

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Georgino Rocha — Vós sois todos irmãos

Carta de São Paulo aos cristãos de Tessalónica


Jesus, perante a atitude dos fariseus, endurece o discurso. Deixa as parábolas, as perguntas pedagógicas, as respostas provocantes. Adopta um estilo directo. Dirige-se às pessoas, aos líderes do povo, aos mestres da Lei e oficiantes do culto. E faz um relato das suas principais atitudes para, em contraste, deixar claro aos discípulos como se hão-de comportar na nova comunidade que vai surgir.

Mateus organiza o discurso em duas partes: a primeira está centrada na denúncia da hipocrisia dos actuais responsáveis, ali representados; a segunda focaliza-se em três advertências que descrevem o estilo de vida anunciado por Jesus. (Mt 23, 1-12). E projecta a sua luz nas comunidades cristãs locais e na Igreja universal de todos os tempos. Luz que brilha com nova intensidade no modo de ser e de agir do Papa Francisco e de muitos outros. Oxalá que também em nós!

A denúncia é contundente: “Não os imiteis”. Dizem e não fazem. Impõem fardos aos outros e não os carregam. Gostam do espavento e da adulação. Puxam por títulos e honrarias. Tudo a encher o olho, mas o coração tem outros amores. Não seja assim entre vós. Apesar disso, Jesus aconselha a ouvir os seus ensinamentos, a observar o que prescrevem. Manifesta o respeito por quem se senta na cátedra de Moisés ou seja tem a responsabilidade de transmitir ao povo fielmente a mensagem bíblica, apesar da fragilidade.

A coerência de Jesus é clara. Mas a denúncia é mais eloquente e constitui espelho polido de quem sabe umas coisas e faz outras: apreciar a verdade e viver na mentira, conhecer o valor da assembleia dominical e não tomar parte na celebração da missa ou saber que é preciso comungar dignamente e não se importar com o estado da sua consciência, rectamente formada. O risco é, como adverte São Paulo, assinar o decreto da própria condenação. (I Cor. 11, 29).

O estilo da comunidade dos discípulos de Jesus contrasta radicalmente com o dos fariseus. “Sois todos irmãos”, declara o Mestre em tom solene. Para sempre. O que vai além disto é lixo que corrói o melhor da novidade cristã. A história, mesmo recente, regista uma longa lista de elementos corrosivos. E assim lança-se o descrédito sobre a beleza da mensagem, a fraternidade humana, o caminho de liberdade, o encanto do serviço por amor, a grandeza de ser o último por opção. E surge o desabafo acusatório: “Dizem, mas não fazer”.

A radiografia das vulnerabilidades dos cristãos e suas famílias, dos movimentos e comunidades, como outrora as dos judeus destinatários da profecia de Malaquias, hoje proclamada na liturgia, tem características bem descritas pelo Papa Francisco. Enumeram-se algumas referidas aos padres: O ministério vivido como actividade funcional; o rigorismo legalista; o perigo da banalização nas celebrações sacramentais; o ritualismo rigoroso; a escassa predisposição para a oração; a distância dos pobres, a escassa maturidade afectiva, o apego ao dinheiro, e muitas outras, a par de incontáveis exemplos de doação generosa e, por vezes, heroica. “Nos escritos do Papa pode encontrar-se o melhor mapa da realidade sacerdotal que há que renovar em cada dia”. (J. Rubio Fernandez, Homilética 2017/8, p. 641).

Paulo, na 1.ª carta aos cristãos de Tessalónica, mostra uma comunidade que vive o estilo novo preconizado por Jesus. A mãe que cuida dos filhos, em família, é escolhida para exemplo a imitar entre os cristãos: os que desempenham os diversos ministérios e serviços; e os que têm autoridade e os outros cristãos. “Pela viva afeição que vos dedicamos, desejaríamos partilhar convosco, não só o Evangelho, mas a própria vida, tão caros vos tínheis tornado para nós”, diz o autor da carta em comovente e entranhada relação de amor.

O contraste com a atitude dos fariseus é radical. Paulo vive o ensinamento de Jesus, sem restrições. A novidade cristã começa a brilhar e quer irradiar no mundo. Também hoje. E surgem notas típicas que nos ajudam a reacender a esperança. De acordo com os textos deste domingo, são de realçar as seguintes.

A primeira diz respeito à delicadeza de relação entre as pessoas e ao espírito de serviço das instituições eclesiais num mundo em que predomina o anonimato e a burocracia, a senha e a lista de espera. Os responsáveis pastorais, padres e leigos, estão chamados a fazer, pelo exemplo, o contraponto a esta engrenagem, a aquecer e libertar tantos corações tolhidos pelas circunstâncias e amarrados pelas normas.

A segunda está relacionada com a apresentação da mensagem. Em linguagem acessível, leve e apelativa. Ela é verdadeiramente a boa nova do Senhor para o seu povo. Convém evitar tudo o que possa desviar esta centralidade ou enfraquecer a sua frescura e atracção. Não tem cabimento qualquer culto à personalidade do mensageiro, embora constitua o seu rosto mais visível, a voz mais próxima, a ponte mais acessível com a realidade a iluminar e a coragem a refazer.

Paulo lembra que “foi a trabalhar noite e dia que vos pregamos o Evangelho”, o que suscita a gestão do tempo, as prioridades da agenda, a coordenação de reuniões. A este propósito seria bom trazer à nossa consciência perguntas como: Que atenção damos às pessoas doentes ou idosas, aos presos e privados de companhia, aos jovens desejosos de rasgar horizontes ao futuro e aos adultos absorvidos nas teias do presente. E quem cuida dos cuidadores, tão frágeis como qualquer outra pessoa responsável. O nosso tempo é gasto como tempo de Deus?

Ontem, realizou-se a “Caminhada pela Vida”. O Papa Francisco quis associar-se e enviou uma carta pessoal aos responsáveis, cristãos e outras pessoas amigas das grandes causas da vida, em que manifesta um só desejo: Que “apareçam sempre mais homens e mulheres de boa vontade que abracem corajosamente a verdade e valor que cada ser humano tem para Deus, sustentando tal verdade com factos e razões científicas e morais num dramático apelo à razão, para se voltar ao respeito de cada vida humana”, da concepção à morte natural, “na batalha contra o aborto, eutanásia e demais atentados à vida humana”. A defesa da vida constitui um campo excelente para provarmos que somos todos irmãos.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

O verdadeiro Paulo é um desafio para a Igreja

Sem São Paulo não estaríamos aqui a conversar. 
O Cristianismo seria uma seita, que talvez já tivesse morrido. 
Não teria universalidade.

São Paulo não teve medo. Movia-se bem nos ambientes gregos e romanos. Pensava converter o mundo inteiro em pouco tempo, diz o biblista Joaquim Carreira das Neves em entrevista ao Correio do Vouga, quando o Ano Paulino está a chegar ao fim. 
No dia 28 de Junho, Bento XVI preside na Basílica de São Paulo Extramuros (Roma) às Vésperas da solenidade litúrgica dos santos Pedro e Paulo, encerrando um ano que teve como finalidade principal realçar a importância do Apóstolo para o acesso do mundo a Cristo

Leia toda a Entrevista aqui

sábado, 18 de abril de 2009

Para mim, VIVER É CRISTO

Acaba de me chegar às mãos o primeiro número, de uma série de oito, de para mim, VIVER É CRISTO. Trata-se de uma publicação de quatro páginas, da responsabilidade do Arciprestado de Ílhavo, para o Tempo Pascal, sobre São Paulo, precisamente por estarmos a viver o Ano Paulino, uma proposta do Papa Bento XVI. Esta publicação oferece uma catequese adaptada do Papa sobre o Apóstolo, entre outros escritos históricos, e ainda um texto do próprio Paulo, que se dirige "a todos os amados que estão nas paróquias do arciprestado de Ílhavo". Este pequeno jornal reflecte, sem dúvida, um exemplar trabalho pastoral de âmbito arciprestal, sendo uma boa aposta para, em família, todos caminharem na procura de São Paulo, tentando descobrir a sua leitura da Boa Nova de Jesus Cristo, adaptada aos tempos que correm. A distribuição, gratuita, é feita nas missas dominicais.