Por Maria Donzília Almeida
“Mens sana in corpore
sanu”
"Solução melhor é
não enlouquecer mais do que já enlouquecemos, não tanto por virtude, mas por
cálculo. Controlar essa loucura razoável: se formos razoavelmente loucos não
precisaremos desses sanatórios, porque é sabido que os saudáveis não entendem
muito de loucura. O jeito é se virar em casa mesmo, sem testemunhas estranhas.
Sem despesas."
Lygia Fagundes Telles
“Saúde mental” é um tema muito delicado e...opinar sobre ele
parece ser uma ousadia a toda a prova! Mesmo assim e correndo o risco de meter
a foice em seara alheia, atrevi-me a abordá-lo.
Nos tempos conturbados que correm, é difícil manter a
sanidade mental, mas também não é aconselhável deixar que outros tomem as
rédeas do poder, conduzam os nossos destinos e fiquemos impávidos e serenos
perante o desastre! Do que tenho lido sobre o tema, a loucura poderá, por
vezes, ser a forma inconsciente do ser humano de suportar o sofrimento
excruciante que a vida impõe. E, por vezes, o insano, demente ou atrasado
mental, como vulgarmente a sociedade apelida esses indivíduos, nem sempre é tão
destituído como pensa o comum dos mortais. Recordo o episódio passado num
hospital psiquiátrico, em que um doente é interpelado pelo diretor da
instituição: — Porque conduz esse carrinho de mão, de pernas para o ar?- Se o
levar direito, carregam-mo com tijolos!
Dá para refletir e sobre isso, gostaria de dizer que não
consigo estabelecer a linha de fronteira entre a normalidade e o seu oposto!
Nem ninguém ainda se atreveu, por maior Q.I. que possua, a fazer essa
definição! Se é certo que “De médico e louco todos temos um pouco!”, mais
difícil é, então, rotular as pessoas. Uma certa loucura saudável até faz parte
duma personalidade equilibrada. Não vivemos ancorados, numa zona de branco ou
de preto, ambas se misturam e completam, dando um matiz que é mais real, mais
humano!
Recolhi algumas frases de celebridades que opinaram sobre a
sanidade/insanidade mental.