Mostrar mensagens com a etiqueta Sal de Aveiro. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Sal de Aveiro. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

"Salpicarte - expressões de sal"



Hoje à tarde, tive o prazer de apreciar uns painéis alusivos ao Salgado aveirense, onde se sublinha: «Enquanto o Mundo procura o sal da sua vida, Aveiro deixa morrer as salinas.»
Também fiquei a saber que a iniciativa pertence à organização "Salpicarte" e que a exposição pode ser apreciada nas Glicínias, em Aveiro, até 20 de outubro. Em casa consultei o Facebook onde colhi a seguinte informação: 


"Salpicarte - expressões de sal", é um evento artístico e cultural que pretende, através de uma reviravolta artística, sensibilizar e valorizar as salinas de Aveiro.
Artistas de diversas áreas vão salpicar a cidade com o lema "Liberta o mar(n)oto que há em ti!"
O evento vai decorrer no dia 14 de Setembro, no Parque da Sustentabilidade (Baixa de Santo António), e estão todos convidados a participar!





domingo, 13 de maio de 2012

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 290

PITADAS DE SAL – 20 




O VALOR [COMERCIAL] DO SAL 

Caríssima/o: 

Quando se fala do valor do sal, recordo duas “cenas”: 

A primeira é tão simples como isto: 

“Para saber se um ovo está ou não estragado coloque-o num copo com água e sal, se boiar jogue-o fora porque está estragado, se permanecer no fundo está bom para consumo.” Muito importante quando andávamos aos ninhos e precisávamos de saber se os ovos estavam bons!?...

A segunda é talvez mais apetitosa: 

- Olha, mais vale beber do que cuspir! – exclamava o avô Lázaro quando se faziam os rojões na lareira. O sal marcava toda a diferença e o dedo da cozinheira ia soltando pedra a pedra, pitada a pitada, até obter o equilíbrio desejado, neste caso a puxar mais uma pinga… 

O sal era [é] largamente utilizado na indústria alimentícia, na alimentação humana e animal e na preservação de alimentos. Apenas 5% da quantidade extraída é consumida como sal doméstico. 
Elemento essencial à vida e indispensável ao funcionamento do organismo, o sal está presente em 2/3 dos líquidos extra-celulares e mantém o equilíbrio de água entre o interior e o entorno das células. O sabor do sal estimula a produção de saliva e dos sucos gástricos, essenciais para a digestão, além de auxiliar a absorção de nutrientes e de contribuir no processo digestivo. A carência e o excesso de sal provocam desequilíbrios no organismo. A dose necessária a cada indivíduo varia segundo características genéticas, alimentação e tipo de vida, mas situa-se, geralmente, à volta de 5 gramas por dia. 

E depois era todo um mundo que ia da salgadeira de nossas casas ao porão dos navios bacalhoeiros… 
Mas se quisermos ser mais precisos, abramos os “livros” e colhamos algumas surpresas. 

«A análise da venda sazonal do sal revelou-nos dois quadros diferentes. As vendas mensais confirmam calendários diferentes para o sal saído pela Barra e o que se destinava aos portos regionais. Os gráficos respectivos, 3 e 4, elucidam, rapidamente, este aspecto. Pela barra, as vendas cresciam, a partir de Junho até Setembro, acompanhando, aproximadamente, a safra salineira e a melhoria das condições de navegação. A comercialização fluvial, interna, local, regional, obedece a outro critério: os melhores meses situam-se de Setembro até Dezembro. Por esta altura do ano, as águas sobem pelos canais e rios mais assoreados, permitindo uma melhor navegabilidade. Por outro lado, o calendário das colheitas impõe as suas exigências: a matança do porco e respectiva conserva, e a salga da sardinha (armazenamento para Invernos) são o complemento alimentar. Interessante economia doméstica!» p. 75, Inês Amorim, in “Aveiro e os caminhos do sal”