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segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Sara Reis da Silva na "Ílhavo - Revista"


A “PROFESSORA DOS LIVROS”
SONHA QUE O FILHO SAIBA LER O MUNDO

SARA REIS DA SILVA APRESENTA-SE COMO “A PROFESSORA DOS LIVROS”, CITANDO O FILHO, QUANDO TINHA 5 ANOS. CRESCEU NA GAFANHA DA NAZARÉ, ENTRE A IGREJA MATRIZ E O JARDIM OUDINOT. DOUTOROU-SE EM LITERATURA PARA A INFÂNCIA NA UNIVERSIDADE DO MINHO, EM BRAGA, ONDE HOJE DÁ AULAS, E É AUTORA DE DIVERSOS LIVROS. A LITERATURA DEFINE, ESTRUTURA E ALIMENTA A SUA VIDA. GOSTA DE VIVER INTENSAMENTE, TENTA NÃO DESILUDIR NINGUÉM E DAR SEMPRE O MELHOR DE SI.

A sua paixão pelos livros não tem uma data oficial de nascimento. Foi germinando lentamente, graças ao avô António que, apesar de “só” ter a quarta classe, gostava de ler e de escrever, e da professora do 1.º ciclo, Maria José Venâncio, que criara uma pequena biblioteca na sala de aula, da Escola da Cambeia. À época, os livros para a infância não abundavam. Reconhece a felicidade de ter pais que proporcionaram a oportunidade de adquirir alguns livros, de ter familiares que ofereciam ou emprestavam livros e, ainda, de ser vizinha do professor Fernando Martins e de usufruir da sua biblioteca.


Lê diariamente e muito. Lê ficção para a infância e a juventude, estudos teóricos para a docência, a investigação e os projetos que integra - Rede Temática “Las literaturas infantiles y juveniles del marco ibérico” e Observatório de Leitura de Pombal. Gosta de ouvir muitos escritores, não conseguindo eleger um. Debruçou-se sobre Miguel Torga e Manuel António Pina nas teses de mestrado e de doutoramento, orientada pelos professores Luís Machado de Abreu e Blanca-Ana Roig Rechou, respetivamente. Não consegue escolher “o” livro. A sua vida, em momentos diferentes, é marcada por vários livros, que fazem companhia, ajudam a compreender a si própria, os outros e o mundo.

quinta-feira, 20 de junho de 2019

Lembrar Sophia, lembrar Maria Cecília Correia...

Texto de Sara Reis da Silva 

Sara Reis da Silva 

Além de uma vida familiar intensa entregaram-se ambas à escrita, a uma escrita singular, dedicada, apurada, harmoniosa e reveladora de uma atenção ao outro, de uma sensibilidade muito pessoal. 

Em boa hora e muito por acaso, encontrei-me com a obra Femmes oubliées dans les arts el les lettres au Portugal (XIXe-XXe siècles) (Indigo & Côté-Femmes éditions, 2016), coordenada por Maria Graciete Besse e Maria Araújo da Silva, volume decorrente do Colóquio Internacional homónimo, realizado em Outubro de 2016, na Universidade Paris-Sorbonne (Paris IV) e na Fundação Calouste Gulbenkian-Paris. Em boa hora, sublinho, pela variedade de olhares aí oferecidos, pelos nomes aí evocados, pelas memórias (contra o esquecimento) que aí se registam e pelas reflexões que, a partir das abordagens coligidas, pude encetar e, pouco a pouco, expandir.

2019 é ano de recordar, de acordar a memória, de homenagear e voltar a ler a obra de duas autoras que, por razões distintas, não foram contempladas nos estudos compilados no volume referido: Sophia de Mello Breyner Andresen (2019–2004) e Maria Cecília Correia (1919-1993). Naturalmente e para contento geral, Sophia, escritora distinguida, por exemplo, em 1992, pelo conjunto da sua obra, com o Grande Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura para Crianças e, em 1999, com o Prémio Camões, não é uma das “femmes oubliées”. O mesmo, porém, não sucede com Maria Cecília Correia.

Nascidas em 1919, Sophia e Maria Cecília têm percursos de vida e traços literários algo próximos. Além de uma vida familiar intensa, acompanhando sempre os seus maridos (no caso de Maria Cecília, vivendo até um período em África) e os seus filhos (Sophia foi mãe de cinco filhos e Maria Cecília de seis), entregaram-se ambas à escrita, a uma escrita singular, dedicada, apurada, harmoniosa e reveladora de uma atenção ao outro, de uma sensibilidade muito pessoal.

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Bibliotecas "cheias de infância": sobre promoção do livro, da leitura e da literatura

Um texto de Sara Reis da Silva 
no PÚBLICO

Sara Reis da Silva

«Sou “de literatura”. Dou por mim a afirmá-lo e a sentir essa frase a ecoar em mim nos mais diversos momentos da minha vida. Sou “de literatura” e sou de/dos livros, desde sempre, no meu espaço pessoal e íntimo e, há já mais de duas décadas, nas minhas vivências profissionais/académicas. Talvez porque, tentando e persistindo no encontro com as questões que o texto coloca a quem o lê, procurei dar-lhes sempre resposta (como preconiza Jacques Bonnet, em Bibliotecas cheias de fantasmas, acredito que “o importante não é ler depressa, mas ler cada livro à velocidade que ele merece”), sempre ciente de que “é literatura tudo aquilo que reflecte um universo pessoal, que transporta uma imagem do mundo, que converte em arte o quotidiano, o efémero, o banal”, como escreve Nuno Júdice, em ABC da Crítica (2010).

E, assim, tenho para mim que todas as estratégias de aproximação ao livro e à leitura, desde idades precoces, tendo implícitas as ideias de que a leitura não pode ter apenas um objectivo utilitário e também de que esta exerce um papel crucial ao nível do desenvolvimento intelectual, do aprofundamento de conhecimentos, da estruturação da imaginação, da formação da sensibilidade, do conhecimento de si mesmo e dos outros, do estímulo à reflexão e à criatividade, e, genericamente, do cresci-mento/amadurecimento individual e social, todas as estratégias, dizia, poderão “fazer viver a leitura”. Como lembra José António Gomes, num artigo disponível no portal do projecto Gulbenkian/Casa da Leitura, recuperando algumas palavras de Lucette Savier (1988), acredito que “fazer viver a leitura” é “ligar o livro à vida da criança, sem o limitar à aprendizagem e ao espaço escolar. É longe de censuras e argumentos intelectuais, desvelar o interesse e o prazer da leitura, partilhá-los e discuti-los com ela. E é, finalmente, correr o risco de que, em qualquer lugar, a qualquer momento, o livro e o jogo da leitura possam estar presentes; sujeitos ao capricho da criança, para um breve encontro ou para uma longa conversa.»

NOTA: Todos os pais, educadores e bibliotecários deviam ler este texto  aqui

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Um livro de Manuel António Pina



“Coisas que não há: Sobre a escrita 
de Manuel António Pina”

Li num fôlego “Coisas que não há: Sobre a escrita de Manuel António Pina”. Um livro pequeno com apenas 72 páginas, mas que dá ao leitor momentos de prazer, sobretudo se gostar do escritor que, se fosse vivo, teria completado, em 2013, 40 anos de vida literária, como se lê na Nota Introdutória. Organizado por Sara Reis da Silva e João Manuel Ribeiro, o livro reflete um Simpósio que decorreu no Instituto de Educação da Universidade do Minho, em 29 de Maio de 2013, de homenagem ao poeta de O Pássaro da Cabeça. Para além disso, o leitor ainda tem acesso a uma entrevista que Manuel António Pina concedeu a Blanca-Ana Roig Rechou e Sara Reis da Silva.

Algumas ideias:

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Manuel António Pina

Um novo livro de Sara Reis da Silva


Sara Reis da Silva
No próximo dia 8 de junho, sábado, pelas 18 horas, na livraria Gigões & Anantes, em Aveiro, vai ser apresentado o livro “Presença e significado de Manuel António Pina na Literatura Portuguesa para a Infância e Juventude”, da autoria da professora e investigadora Sara Reis da Silva, da Universidade do Minho. A obra foi publicada pela Fundação Calouste Gulbenkian / Fundação para a Ciência e Tecnologia. A sessão conta com a presença da autora e da professora e investigadora Ana Margarida Ramos da Universidade de Aveiro.
O livro “Presença e significado de Manuel António Pina na Literatura Portuguesa para a Infância e Juventude” faz parte da coleção “Textos Universitários de Ciências Sociais e Humanas” da Fundação Calouste Gulbenkian.



quinta-feira, 24 de maio de 2012

“ENTRE TEXTOS — PERSPECTIVAS SOBRE A LITERATURA PARA A INFÂNCIA E JUVENTUDE”

Um livro de Sara Reis da Silva


A Sara na hora dos autógrafos

“ENTRE TEXTOS — PERSPECTIVAS SOBRE A LITERATURA PARA A INFÂNCIA E JUVENTUDE” é mais um livro de Sara Reis da Silva, docente da Universidade do Minho. Trata-se de uma obra que vem na sequência de outras, estando já em preparação dois estudos sobre a mesma temática. Mais, certamente, se seguirão, ou não fosse a autora uma apaixonada por estas áreas literárias, de que se tornou uma especialista a ter em conta. 
Este livro, que faz parte da coleção Percursos da literatura Infanto-Juvenil, da Editora Tropelias & Companhia, é fruto da «vivência profissional, mais precisamente docente e investigadora», da Sara Reis da Silva, como se lê na Apresentação
Sublinha a autora que «os cerca de vinte estudos compilados nesta obra apresentam uma extensão e uma profundidade variada, sendo resultantes de investigações assentes em pressupostos metodológicos qualitativos que se inscrevem no âmbito dos estudos literários ou na análise e interpretação textuais». 
“ENTRE TEXTOS — PERSPECTIVAS SOBRE A LITERATURA PARA A INFÂNCIA E JUVENTUDE” é um trabalho que se destina não só a especialistas e estudiosos da literatura para a infância e para a juventude, mas também a docentes, alunos universitários e educadores, em especial pais, isto é, a todos os que buscam nos livros razões para a formação integral dos seus educandos.