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sexta-feira, 8 de setembro de 2023

FESTA DA RIA - Nossa Senhora dos Navegantes







 A grande Festa da Ria — Nossa Senhora dos Navegantes — vai acontecer nos próximos dias 16 e 17 de Setembro. Quem já a viu e viveu não se cansará de cantar loas ao espetáculo único que o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré oferece ano após ano aos amantes da nossa laguna e aos devotas de Nossa Senhora, padroeira dos homens e mulheres ligados ao mar. O programa aí fica como convite a todos.

domingo, 18 de setembro de 2022

Procissão da Senhora dos Navegantes pela laguna aveirense

N.ª S. ª  dos Navegantes 


Pe. Miguel de saudosa memória
No final da missa das 10h30 de hoje,  o nosso prior, Pe. César Fernandes, evocou, com oportuna referência, o saudoso Pe. Miguel Lencastre, o verdadeiro dinamizador da procissão pela laguna, inspirando-se em festa semelhante. Quando numa viagem de avião, sobrevoou Porto Alegre, no Brasil, presenciou uma procissão pelo mar [em 2 de fevereiro] em honra de Nossa Senhora dos Navegantes que muito o sensibilizou, prometendo a si mesmo que haveria de organizar a procissão pela nossa Ria,  que já se tornou famosa.
Com a sua saída para outras tarefas eclesiais, ligadas ao Movimento de Schoenstatt a que pertencia, a festa esmoreceu e a procissão pela laguna ficou à espera de outra oportunidade. Na Expo'98, o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré presenciou um espetáculo semelhante, ficando inspirado para retomar a procissão pela Ria de Aveiro, em homenagem a Nossa Senhora dos Navegantes. O que veio a acontecer, com a indispensável autorização das autoridades marítimas. E hoje voltaremos a assistir à festa com procissão pela laguna aveirense, desde o cais do porto, na Cale da Vila, até ao Forte da Barra,  com a participação de muita gente e com o espetáculo dos barcos e barquinhos a ilustrarem as águas serenas da Ria.

Nota: Fotos do meu arquivo 

quinta-feira, 1 de setembro de 2022

Senhora dos Navegantes - A Festa pela Ria vai voltar


Como era de esperar, a Festa pela Ria vai voltar e Nossa Senhora dos Navegantes será honrada como ela merece. As gentes ligadas ao mar e à laguna aveirense estão de parabéns.


Festa de Nossa Senhora dos Navegantes - 18 de Setembro


11:00 horas – Receção aos Grupos/Ranchos na sede do Grupo Etnográfico, Casa da Música da Gafanha da Nazaré;
14:00 horas – Procissão da Igreja da Cale da Vila até ao Porto Bacalhoeiro; Continua depois pela Ria;
16:30 horas – Desembarque no Forte da Barra; Eucaristia junto da Capela;
18:30 horas – início do Festival de Folclore com:

1.º - Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré;
2.º - Rancho Típico da Palheira (Coimbra);
3.º - Rusga Típica da Correlhã (Ponte de Lima).

20:00 horas – Encerramento das Festividades.

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Nossa Senhora dos Navegantes morou uns dias na Igreja Matriz

Senhora dos Navegantes na Igreja Matriz

Irmandades, Escuteiros e Etnográfico na Eucaristia 

Procissão sai do Porto de Pesca (Foto do meu arquivo)

Chegada da procissão ao Forte  (foto do meu arquivo)

Setembro foi, desde que tenho memória, o mês da festa dedicada a Nossa Senhora dos Navegantes, venerada no capela do Forte da Barra como padroeira dos homens do mar e laguna e suas famílias, mas não só. Porém todos os gafanhões assumiam esta  festa como sua, que ainda atraía as gentes das redondezas. E quando os festejos passaram a incluir a procissão pela Ria de Aveiro, ligando o Porto de Pesca Longínqua ao Forte da Barra, redobrou o interesse pelo evento.
A pandemia, contudo, forçou o cancelamento das festas em 2020 e 2021, esperando-se que no próximo ano seja retomada a tradição, com organização do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré (GEGN) e da Paróquia de Nossa Senhora da Nazaré.
Este ano, porém, o GEGN e a Paróquia resolveram avançar apenas com a vertente religiosa, essência, aliás, dos festejos próprios dos padroeiros das igrejas católicas. Assim, na quinta-feira, 16 de setembro, Nossa Senhora dos Navegantes veio passar uns dias à nossa Igreja Matriz para que todos os seus devotos a pudessem venerar e para Ela sentir quanto é amada nesta terra que outrora foi de agricultores, que depressa se voltaram para o mar e para a ria. O GEGN encarregou-se dos trabalhos indispensáveis com o imprescindível apoio do nosso Pároco, Pe. César Fernandes, sempre atento às necessidades espirituais do nosso povo.
Na Eucaristia das 10h30 de domingo foi, pois, venerada a Senhora dos Navegantes, com o povo feliz por isso. Mas ainda se associaram as autoridades civis e militares, nomeadamente, Fernando Caçoilo da CMI, Carlos Rocha da Junta de Freguesia e Comandante da Capitania, Humberto Silva Rocha.

Pe. Miguel numa procissão
À homilia, o nosso prior, Pe. César Fernandes, evocou, com oportuna referência, o saudoso Pe. Miguel Lencastre, verdadeiro dinamizador da procissão pela laguna, inspirando-se em festa semelhante. Quando numa viagem de avião, sobrevoou Porto Alegre, no Brasil, presenciou uma procissão pelo mar [em 2 de fevereiro] em honra de Nossa Senhora dos Navegantes que muito o sensibilizou, prometendo a si mesmo que haveria de organizar a procissão que se tornou famosa.
Com a sua saída para outras tarefas eclesiais, ligadas ao Movimento de Schoenstatt a que pertencia, a festa esmoreceu e a procissão pela laguna ficou à espera de outra oportunidade. Na Expo'98, o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré presenciou um espetáculo semelhante, ficando inspirado para retomar a procissão pela Ria de Aveiro, em homenagem a Nossa Senhora dos Navegantes. O que veio a concretizar-se, com a indispensável autorização das autoridades marítimas. E se Deus quiser, no próximo ano haverá festa com procissão, com a participação de muita gente e com o espetáculo dos barcos e barquinhos a ilustrarem as águas serenas da laguna aveirense. 
Na próxima quinta-feira, Nossa Senhora dos Navegantes regressa à sua morada oficial.

Fernando Martins

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Nossa Senhora dos Navegantes

Efeméride:
1863
6 de Setembro






Foi benzida, no sítio chamado Forte da Barra de Aveiro, a capela de Nossa Senhora dos Navegantes, cuja construção terminara em fins de Maio. (Campeão das Províncias, 12-9-1901; Litoral, 19-10-1979) - J

Calendário Histórico de Aveiro 
de António Christo e João Gonçalves Gaspar


quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Senhora dos Navegantes — É já no fim de semana


Nossa Senhora na navio Jesus nas Oliveiras


Padre Miguel Lencastre na sua última participação na festa
É já no próximo fim de semana que se realizará a festa em honra de Nossas Senhora dos Navegantes, no Forte da Barra, com a procissão pela Ria de Aveiro, na qual se incorporam embarcações de todo o tamanho e feito. A organização é da responsabilidade do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, em sintonia com a paróquia, registando-se ainda a colaboração da APA (Administração do Porto de Aveiro), da Câmara de Ílhavo e do IPDJ (Instituto Português do Desporto e Juventude). 
No sábado, 16, haverá, à tarde, música gravada e arraial, e à noite atuará o grupo musical PK7. Mas o grande dia dos festejos será no domingo, 17, pelas 14h, com a procissão que se inicia na igreja da Cale da Vila, seguindo para o cais n.º 3 do Porto Bacalhoeiro, de onde partirá o desfile pela laguna aveirense, com a irmandade e andores, entidades oficiais e convidados, Filarmónica Gafanhense, bem como os grupos que vão participar no Festival de Folclore, pelas 18h30, nomeadamente, o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, os “Moleiros” de Rio de Moinhos — Abrantes e o Grupo Etnográfico de Alfarelos. A chegada ao Forte da Barra está prevista para as 16h30, seguindo-se a Eucaristia. No final, atuará a Filarmónica Gafanhense.

Ler apontamento histórico aqui

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Ainda a Festa da Senhora dos Navegantes

Cada cidadão cada repórter


Realizou-se, no domingo, 18 de setembro, a festa em honra de Nossa Senhora dos Navegantes, que se venera no Forte da Barra, Gafanha da Nazaré, desde o século XIX. Dos festejos, para além da Eucaristia, centro de todas as festividades religiosas, teve lugar um Festival de Folclore e a procissão pela Ria de Aveiro, que atraiu, como sempre, inúmeros apreciadores e devotos.
Não participei por razões de saúde, mas no fim do dia fiquei suficientemente esclarecido sobre o que se passou, graças às múltiplas reportagens fotográficas e videográficas partilhadas pelos cibernautas que contribuem grandemente, por esta forma, para a difusão do evento que é organizado pelo Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré e pela paróquia, mas também com o precioso contributo do Porto de Aveiro e de outras entidades públicas e privadas.
A era digital veio fazer de cada cidadão, novo ou idoso, um autêntico repórter de imagem, levando assim, a cada recanto do mundo, o que à nossa volta acontece. Imagino a alegria e o espanto de muitos emigrantes ao contemplarem nas redes sociais imagens das suas terras ou regiões que acicatam saudades com lugar cativo nos seus corações.
Ao olhar a laguna e os barcos engalanados, porque a alegria a isso obriga, senti-me um dos muitos que se incorporaram na procissão em homenagem à Senhora dos Navegantes, padroeira dos homens do mar e seus familiares e amigos. E se este ano não pude de todo participar, vou prometer que nos próximos festejos tudo farei para me associar, ao vivo, aos muitos devotos de Nossa Senhora que mora na capela que lhe é dedicada, no Forte da Barra.

domingo, 20 de setembro de 2015

Festa da Senhora dos Navegantes

Procissão pela Ria 
foi manifestação de fé 
muito expressiva

Nossa Senhora no barco "Jesus nas Oliveiras" antes da partida


Hoje andei envolvido com a festa em honra de Nossa Senhora dos Navegantes, que tem o seu altar no mais antigo templo das Gafanhas, no Forte da Barra, Gafanha da Nazaré. Desde o meio-dia até quase ao fim da tarde, sem ter em conta as horas. Digo quase porque nem me lembrei de olhar para o relógio de tão cansado estar por permanecer de pé tanto tempo, ora caminhando, ora ficando como estaca à espera de motivos de interesse para registar. Havia-me comprometido a escrever um texto com ilustração adequada para o nosso “Timoneiro”, o que farei por estes dias. 
Tenho para mim que talvez seja esta a minha última reportagem sobre Nossa Senhora dos Navegantes, que merece e conta com a devoção de muita gente, direta ou indiretamente ligada ao mar e à ria. Digo isto por sentir que já não tenho forças para este tipo de trabalho.
Não se julgue, porém, que não gosto de trabalhar. Nada disso. Gosto mesmo de me ocupar com assuntos que me aproximem das pessoas e dos ambientes que mexem com a minha sensibilidade e com a minha fé. Nossa Senhora dos Navegantes era evocada inúmeras vezes por minha saudosa mãe, ou não fosse meu pai um marítimo que sentiu as agruras das ondas bravias desde tenra idade. 
A festa, que é enriquecida por uma procissão pela laguna aveirense, estende-se desde a Cale da Vila até à capelinha do Forte,  passa por terras de S. Jacinto e Senhora das Areias, que também dedicam merecida ternura à Mãe de Deus e nossa Mãe, permitiu-me a feliz oportunidade de reencontrar muitas pessoas que não via há anos e de falar com outras tantas com quem me cruzo frequentemente. Deu para perceber que a estes festejos da Senhora dos Navegantes não vão apenas os que têm fé, porque há quem simplesmente goste da apreciar o colorido e a alegria de quem participa com os seus barcos e barquinhos na procissão, ao jeito de quem se sente bem ao lado de Nossa Senhora nesta viagem anual.
A Eucaristia, presidida pelo nosso Bispo, D. António Moiteiro, logo depois da procissão, contou com a participação de muitos crentes e a seguir houve música pela Filarmónica Gafanhense e Festival de Folclore. Os foguetes ouviram-se longe e percebeu-se que o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré se esmerou na organização, em parceria com a paróquia e diversas entidades públicas e privadas. 
No final, cansado mas feliz, deitei-me por sugestão da minha Lita, mas não consegui dormir. E se calhar, no próximo ano, lá estarei mais uma vez. Até Deus querer e enquanto me gratificar com a saúde necessária e suficiente. 



sexta-feira, 26 de setembro de 2014

POSTAL ILUSTRADO: CAPELA DA SENHORA DOS NAVEGANTES






No dia 6 de setembro de 1863, «Foi benzida, no sítio chamado do Forte da Barra de Aveiro, a capela de Nossa Senhora dos Navegantes, cuja construção terminara em fins de Maio. (Campeão das Províncias, 12-9-1901; Litoral, 19-10-1979) - J.» Isto mesmo se lê no Calendário Histórico de Aveiro, de António Christo e João Gonçalves Gaspar.
Apesar destas informações, não podemos esquecer o que o Padre João Vieira Resende escreveu na sua Monografia da Gafanha, onde afirma que em 3 de dezembro de 1863 se construiu no Forte «a Capela de Nossa Senhora dos Navegantes, sob a direção do engenheiro Silvério Pereira da Silva, a expensas dos Pilotos da Barra, sendo piloto-mor um tal senhor Sousa. Há, decerto, alguns lapsos, pois aquela nota informa que a «a construção terminara em fins de maio» do mesmo ano. E na própria capela está afixada uma lápide, na qual se afirma que a capela foi construída em 1862-1863, tendo sido reconstruída em 1996.


Importa, contudo, salientar que a Capela de Nossa Senhora dos Navegantes é, sem sombra de dúvidas, o mais antigo templo das Gafanhas, tendo estado ao culto desde que a conheço. Terá diminuído ultimamente. Mas a festa em honra da padroeira dos navegantes e demais homens do mar tem assegurado a devoção das nossas gentes, porque por aqui não haveria famílias sem ligações ao oceano. No dia 21 de setembro, realizaram-se as festas em honra da Senhora dos Navegantes, organizadas pelo Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, com a colaboração de diversas entidades, nomeadamente, da CMI, Junta da Gafanha da Nazaré e APA, em sintonia com a paróquia, cumprindo-se  a tradição, sendo a procissão pela ria uma mais-valia para as nossas devoções. 

Fernando Martins

terça-feira, 16 de setembro de 2014

FESTA EM HONRA DA SENHORA DOS NAVEGANTES


Traineira que costuma levar o andor
da Senhora dos Navegantes

Vai realizar-se, no próximo domingo, 21 de setembro, a festa em honra da Senhora dos Navegantes, em respeito pela tradição. Do programa, já divulgado, consta a procissão pela Ria de Aveiro, no final da qual será celebrada a eucaristia na Capelinha do Forte da Barra, que é o mais antigo templo das Gafanhas.
Às 18.30 horas, terá início o Festival de Folclore, com a exibição do Rancho Folclórico da Redinha, Grupo Folclórico e Etnográfico “Vale Choupinho” e Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, que organiza os festejos em sintonia com a paróquia de Nossa Senhora da Nazaré, contando com a colaboração de diversas entidades.
Pelas 14 horas, a procissão sairá da igreja da Cale da Vila para o Porto Bacalhoeiro, iniciando-se a seguir o desfile pela Ria. Nele se incorporarão os andores, a Filarmónica Gafanhense, os barcos moliceiros com o rancho e grupos folclóricos, barcos saleiros e mercantéis que transportarão pessoas devidamente autorizadas, bem como barcos de recreio de particulares com seus familiares e amigos.
Durante a procissão, haverá uma passagem pela freguesia de São Jacinto, cuja população faz questão de se associar à festa da Senhora dos Navegantes, prestando-lhe uma significativa homenagem.
O desembarque está agendado para as 16.30 horas no Forte da Barra, seguindo-se a eucarística, musicalmente enriquecida com cânticos do rancho e grupos folclóricos convidados. Antes do festival, atuará a Filarmónica Gafanhense.

Ver historial da Festa da Senhora dos Navegantes aqui 

sábado, 6 de setembro de 2014

CAPELA DE NOSSA SENHORA DOS NAVEGANTES

Efeméride - 6 de setembro


Neste dia de 1863, «Foi benzida, no sítio chamado do Forte da Barra  de Aveiro, a capela de Nossa Senhora dos Navegantes, cuja construção terminara em fins de Maio. (Campeão das Províncias, 12-9-1901; Litoral, 19-10-1979) - J.» Isto mesmo se lê no Calendário  Histórico de Aveiro, de António Christo e João Gonçalves Gaspar.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

O Marnoto Gafanhão — 8

Um texto póstumo de Ângelo Ribau

No Outono

Tinha terminado a safra da marinha. Agora havia que terminar as colheitas. O feijão já estava nas caixas, seco e preparado para ser consumido até à próxima colheita, no ano seguinte. Havia agora que colher o resto do milho, que começava a aloirar nas terras. As suas canoilas grossas eram difíceis de cortar com a foicinha. Era necessário aplicar muita força para executar o serviço!
Apanhado, era carregado para a eira, onde era desmantado e as espigas postas a secar. Secas, estas eram debulhadas a malho como antigamente, ou mais recentemente, com debulhadora mecânica, alugada para o efeito.
Feito isto, o grão era posto a secar na eira, onde depois de seco era erguido numa máquina (o erguedor) e voltava novamente para a eira para que ficasse devidamente seco e pudesse ser armazenado sem qualquer humidade. Caso assim não fosse, havia o perigo de o grão com a humidade aquecer e “queimar”.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Senhora dos Navegantes

Festa na Ria, dia 15, domingo



No próximo domingo, 15 de setembro, a Ria de Aveiro vai viver mais uma festa, desta feita em honra de Nossa Senhora dos Navegantes, venerada no Forte da Barra, Gafanha da Nazaré. Depois da procissão pela laguna, com andores, irmandades, música, barcos para todos os gostos, de formas, tamanhos e decorações variadas, também com alguns foguetes, que sem eles não haverá verdadeiramente festa, será celebrada a eucaristia, com acompanhamento coral protagonizado pelos rancho e grupos convidados. São eles, para além do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, que é também o organizador dos festejos, em sintonia com a paróquia e com a colaboração de diversas entidades, públicas e privadas, o Rancho Folclórico do Rio Novo do Príncipe e o Grupo de Danças e Cantares de Cortegaça.
A procissão sai da igreja da Cale da Vila, pelas 14 horas, até ao cais número três do Porto de Pesca Longínqua, começando o desfile pela laguna meia hora depois. Nele se incorporarão as irmandades, andores com as respetivas imagens, onde pontifica a Senhora dos Navegantes, a Filarmónica Gafanhense, os grupos convidados, bem como pessoas devidamente autorizadas que ocuparão lugares nas embarcações que lhes estão destinadas. Nos barcos particulares, a responsabilidade pelo transporte dos seus passageiros pertence aos proprietários dos mesmos.
Durante o percurso, há uma paragem em S. Jacinto, cuja população, ligada profundamente à ria, gosta de saudar, com alegria e devoção, a Senhora dos Navegantes.
O Festival de Folclore terá início às 18.30 horas.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Senhora dos Navegantes, no Forte da Barra



A festa em honra de Nossa Senhora dos Navegantes, no Forte da Barra, Gafanha da Nazaré, continua a ter apreciadores e devotos. A Senhora dos Navegantes, como tenho sentido entre o povo desta terra e arredores, sobretudo os ligados direta ou indiretamente ao mar e à ria, fixou residência no coração de muita gente. Não admira, portanto, que muitos gostem de participar nos festejos, em especial na procissão pela Ria de Aveiro, com passagem por S. Jacinto. Também a eucaristia, o festival de folclore, a música e o convívio são, sem dúvida, momentos altos das homenagens do povo à protetora dos mareantes e suas famílias. 
Aqui deixo, como subsídio para a história da festa em honra da Senhora dos Navegantes, uns breves apontamentos, não só para avivar memórias, mas ainda para despertar o interesse pelo estudo do tema.

FM

Ver aqui

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Procissão pela Ria em honra da Senhora dos Navegantes


Traineira Jesus nas Oliveiras (Foto do Marintimidades)


Razões ponderosas impediram-me de admirar a procissão pela ria em honra de Nossa Senhora dos Navegantes, com todo o seu colorido. Nem sequer pude participar na eucaristia nem assistir ao festival de folclore e ao concerto da Filarmónica Gafanhense. Ficará para o ano, se Deus quiser. Contudo, e com a devida vénia, ofereço aos meus amigos e leitores a excelente e oportuna descrição feita por Ana Maria Lopes, no seu blogue Marintimidades, que  podem ver aqui

domingo, 4 de setembro de 2011

GAFANHA DA NAZARÉ: Festas da Senhora dos Navegantes




A tradição continua a cumprir-se

Como manda a tradição, vão realizar-se, na Gafanha da Nazaré, as festas em honra da Senhora dos Navegantes, com romaria e procissão pela Ria de Aveiro, no próximo dia 18 de setembro. Diz a mesma tradição que Nossa Senhora dos Navegantes, venerada na sua capelinha do Forte da Barra, é muito da devoção dos nossos marítimos, a quem rogavam ajuda nas horas difíceis, em mares alterosos.
Estas festas foram acompanhando os tempos, até se tornarem mais conhecidas, muito para além das gentes do mar, sobretudo quando, por iniciativa do Padre Miguel Lencastre, foi implementada a procissão pela ria, desde o porto de pesca longínqua, na Cale da Vila, até ao Forte da Barra.
A procissão inicia-se pelas 14 horas a partir do Stella Maris, em direção ao cais n.º 3, onde começará o desfile pela ria. Incorporam-se as imagens de Nossa Senhora, a Filarmónica Gafanhense, barcos moliceiros com grupos folclóricos convidados, barcos saleiros e mercantéis, que transportarão pessoas devidamente autorizadas. Ainda participam barcos de recreio e outros, com os seus proprietários, familiares e amigos. No percurso, é marco importante a passagem por S. Jacinto, cujas populações testemunharão o carinho que nutrem pela Senhora dos Navegantes.
Pelas 16.30 horas será o desembarque no Forte da Barra, seguindo-se a celebração da eucaristia, acompanhada por grupos folclóricos. No final, atuará a Filarmónica Gafanhense, após o que terá início o Festival de Folclore, com a participação da Associação Cultural e Recreativa do Mindelo, do Rancho Folclórico “Os Pastores de S. Romão, Seia, e do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, que organizou, com a paróquia, esta festa dedicada à Senhora dos Navegantes.


sábado, 18 de setembro de 2010

Senhora dos Navegantes: Amanhã, com procissão pela ria



Amanhã vai realizar-se a festa em honra de Nossa Senhora dos Navegantes. Organizei a minha vida para também me integrar na procissão, fundamentalmente para sentir a importância de uma manifestação de fé como esta. Amanhã, ao fim do dia, darei conta do que vi e experimentei.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Nossa Senhora dos Navegantes está em toda a parte...



SENHORA DOS NAVEGANTES

Um leitor, amante da fotografia e da cultura, mas também amigo do seu amigo, teve a gentileza de me enviar esta foto, captada em Japaratinga, julgo que no Brasil. Sabe quanto gosto de Nossa Senhora dos Navegantes, ou não fosse eu filho de marítimo, e aqui fica a prova da sua amizade. Para o Dinis, um abraço, com um obrigado por se ter lembrado de mim, certamente bem longe da Capela da Senhora dos Navegantes, no Forte da Barra,  Gafanha da Nazaré.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Festejos em honra da Senhora dos Navegantes: 19 e 20 de Setembro

Procissão pela Ria (foto de Carlos Duarte)
.
Tradição vai manter-se
para alegria das gentes do mar e da ria


Os festejos em honra da Senhora dos Navegantes vão realizar-se nos dias 19 e 20 de Setembro. Cumpre-se, deste modo, a tradição, para alegria das gentes do mar e da ria, que nutrem por Ela uma terna devoção. A organização é do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, que conta com a indispensável colaboração da paróquia e da Obra do Apostolado do Mar, bem como da Junta de Freguesia, Instituto Português da Juventude, Câmara Municipal de Ílhavo, Porto de Aveiro e outras instituições particulares e oficiais.

No sábado, no Stella Maris, pelas 21 horas, vai ser celebrada uma eucaristia de acção de graças por todos os que labutam sobre as ondas do mar e na laguna aveirense, que dão pão para muitas famílias da nossa diocese, sem deixarem de estimular a coragem de todos, quando as águas revoltas ameaçam a integridade física dos marítimos.

No domingo, as festas começam com a procissão pela ria. O cortejo litúrgico sai do Stella Maris por volta das 14 horas, com irmandades e andores, em que pontifica o da Nossa Senhora dos Navegantes. Autoridades diversas, banda de música, grupos folclóricos e muito povo integram-se na procissão, que deve chegar ao Forte da Barra pelas 16.30 horas.

Deve assinalar-se a passagem por São Jacinto, onde o povo marca sempre presença simpática e amiga, mostrando a sua devoção a Nossa Senhora, graças à iniciativa louvável de Dona Fernanda.

No Forte da Barra, logo depois da chegada da procissão, haverá missa solenizada, com cânticos oferecidos pelos grupos folclóricos que participam nos festejos, sob o patrocínio do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré. Depois, no festival de folclore, actuam os Ranchos de Gouveia e de Taveiro, tal como o grupo anfitrião.

FM

domingo, 21 de setembro de 2008

Senhora dos Navegantes na Festa da Ria



Nós, os da beira-mar e beira-ria, somos assim, no dizer poético do primeiro bispo da restaurada Diocese de Aveiro, D. João Evangelista de Lima Vidal: nascemos “na proa de alguma bateira…” e “somos feitos, dos pés à cabeça, de Ria, de barcos, de remos, de redes, de velas, de montinhos de sal e areia, até de naufrágios. Se nos abrissem o peito, encontrariam lá dentro um barquinho à vela, ou então uma bóia ou uma fateixa, ou então a Senhora dos Navegantes". 


A festa, de que falei por aqui algumas vezes nos últimos tempos, mostra isso mesmo. Começou no sábado, no Stella Maris, também a celebrar uma data festiva, para lembrar a bênção da primeira pedra do actual edifício-sede, que aconteceu em 18 de Setembro de 1983. 
Na homilia da missa de acção de graças, presidida pelo nosso bispo, D. António Francisco, não faltou o momento para a evocação de quantos, ao longo de décadas, contribuíram para que esta instituição fosse, realmente, uma âncora para muitos trabalhadores do mar e suas famílias. Mas D. António soube dizer, com oportunidade, que importa agora alimentar “perspectivas de futuro”, respondendo a outros desafios e avançando por “novos caminhos”, sabendo “remar com os ventos da esperança”.
Hoje, à tarde, a procissão pela ria, com a Senhora dos Navegantes no barco “Jesus nas Oliveiras”, rodeada de gente que se acomodou à sombra da sua bênção, foi um sinal expressivo de fé, graças ao trabalho do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, que em boa hora levantou do esquecimento esta iniciativa do Padre Miguel Lencastre. 
D. António Francisco, com presbíteros e diáconos do arciprestado, associou-se, presidindo à festa da ria, dos marítimos e suas famílias, bem como das gentes da borda d´água, ávidas de algo diferente, que lhes acicate o sentido do divino. Ali vimos irmandades, a Filarmónica Gafanhense, Grupos Folclóricos, autoridades civis e militares e o povo a emoldurarem o ambiente. Barcos grandes e pequenos, de trabalho e de turismo, e muita gente engalanaram a ria até ao Forte da Barra, passando por São Jacinto que soube, como manda a tradição, honrar Nossa Senhora, com gestos expressivos de devoção à Mãe de Deus, que vela permanentemente por todos os que sulcam as águas dos oceanos e da nossa laguna. 
Uma volta pela Meia-Laranja, antes da Senhora dos Navegantes chegar à sua capelinha, no Forte da Barra. A eucaristia, animada pelos grupos etnográficos convidados para a festa, foi outro momento alto. Na véspera, no Stella Maris, D. António Francisco lembrou que, com Nossa Senhora, aprendemos a chegar a seu Filho Jesus, estabelecendo, com Ele, um verdadeiro diálogo de esperança. E foi isso, decerto, o que aconteceu durante a missa celebrada junto da Senhora dos Navegantes, no Forte da Barra, antes de todos demandarem outras festas. 

Fernando Martins