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segunda-feira, 16 de abril de 2018

“AS VELHAS" DA ILHA TERCEIRA — AÇORES



Volto hoje aos Açores por mor de um comentário que me foi enviado do Brasil sobre “As Velhas” da Ilha Terceira. O autor, que se apresenta como Silo Lírico, tece algumas considerações com base histórica alusivas àquela tradição exclusiva da Ilha Terceira, conotada com as cantigas trovadorescas de escárnio e maldizer. E veio à baila com o comentário no seguimento do que há tempos o nosso conterrâneo Júlio Cirino, radicado na Terceira, escreveu sobre o assunto em crónica que publicou no meu blogue. Tenho de o convencer a voltar à liça. Mas o melhor é ler, para já, o blogger brasileiro:

«Segundo dados colhidos, cantar As Velhas é uma poética de exclusividade da Ilha Terceira. Conceito que se assemelha às cantigas trovadorescas de escárnio e maldizer, com base no improviso, entre dois cantadores, ao som musical de uma viola, entre as de evidências, estão, a viola da terra com 12 cordas e viola da Terceira 18 cordas, todas de arame. Embora diferente do canto ao desafio, alguns estudiosos defendem, que nas velhas há a situação risível, em qual o cantador tem por objetivo apresentar uma resposta ou réplica mais original e melhor, da apresentada pelo seu oponente, sem o desafiar.
O fenômeno da insularidade deixou marcas no espírito dos açorianos. Cinco séculos de isolamento físico, e de contato permanente com o mar de horizontes finitos, passando por cataclismos vulcânicos, o povo caldeou uma religiosidade gerada, precisamente, no terror sagrado de sismos e vulcões, que foram fatores que marcaram e moldaram o modo de ser, de pensar e de agir do açoriano português.»

Ler mais aqui 

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

IMPORTA CONHECER A HISTÓRIA DOS OVOS-MOLES


«A Confraria dos Ovos Moles de Aveiro acaba de lançar um apelo à comunidade aveirense no sentido desta ceder vários tipos de documentação relacionada com os ovos-moles. “O objectivo é reunir a maior quantidade possível de informação que ajude no esclarecimento da história deste doce de Aveiro, com vista à publicação de um livro”, esclareceu Sérgio Ribau ao Diário de Aveiro.»


NOTA: Ora aqui está uma excelente ideia para os aveirenses, e não só, descobrirem as muitas receitas da confeção dos ovos-moles de Aveiro. Sim! Eu sei, e todos sabemos, que há diversas receitas deste tradicional doce que tem apreciadores em todo o país e até no estrangeiro. 
No Natal  e Ano Novo falou-se dessa variedade de receitas, sendo unânime a ideia de que os ovos-moles diferem de pastelaria para pastelaria. Estávamos habituados a comer os saborosos doces de uma determinada casa, mas desta vez o responsável pela compra atrasou-se e já não lhe aceitaram a encomenda. E todos notaram a diferença. E que tal um concurso? 

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Romagem à Senhora de Vagos em 5 de outubro


Promovida pela ADIG (Associação para a Defesa dos Interesses da Gafanha da Nazaré), vai realizar-se, no próximo dia 5 de Outubro, feriado nacional, a já tradicional romagem à Senhora de Vagos, em jeito de homenagem aos nossos antepassados que da zona de Vagos vieram para os areais da Gafanha.
A partida, de bicicleta, está marcada para as 10 horas, junto ao Centro Cultural da Gafanha da Nazaré, agora denominado Fábrica das Ideias. A cerimónia, no Santuário de Santa Maria de Vagos, será pelas 11h30. Nela, atuarão o grupo de Fados de Coimbra “Portas de Água” e o Coral da Universidade Sénior da Gafanha da Nazaré.
A ADIG sugere que os romeiros também podem deslocar-se de carro, facilitando o transporte de pais e avós e de outras pessoas. Aquela associação lembra ainda a todos os participantes que será conveniente levar farnel para almoçar no recinto.

Ler Santa Maria de Vagos na história e na lenda

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

A tradição continua: Cantar dos Reis de porta em porta



Até o meu neto Dinis teve o privilégio de ouvir os nossos cânticos

Como recomenda a tradição, na passada sexta-feira, 13, recebemos o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré que veio cantar as Janeiras, entre nós designadas por Cantar dos Reis. De facto, os cânticos com que nos brindaram tinham a marca dos nossos ancestrais e a beleza das melodias natalícias. Não haverá gafanhão que as não tenha nos ouvidos, apesar de entoadas apenas nesta quadra. Melodias simples e  belas, também por isso capazes de ficarem gravadas na memória de quem as ouve.
A visita do Cantar dos Reis é sempre um saudável encontro para rever amigos, depois os seus filhos e netos. E é curioso que, para nosso espanto, precisamos mesmo de ser elucidados. E diz a Lurditas, com oportunidade: — Olhe que esta, a do bombo, é a minha filha. 
A conversa não podia durar muito. O tempo urgia e outras casas esperavam o grupo que anda neste mundo das tradições, há uns 30 anos, a Cantar os Reis, que o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré faz questão de nos oferecer. 
Muito obrigado pela visita. E para o ano, se Deus quiser, cá estaremos.

domingo, 20 de novembro de 2016

Cabazes / berços

Crónica de Maria Donzília Almeida



No tempo em que as terras das Gafanhas eram amanhadas, vivia-se numa sociedade quase matriarcal. Com efeito, com os maridos embarcados para a pesca do bacalhau, a mulher ficava encarregada de quase todas as tarefas: domésticas e agrícolas. Até, quando nasciam os filhos, havia apenas uma “curiosa” que dava uma ajudinha aos bebés, para entrarem neste mundo cruel.
Quando as jovens mães iam para “a terra” trabalhar, eram obrigadas a levar consigo os seus rebentos. Na altura, não havia as babysitters, os infantários, as creches. Nem tampouco as amas particulares, já que todas as mulheres tinham a mesma ocupação. A esse tempo, não havia diferenciação profissional, nem sindicatos para defender (?) os direitos dos trabalhadores! Nada iria reduzir para 8 horas de trabalho, a jorna diária, àqueles que trabalhavam de sol a sol. No Inverno, o astro-rei, compadecia-se destas mulheres heroínas, retirando-se um pouco mais cedo.

Não havendo, na altura, estruturas sociais de apoio às jovens mães e à criança, deparava-se-lhes um problema: onde deixar os bebés? Usando dum pragmatismo, tão peculiar nestas mulheres do campo, a solução brotava tão límpida como água que jorra da fonte. Os cabazes, cestas grandes comprados às ciganas, utilizados para os mais diversos fins, passavam a ter uma utilidade acrescida. Uma alcofinha redonda, de verga, revestida dos mais finos lençóis de cambraia (!?) nascia da imaginação destas corajosas mães. Enquanto trabalhavam, na freima, do campo, os seus rebentos, na extrema da terra, à sombra do milho alto, eram embalados pela sinfonia dos passarinhos. Que felizes eram essas crianças! O seu soninho angelical não era perturbado pelo ruído, às vezes ensurdecedor, das nossas cidades e vilas. Ali, só se ouviam acordes musicais, no chilreio das avezinhas. Quem não dorme ao som da música? Poder-se-á dizer, com toda a propriedade, que bebés e às vezes adultos, numa sesta roubada ao horário de trabalho,…dormiam o sono dos justos! 

Foi assim, embalada desta maneira, que a autora destas linhas ganhou amor à natureza e à vida bucólica!

03.10.08

domingo, 5 de abril de 2015

Dia de Páscoa

Alguns apontamentos do meu diário





1. A Páscoa celebra, como é sabido, o grande mistério da nossa fé. Há um período, a Quaresma, que nos prepara para isso. Já no fim, o Tríduo Pascal congrega-nos intensamente para a vivência da paixão e morte de Jesus. Silêncio, meditação e oração, com jejuns, abstinências e partilhas, tornam mais expressiva a fé que de Deus no vem para em comunhão com todos construirmos um mundo melhor. Dir-se-á que esse propósito nos deve animar nos passos da nossa existência terrena. Para mim, a Páscoa é sempre uma mais-valia para o aprofundamento do meu envolvimento nos projetos da construção de uma sociedade mais fraterna, mais humanista. Por isso, valorizo de modo especial a festa maior do cristianismo. Maior, porque é da Ressurreição de Jesus Cristo que dimana a razão da nossa fé, dom de Deus ofertado a todos os homens e mulheres de boa vontade. Eu preciso da Páscoa. 

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Cortejo dos Reis: domingo, 9 de janeiro

Humberto Rocha, à direita, regista o Cortejo

No domingo, 9, teremos mais um Cortejo dos Reis, antiga tradição que aposta, e bem, na renovação. Tudo se conjuga para que isso aconteça, embora seja difícil atingir grandes melhorias de um dia para o outro. Devagar se vai ao longe, diz o velho ditado. O importante é que as pessoas participem, dando o seu melhor nessa perspetiva. E não faltará quem continue a registar para a posteridade o que nas ruas da Gafanha da Nazaré vai viver-se no domingo. Como também é hábito, o Humberto Rocha, médico e apaixonado pelas coisas da nossa terra e da nossa gente, lá estará a filmar o que mais o sensibiliza. Deve ter uma excelente coleção dos mais variados eventos gafanhões, de há muitos anos a esta parte.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Confraria Camoniana vai matar um porco

Apostada em preservar e a continuar as tradições populares, que são uma das mais genuínas formas de Cultura,  a Confraria Camoniana de Ílhavo  tem o prazer de convidar alguns amigos para a matança de um porco, segundo o programa:

Dia 19 de Novembro – 6ª feira

15 horas – Matança
17 horas – Petiscos da matança

Dia 20 de Novembro – Sábado

13 horas -  Almoço típico da matança

Local – Mercado Municipal de Ílhavo

O preço, para os dois dias, é de 15 rojões e o dinheiro apurado destina-se à compra de cabazes de Natal a distribuir pelas Obras de Assistência Social da cidade.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

No i de hoje: A história, os símbolos e as proibições



"Numa Europa multiétnica e multirreligiosa continuam a ser importantíssimas as velhas nações e as formações que têm por base valores, normas e símbolos tradicionais. Proibi-los por irritarem, perturbarem e incomodarem alguém significa impedir que comunidades inteiras continuem a ser elas mesmas; é negar o pluralismo."

Francesco Alberoni

Por favor, leiam aqui

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Gafanha da Encarnação: Cortejo dos Reis

(Clicar nas fotos para ampliar)
Grande adesão de gente laboriosa
Ontem, 11 de Janeiro, realizou-se o tradicional, esperado e sempre aplaudido, Cortejo dos Reis. Efeméride de relevo, do calendário religioso, vai ganhando forma e colorido, à medida que a gente nova e cheia de vigor integra e dinamiza esta actividade. Este ano, foi de destacar o esforço, trabalho e dedicação, com que as inúmeras tarefas, relativas ao evento, foram levadas a cabo. Em vários pontos da vila, palcos improvisados, artística e minuciosamente decorados, serviram de cenário aos vários actos do auto que aí era levado à cena. É de louvar o empenho e a adesão da imensa gente que colaborou na concretização deste acontecimento. Os actores, amadores na sua totalidade, incluindo várias faixas etárias, em que contracenaram crianças, jovens e adultos, contribuíram com o seu melhor para darem corpo e brilhantismo à representação. Esteve à altura o guarda-roupa, criteriosamente escolhido e confeccionado por mãos de mestra, bem adequado às características das diferentes personagens. Houve colorido, colaboração e saudável confraternização, numa actividade que tem o mérito de envolver e congregar a população desta pacata vilinha. Até o novo pároco da Gafanha da Encarnação, o jovem Pe Paulo, integrou o cortejo, com a sua jovialidade e alegria próprias, fazendo jus ao seu papel de pastor de almas. À tarde, foi feito o leilão das oferendas recolhidas no cortejo, verificando-se mais uma vez uma grande adesão das gentes desta terra laboriosa.
M.ª Donzília Almeida

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

CORTEJO DOS REIS

Tradição continua a ser respeitada 
na Gafanha da Nazaré

Os Reis Magos (Foto de arquivo)

Como todos os anos, vai realizar-se o Cortejo dos Reis na Gafanha da Nazaré, no domingo depois da Epifania, 11 de Janeiro. Trata-se de uma tradição bastante enraizada nesta paróquia, com o povo a viver, de certa forma, a alegria da visita ao Menino-Deus, seguindo a Estrela de Belém que há mais de dois mil guiou os Reis Magos. 
Previamente, o povo organiza-se para participar condignamente. As comissões dos lugares distribuem tarefas, ornamentam os carros, ensaiam cânticos apropriados e outras modinhas e formam grupos para recolha de donativos. No meio de tudo isto, há os espontâneos, que procuram vestir-se de maneira original: à moda antiga, uns, e de qualquer forma, outros. 
Durante o cortejo, que começa manhã cedo no lugar de Remelha, com a aparição do anjo a anunciar aos pastores o nascimento do nosso Salvador, não falta quem cante e quem apresente autos natalícios, repetidos há muitas décadas. São ensaiados, no tempo certo, pelos mesmos actores, que sabem de cor o que têm a dizer, quando é chegada a hora de entrar em cena. 
As ruas da Gafanha da Nazaré tornam-se mais animadas ao som dos cânticos, muitos deles exclusivos deste povo. A fechar o cortejo, lá vão os Reis Magos, montados nos seus cavalos, seguindo a estrela que os guia até ao presépio. E no final, na igreja matriz, todos vão beijar, como muita devoção, o Menino Jesus. Depois, a festa continua com o leilão dos presentes, nunca faltando os que fazem “render o peixe”. O rendimento reverterá para as obras da residência paroquial da Gafanha da Nazaré. 

Fernando Martins

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Tradições gafanhoas em Itália


(Clicar nas fotos para ampliar)


O Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré esteve no passado fim-de-semana em Palermo, Itália, como convidado, para participar na celebração dos 200 anos da paróquia daquela cidade.
Esta foi mais uma embaixada da nossa terra em terras italianas, para mostrar a cultura da região das Gafanhas, mas também para exibir, em palco, graças ao esforço do Grupo Etnográfico, as danças e cantares que os nossos avós nos legaram.
Hoje ofereço fotos da presença dos nossos conterrâneos em terras transalpinas, com os seus sorrisos de boa disposição. No festival participaram, além do nosso grupo, um da Sicília, outro da Sardenha e um quarto, da Grécia.
Voltarei ao assunto, com outras informações sobre esta viagem a Itália do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

BUARCOS: Um olhar sereno






Dei comigo, enquanto calcorreava Buarcos, por ruas e ruelas estreitas, a pensar na beleza que vem doutros tempos. Buarcos, com sinais indeléveis do passado, mais ou menos distante, merece ser visitado. Por ali cirandando, ao sabor do rumorejar do mar, que se vê de quase todos os ângulos, o viajante não pode ficar indiferente às mulheres dos lobos-do-mar, que vestem, ainda a rigor, mesmo em dias de semana, as cores garridas de que tanto gostam, com os seus imprescindíveis aventais, não vá dar-se o caso de alguma escama de peixe se agarrar às saias ou às blusas sempre limpas e asseadas. Aqui deixo, de forma bem visível, duas marcas desse passado, que precisa, a meu ver de um pouco mais de cuidado. Passado e presente de braço dado. Aí estão à espera dos turistas do Verão, que não tarda.

FM
NOTA: Clicar nas fotos para ampliar

BUARCOS: 1.º de Maio






1.º de Maio

Ontem, 1 de Maio, o Rancho das Cantarinhas de Buarcos brindou o seu povo e alguns turistas com danças e cantares, sempre com as cantarinhas bem equilibradas na cabeça das dançarinas. Foi bom de ver e de sentir a alegria das gentes de Buarcos, com o mar bem dentro da alma. Terra de pescadores, com tradições que perduram no tempo. Ontem, também, cruzei-me com uma mulher de Buarcos, com o seu trajo garrido, onde sobressai o avental e o oiro ao peito.
Com estas fotos, quero homenagear esta terra e esta gente que segura, bem firme, as suas marcas culturais, resistindo às invasões de turistas, sobretudo no Verão.
Nota: Clicar nas fotos para ampliar

quarta-feira, 2 de abril de 2008

OS FOLARES


Na Páscoa, ofereceram-me um folar caseiro. Digo caseiro porque foi feito em casa, ao natural, em forno de lenha, como é hábito entre nós. Toda a família gostou e até o elegeu como o melhor que se comeu à nossa mesa. Quando demos os parabéns a quem no-lo ofereceu, logo a ofertante adiantou que, este ano, se limitou a orientar as operações, já que a filha e a nora apostaram em aprender. Bom exemplo.
Face a este exemplo, e porque é importante manter as tradições, lembrei-me de sugerir, o que faço por esta forma, ao Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, que promova, na próxima Páscoa, a confecção de folares, na Casa Gafanhoa, já que forno ela tem.
Se isso acontecer, lá estarei para recordar os folares que minha mãe fazia. Sempre me há-de calhar um!

FM

sexta-feira, 21 de março de 2008

FEIRA DE MARÇO PARA ALEGRIA DO POVO


A Feira de Março, o multi-secular certame que renasce todos os anos, aí está para alegria do povo, de todas as condições sociais. No Parque de Exposições de Aveiro, as diversões para miúdos e graúdos, mais as bugigangas e o comércio a retalho, mais as exposições da indústria, mais as barracas de comes e bebes, mais o artesanato, de tudo um pouco haverá no amplo, arejado e funcional recinto.
Espera-se este ano que os visitantes ultrapassem o meio milhão. Se lá não se chegar, não haverá problemas. A Feira de Março continuará no próximo ano, para atingir, então, um número certo: 575.ª Feira de Março. Bonita idade!
Já me esquecia de dizer que passarei por lá. Nem que seja só para comer uma fartura quentinha.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

S. Gonçalinho









Exposição de fotografia nos Paços do Concelho

Até 3 de Fevereiro ainda pode ver, na Galeria dos Paços do Concelho, em Aveiro, uma exposição de fotografia alusiva a S. Gonçalinho.
São trabalhos de Ricardo Tavares, Sandra Silva, José Esteves, António Matias e Carlos Marques. Passei por lá um dia destes e gostei. As fotografias mostram a sensibilidade de quem as tirou. Mas também as expressões do nosso povo, tanto em torno de S. Gonçalinho como das cavacas que, em sua honra, são atiradas do cimo da Igreja, em obediência a promessas feitas ao santo.
'"S. Gonçalinho muda a vida de quem lá vai: a mim calhou-me um galo na testa”, disse um visitante bem atento da primeira vez que lá foi. É uma festa única, a do santo rapioqueiro, daquelas que parece impossível haver… mas há”, lê-se no desdobrável que apresenta a exposição.

FM

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré em Palermo

Grupo Etnográfico na Polónia

Settimana Europea a Palermo

Um honroso convite, dirigido ao Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, veio de Palermo, Itália, muito recentemente. A “Settimana Europea a Palermo”, que decorrerá entre 10 e 13 de Maio, integrada nas celebrações dos 200 anos da paróquia de S. Eugenio, padroeiro de Palermo, e em honra de Nossa Senhora de Nazione, vai contar com uma representação daquela instituição gafanhoa. A comitiva do Grupo Etnográfico, constituída por cerca de 30 pessoas, tem já lugar marcado no festival internacional, mas também participará na eucaristia solene, interpretando um ou dois cânticos religiosos, da tradição portuguesa, concretamente, da região das Gafanhas.
Esta é a segunda deslocação a Itália do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, o que prova, à evidência, quanto é apreciado o seu trabalho, nesta área da etnografia e folclore.
O Grupo, que reconhece o prestígio de que goza, saberá dignificar a nossa terra e suas gentes, como já tantas vezes o tem feito, no País e no estrangeiro. E, por isso, com mais responsabilidades ficará para continuar a trabalhar, tanto na busca das nossas tradições como no estudo e divulgação das mesmas, com a dignidade a que nos habituou há muito.
Deste meu recanto, formulo votos de uma boa preparação da viagem e de uma excelente apresentação dos nossos cantares e danças, com trajos a rigor. No regresso, terei muito gosto em contar, aqui, como tudo decorreu.

FM

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

SÃO GONÇALINHO, EM AVEIRO

Ilustração de Jeremias Bandarra para a capa do livro "Confraria de S. Gonçalo"


Um exemplo para muitas comissões de festas

Em torno da veneração que o São Gonçalinho suscita, em Aveiro, sinto vontade de partilhar com os meus leitores o bem que pode ser feito com as festas em honra dos santos.
Sendo certo que as festas que se vivem pelas nossas paróquias, na sua maioria, se ficam muito pelo banal, sem inovações significativas, acho que São Gonçalinho está a dar um mote de mudança.
Ao olhar para o programa, vejo que, entre a tradição das cavacas, atiradas do cimo da igreja em cumprimento de promessas, há acções que alinham noutro sentido: Lançamento de um CD-Rom, “São Gonçalinho contado às Crianças”; Exposição de Fotografia, na Galeria dos Paços do Concelho, dedicada ao santo da Beira-Mar, patente até 3 de Fevereiro; e uma Oficina Didáctica, de 15 de Janeiro a 7 de Fevereiro, no Museu da Cidade de Aveiro, denominada “São Gonçalinho Pés de Barro”, promovida pela Câmara Municipal, contando com a colaboração da artesã Alberta.Cultura, arte, movimentação de pessoas de todas as idades, história, tradição e devoção, tudo à volta de São Gonçalinho. Exemplo, afinal, para muitas comunidades, que se ficam, quase sempre, por banalidades.
FM

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Museu Marítimo de Ílhavo






PARA ABRIR O APETITE
:
Para abrir o apetite, aqui ficam três fotografias do Museu Marítimo de Ílhavo, mais concretamente da Sala da Ria de Aveiro. Claro que há outras salas, outros espaços, onde o nosso mar e o nosso povo também são reis.