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sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Frio com sol luminoso



Para começar o dia, permitam-me que vos ofereça uma imagem da praia em tempo de muito frio. Um sol luminoso dá um ar da sua graça, mas só aquece a alma. O corpo fica com o frio. Bom fim de  semana. 

quarta-feira, 15 de abril de 2020

A CHUVA E O FRIO


Eu aceito a chuva como fundamental à vida. Sem ela, os campos ficariam tristes, desolados, ressequidos, estéreis. Chuva, sim, com conta peso e medida, nas épocas próprias, um pouco, se fosse possível, ao jeito do velho ditado que diz “Sol na eira e chuva no nabal”. Mas do frio tenho um medo que me pelo. Com ele, sofro imenso e fico sem saber que pensar e dizer. 
Hoje, chuva agora e logo um ar do rei sol, lembrei-me dos tempos em que, de bicicleta ou motorizada, normalmente de regresso a casa, apanhava molhas de tal monta que só com a ajuda da minha saudosa mãe conseguia livrar-me da roupa encharcada. A velha estrada de Aveiro à Gafanha da Nazaré era desabrigada e não havia qualquer hipótese de escapar da chuva, muitas vezes tocada por ventos fortes próprios do inverno. Só por sorte conseguíamos um deficiente abrigo encostados aos palheiros das marinhas. E mesmo entre a Cale da Vila e a Cambeia, lugar onde morava, não havia forma de sair ileso. Hoje, seria quase impensável. Muitos alunos, presentemente, podem contar com o apoio dos pais, sobretudo dos que possuem carro próprio. 

F. M. 

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Quando eu nasci...


Quando eu nasci, novembro de 1938, estava o inverno a caminho. O frio já se fazia anunciar e eu fiquei sempre com ele por companhia. Sou um friorento encartado, o que assumo como parte integrante do meu ser. No corpo, está bem de ver, que na alma procuro ser caloroso. 
Um dos meus prazeres é alimentado pela salamandra acesa. Um livro, um certo silêncio, boa companhia na hora de acender a cavaqueira, logo depois com intervalos para deitar uma acha, alimento da chama, e não preciso de mais nada para passar a noite. 
Irritam-me os noticiários quando vejo guerras, injustiças ou contendas sem nexo entre pessoas. De belicismos ouço falar desde que nasci, mas de permeio há coisas boas, muito boas. Ainda bem. 
Olho a fogueira acesa e ouço o crepitar da lenha a gritar pela dor de morrer para nós ficarmos quentinhos. E assim passo as noites e os dias a pensar nas noitadas. 
Bom fim de semana. 

Fernando Martins

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Nunca senti tanto frio na minha vida


Nunca senti tanto frio na minha vida. Esta frase não passa de uma força de expressão para dizer que tenho muito frio. E tenho mesmo, embora o inverno só venha lá para os fins de Dezembro. O Miguel Esteves Cardoso usa expressões semelhantes quando diz, por exemplo: “Comi ontem o melhor peixe da minha vida!” 
Realmente, sinto muito frio, mas sei que já passei por invernos bastante rigorosos, com temperaturas de bater o dente e de criar frieiras. Mas isso fica lá para trás nas memórias de geadas e de gelo nas valas que se cruzavam nas Gafanhas. 
Há muito que se fala das alterações climáticas provocadas pela ação desregrada das pessoas, indústrias, comércios, com poluições e tantas outras intervenções maléficas ao ambiente. É justo e necessário refletir sobre isto tudo, porque não tenho dúvidas de que a natureza não perdoa os nossos desleixos. 
Para já, vou ficar por casa, bem agasalhado e à espera  que o sol me  aqueça um pouco mais para poder sorrir.  

F. M.

quinta-feira, 23 de março de 2017

Hoje acordei assim

Pedras com expressão

Hoje acordei assim. Nem podia ser de outra forma, ou não fôssemos nós influenciados pelo ambiente que nos envolve. Que nos envolve e que faz de cada um de nós seres tristes ou alegres, otimistas ou pessimistas, satisfeitos ou insatisfeitos, comunicativos ou taciturnos. E as pedras também sabem dar-nos recados ou refletir verdades. Nuas e cruas, como diz o povo na sua sabedoria sem limites. O frio, próprio do inverno, está a fazer mossa nas pessoas e noutros seres vivos. E até em seres inanimados. O frio estraga tudo. Dá-nos cabo da paciência: Acicata as dores ósseas e musculares, afeta o nosso pensar e agir, obrigando-nos a ficar por casa no aconchego dos cobertores ou dos aquecedores, para quem os tem ou pode ter. Mas ele há de cansar-se de nos incomodar. E a primavera virá, mais tarde ou mais cedo.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Com este tempo...


Com este tempo, de chuva e frio, só assim se pode ver o mar. Uma visita, fugidia, apenas para quem tem saudades do oceano que nos cativa com os sons quantas vezes cavos que  nos visitam em noites tranquilas. Regressa-se de imediato, que o ar gélido não perdoa. mas é um regresso com a alma cheia das ondas que desde a meninice ocupam um lugar especial no nosso ADN.

Nota: Foto do meu arquivo do principio do inverno.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Foto do Dia: Tempo triste


O tempo está triste como estas pedras do molhe sul da Praia da Barra. Com frio e chuva, com sol de fugida, nem as pessoas dão sinais de alegria. É um  tempo de recolhimento, de agasalhos, de aquecedores, de fogueiras acesas, de bebidas quentes, de constipações que incomodam, de tristezas. Nós, felizmente, somos dos que ainda temos recursos para nos defendermos dos invernos rigorosos, mas outros, no nosso país e pelo mundo fora, que nada têm, como hão de resistir à agressividade do tempo? É a vida, dirão alguns. Pois é.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Calor no estio



«Em fevereiro neve e frio; 
é de esperar calor no estio"

NOTA: De chuva e frio estamos fartos! Venha o estio para nos aquecer o corpo e a alma.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Praia da Barra: Contraste


O contraste que se verifica na vida, a tantos níveis, está patente nesta imagem registada há dias na Praia da Barra. Junto ao paredão da Meia-Laranja passeava perto da água do oceano uma família descontraída, mas vestida à prova do frio. O tempo assim o sugeria. Mais adiante, um atleta, já de idade um pouco avançada, fazia gala em mostrar a sua resistência, andando tranquilamente de tronco nu a saborear, decerto, recordações do verão.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Imagem do verão para um dia de frio

S. Pedro do Moel

Aqui, na minha tebaida, aconchegado pelo calor da fogueira, com o vento frio a sibilar lá fora, dei de caras com esta foto de uma esplanada, em S. Pedro do Moel, onde contemplei o mar a bater nas pedras, na ânsia de me chegar aos pés. O frio, decerto também necessário, em algumas circunstâncias, faz-nos recuar uns meses para nos imaginarmos de camisa temperada pelo calor do sol e pela brisa do mar. No próximo verão, vou-me vingar deste gelo de hoje, apanhando todo o sol possível. E não terei saudades das temperaturas destes dias que tanto me incomodam.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Calor humano

Edifício onde funcionou a minha escola
Quando eu era menino o frio vinha e ia sem ninguém dizer nada. Sentia-se no corpo e na alma e sofria-se em silêncio. As escolas não tinham aquecimento nenhum, e o vento, húmido e gelado, entrava por todos os cantos. Os mais pobres, sem calçado e sem roupa que agasalhasse, tiritavam o tempo todo. Recordo-me dos truques de que o meu professor, Manuel Joaquim Ribau, de saudosa memória, se servia para enfrentarmos o frio. Antes de abrir a porta da escola, mandava-nos correr, na que é hoje a Av. José Estêvão. E a corrida aquecia. Mas dentro da sala de aula o frio atacava de novo, com força. Então, quando as mãos enregeladas não conseguiam pegar no ponteiro com que se escrevia na lousa, todos de pé, a um sinal do mestre, de braços estendidos, abraçávamo-nos a nós próprios, com genica, para que as nossas mãos nos batessem no corpo. E assim passava o tempo. Uma ou outra vez fizemos uma fogueira no caminho de terra batida, onde nos aquecíamos. E quando havia temporal, com vento, chuva e frio de rachar, a escola era triste. Mesmo muito triste. Hoje, com tantas comodidades, merecidas e justas, outros problemas haverá que também, por vezes, a tornam triste. Mas não há, julgo eu, tanto frio como antigamente, onde só o calor humano pontificava. FM