sexta-feira, 21 de outubro de 2005

VATICANO: MENSAGEM FINAL DO SÍNODO DOS BISPOS

Posted by Picasa Basílica de S. Pedro "A Eucaristia, pão vivo para a paz do mundo"
“A Eucaristia, pão vivo para a paz do mundo” é o título da Mensagem final do Sínodo que será publicada no dia 22 de Outubro. O texto, com 17 páginas e 26 parágrafos em cinco línguas, foi discutido esta manhã na 20ª Congregação Geral, sendo aprovado após pequenas modificações, efectuadas neste momento pela comissão encarregada para a sua redacção. Os conteúdos da Mensagem foram antecipados num "briefing" com os jornalistas.
A saudação inicial agradece a presença dos “irmãos das Igrejas Orientais” pela sua participação, deixando votos de que “chegue o dia da plena unidade visível da Igreja”.
Os padres sinodais apresentam a sua gratidão a João Paulo II, que idealizou o encontro, e a Bento XVI, que acompanhou os trabalhos, para além de se dirigirem aos Bispos da China que não puderam participar, assegurando-lhes que tiveram “um lugar especial” dentro do Sínodo.
O texto deixa vários apelos, acenando aos “sofrimentos do mundo”, como a fome, a pobreza, as injustiças, os desastres naturais, as guerras e as situações difíceis da África e do Médio Oriente. D. Giorgio Costantini, porta-voz para os jornalistas de língua italiana, adiantou que os Bispos pedem, em particular, “a criação de condições para um progresso real da família humana, de forma a que não falte a ninguém o pão de cada dia”.
A assembleia lamenta a indiferença religiosa no Ocidente e chamam os responsáveis das nações a preocuparem-se com a “dignidade dos indivíduos”, defendendo a vida desde a sua concepção.
40 anos depois do Concílio Vaticano II, os Bispos apontam na sua mensagem alguns “abusos” acontecidos no processo de renovação da Liturgia: “ninguém tem o direito de sentir-se dono da Liturgia, porque ela pertence à Igreja”.
O Sínodo pede aos fiéis coerência pública com a fé que professam e defende a promoção de uma activa pastoral das vocações sacerdotais.
A mensagem reafirma a impossibilidade de acesso à comunhão sacramental de divorciados que se tenham voltado a casar, mas aponta para o reconhecimento da Igreja pelos seus sofrimentos e frustrações interiores.
Entre as “luzes” apontadas, os padres sinodais sublinham o aumento de vocações sacerdotais em muitas zonas do mundo, a renovada consciência da missa dominical e a descoberta e aprofundamento da fé em muitos jovens.
Fonte: ECCLESIA

GRIPE DAS AVES: MUNDO MAIS TRANQUILO?

Posted by Picasa Gripe das aves: Hungria garante que a sua vacina é eficaz
Os ensaios clínicos de uma vacina contra o vírus da gripe das aves H5N1 revelaram-se eficazes em humanos, anunciou esta sexta-feira o ministro da Saúde húngaro, Jeno Racz, em declarações à agência estatal MTI. «Agora, verificou-se que a eficácia da vacina é inequívoca», precisou o ministro, sublinhando que «com base nos seus dados», a vacina é eficaz a 100%. Racz e outros responsáveis sanitários têm previsto anunciar mais pormenores sobre os resultados dos ensaios numa conferência de imprensa esta tarde. Os resultados iniciais dados a conhecer na quarta-feira indicam que os anticorpos do H5N1 apareceram no sangue dos primeiros voluntários que receberam a vacina «beta» em finais de Setembro. Mais de uma centena de pessoas participaram no estudo, entre elas o ministro da Saúde. Entretanto, as autoridades húngaras anunciaram na véspera que os testes realizados a mais de mil aves nos últimos dias deram todos negativos.

Casal Missionário parte para o Brasil

Posted by Picasa Maria Emília e Manuel Carvalhais
Manuel Carvalhais e esposa Maria Emília deixam tudo para servir quem mais precisa em terra de missão O diácono permanente Manuel Carvalhais e sua esposa Maria Emília vão trabalhar, como missionários, no Nordeste do Brasil. A partida está agendada para 31 de Outubro, mas no dia 23, domingo, na missa das 10.30 horas, na sua paróquia de origem, Calvão, terá lugar uma cerimónia de envio. O casal missionário vai colaborar em projectos pastorais, culturais e sociais dinamizados pela Sociedade Missionária da Boa Nova, nas paróquias de Mata Roma e Chapadinha, da diocese do Brejo. A subsistência do casal será suportada pelos próprios. Em tempo de tantos egoísmos e comodismos, é justo sublinhar a disponibilidade deste casal diaconal para trabalhar em terras de missão, durante um ano, sem encargos seja para quem for. Vão, decerto, pela necessidade interior de servir quem mais precisa, deixando tudo pelo bem de outros. As suas naturais comodidades, a sua casa e familiares, os seus amigos, tudo deixam, para oferecer as suas capacidades de trabalho e o seu espírito de missão, numa época em que tantos pensam apenas no seu bem-estar. Daqui, deste recanto aberto ao mundo, fico na retaguarda em trabalho solidário, à medida das minhas possibilidades, com desejos de que Deus acompanhe estes meus bons amigos.Eles bem o merecem. Fernando Martins

HOJE: Entradas gratuitas no Museu de Ílhavo

Posted by Picasa QUARTO ANIVERSÁRIO DA REMODELAÇÃO E AMPLIAÇÃO DO MUSEU MARÍTIMO DE ÍLHAVO
O Museu Marítimo de Ílhavo celebra hoje o quarto aniversário da sua remodelação e ampliação. Para celebrar a efeméride, as entradas são livres e amanhã será inaugurada uma exposição de fotografia, "Terra à vista", de Casimiro Madaíl.

EM FÁTIMA, PASTORAL DA SAÚDE

Posted by Picasa EM NOVEMBRO, XIX ENCONTRO NACIONAL DA PASTORAL DA SAÚDE
A consciencialização de que a saúde passa também por uma dimensão espiritual no tratamento e acompanhamento do doente é um dos objectivos do XIX Encontro Nacional da Pastoral da Saúde, a realizar em Fátima em Novembro.
Dirigido a mais de mil participantes e com intervenções esperadas do ministro da Saúde, Correia de Campos, e do Cardeal Lozano Barragán, presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral da Saúde, o encontro servirá, também, de preparação para o 2º Congresso Nacional da Pastoral da Saúde, programado para Novembro do próximo ano.
Segundo o padre Vítor Feytor Pinto, coordenador da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde, a importância da espiritualidade no tratamento e acompanhamento do doente foi reconhecida "no Plano Nacional de Saúde, recentemente aprovado, e que se pretende levar à prática nos serviços de saúde em Portugal". "A espiritualidade não se esgota no religioso e, além disso, tem-se consciência de que a espiritualidade tem uma função terapêutica", acrescenta o padre Feytor Pinto na nota de apresentação do encontro, sublinhando que "o homem moderno não pode ignorar a espiritualidade na maneira como vive e como constrói a sua felicidade".
Durante os trabalhos, que decorrerão no Centro Pastoral Paulo VI entre 22 e 25 de Novembro, os participantes vão debater, assim, o papel dos técnicos de saúde na tarefa de "proporcionar aos enfermos os cuidados de saúde que contemplam a dimensão espiritual da pessoa, proporcionando-lhe, segundo a sua cultura, os cuidados religiosos que venha a solicitar". Alexandre Castro Caldas, Alfredo Bruto da Costa, José Pacheco Pereira, Maria João Avillez e Carlos Pinto Coelho são alguns dos participantes esperados no encontro, no qual tomarão parte, também, representantes de comunidades não cristãs, como a Comunidade Israelita de Lisboa, a Comunidade Muçulmana Ismaelita ou a Comunidade Budista.

Portugueses vivem uma cultura de medo

José Roquette, um dos pais do Código de Ética dos Empresário e Gestores, defendeu que "Ser Nação e ser povo tem de ser ganho todos os dias"
“A cultura de medo que Portugal vive precisa de temas mobilizadores. Ser nação e ser povo tem de ser ganho todos os dias. Não é uma realidade adquirida” – denunciou José Roquette, um dos pais do Código de Ética dos Empresários e Gestores assinado hoje, 20 de Outubro, em Lisboa.
Depois da sessão pública de assinatura deste documento, este empresário disse à Comunicação Social que quando o projecto arrancou (cerca de dois anos e meio) “acreditávamos que era uma ideia válida e era uma valor acrescentado, sobretudo, num país que tem dos empresários e da iniciativa privado uma imagem bastante má”. E acrescenta: “em Portugal, praticamente todas as elites (políticas, militares, empresariais) tem uma má imagem”.
A nossa história devia “empurrar-nos para transformações essenciais” mas a “cultura medo bloqueia as pessoas porque não se consegue perceber que tipo de projecto o país tem”. A classe política “tem responsabilidades” mas a sociedade civil tem que “conseguir uma mobilização. Necessitamos de linhas de rumo e estratégias correctas”. – sublinhou José Roquette.
Depois do parto deste Código de Ética, este responsável referiu que “foi uma surpresa agradável verificar que afinal o terreno estava mais bem preparado e receptivo do que à partida poderíamos imaginar”. Durante a elaboração deste Código de Ética da Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE) “tive ocasião de verificar que as pessoas se envolvem nestes temas e que estes têm importância para a vida delas”.
Em Portugal, a sociedade civil, por contraponto da classe política,” não se mobiliza ou sente que a responsabilidade por aquilo que possa acontecer em Portugal basicamente é endossada à classe política”. E acrescenta: “não deve ser assim. Verifico que quando as pessoas se mobilizam por boas causas e boas razões conseguem transformar muita coisa”. Se existir mobilização conseguem ser “fermentos de transformação”.
(Para ler mais, clique ECCLESIA)

NA SEMANA DA ARTE: 14 a 18 de Novembro

Posted by Picasa CUFC OFICINA DA ESCRITA No CUFC, junto ao Campus Universitário, vai desenvolver-se uma iniciativa – A OFICINA DA ESCRITA – aberta à comunidade universitária ou com idade mínima de 18 anos. A OFICINA DA ESCRITA, que está integrada na SEMANA DA ARTE, vai ser orientada por Rosa Maria Oliveira, Mestre em Estudos Portugueses e professora do Ensino Secundário. Recebeu o Prémio “Júlio Dinis” em 1988. Também foi coordenadora científica da obra Vasco Branco, Vida Literária (CMA 1999). Com uma dezena de livros publicados, salientando-se a última “O voo da enxada” (poesia) apresentada na Feira do Livro Aveiro 2005, tem algumas obras já traduzidas no estrangeiro. Para informações e inscrições, contactar o CUFC pelo Telefone 234 420 600 ou pelo Fax 234 481 466.

Um artigo de Alexandre Cruz

Compreender a pobreza e… 1. Reconhecer que existe pobreza numa sociedade é sempre motivo de inquietação. Não vem em conformidade com o ideal que todos sonham, não se enquadra num equilíbrio social que se proclama, interpela grandemente todas as formalidades. Mas, reconhecer que existem milhares e milhares de pessoas em situações de pobreza, fome, frio,… significa o verdadeiro encontro com uma realidade que tem de incomodar, estimular todos a uma conjugação de esforços superadores. Quem não se inquieta, por exemplo (entre tantos outros), ao pensar e observar que por trás das grandes cidades do Brasil das novelas a paisagem é revestida de famintas favelas, de insegurança criminosa, de ambiente social depressivo onde sobreviver será uma vitória. Todavia, esta realidade inquietante da pobreza, que interpela toda a evolução múltipla das sociedades, não acontece só lá longe. Lembramo-nos de já há longo tempo ter sido apresentado um relatório sobre a fome em Portugal, de se ter dito claramente que 100 mil pessoas passam fome todos os dias, e do incómodo que tal notícia provocou. Por vezes parece que o encontro com a crua realidade é inconveniente demais preferindo-se viver por “cima”, longe dos subúrbios das cidades onde reina a dor da marginalização. Claro que a verdade é que a fome atinge muito mais gente do que esse estudo apresentou e que por muito que custe reconhecer há pobreza nas freguesias, cidades, ruas de Portugal; claro que nos estudos das situações de pobreza há sempre uma fronteira difícil de penetrar, uma certa ‘vergonha’ (ou mecanismo de auto-defesa de dignidade pessoal) que impede o acesso com clareza à autêntica verdade. É natural. E, é claro, quando não se conhece não se pode criar pontes com quem vive o silêncio sofrido. Por isso, para mais e melhor conseguir “ensinar a pescar”, é essencial (re)conhecer, compreender, perceber as diversas causas que estão na raiz da pobreza entre nós. 2. Dia 17 de Outubro foi o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza (depois de no dia anterior termos lembrado o Dia Mundial da Alimentação). Um contraste gritante entre o que se estraga de comida e a fome já “ali” a matar! A OIKOS -Cooperação e Desenvolvimento (www.oikos.pt), ONGD de cidadãos solidários, criada em 1988, com Estatuto Consultivo no Conselho Económico e Social das Nações Unidas, apresentou Documento sobre a situação da Pobreza em Portugal. É mais um apelo de sensibilização e promoção de sinergias geradoras de mais equidade na sociedade portuguesa. Logo de início, uma constatação clara a OIKOS apresenta (se calhar no princípio de que “casa onde não há pão…!”): refere a organização que “a pobreza, em Portugal, é um problema social grave e o seu não reconhecimento tem-se revelado, ultimamente, um dos maiores entraves à sua erradicação”. E os dados estão aí: 1 em cada 5 portugueses vive no limiar da pobreza (21% da população nacional) e 7,2 % da população activa está desempregada. Como a educação é alavanca fundamental para o desenvolvimento, então a este respeito saliente-se que 79,4 % da população activa não terminou o ensino secundário, sendo o abandono escolar em idade precoce também uma causa alarmante de sub-desenvolvimento na ordem dos 45,5% (da população em idade escolar) que abandona o ensino. 300 mil famílias (8% da população) em 2001 viviam em condições mínimas, havendo em relação aos dados de 2000 um agravamento de 25% de situações de pessoas sem-abrigo. Estes alguns dos muitos dados que significam o encontro com a dura e indesmentível realidade que, ainda assim, só é compreendida quando experimentada nas situações de pessoas que toda-a-hora vivem o limite da dignidade no seu próprio corpo…num mundo que produz por minuto cinquenta novos pobres e, entre nós, com desigualdades crescentes: os poucos ricos mais ricos, os pobres mais pobres numa diminuição clara da classe média, sendo nós da União Europeia o país que tem a pior distribuição de riqueza com os 20 mais ricos a controlar 45,9 % do rendimento nacional. Sinais claros de que um travão de sub-desenvolvimento (a par da difícil conjuntura internacional) puxa-nos para trás, apresentando tendências nada animadoras, do litoral ao mais difícil interior. 3. Que tem tudo isto e ver connosco? Tem tudo e a ver com todos, a fim de recriar os dinamismos da superação destes limites que nos encurtam o horizonte. Será, em todas as estruturas sociais, fundamental perceber as diversas causas, problemáticas na origem do fenómeno da “pobreza” para conseguir actuar com mais eficácia. E ainda: se não conseguirmos criar uma sociedade mais justa e mais equilibrada, é sinal de que todos os mecanismos, dos intelectuais aos institucionais, estão ainda por apurar no seu encontro com a realidade do mundo que anseia por contributos sempre mais eficazes. Compreender a pobreza e…? (Bem sabemos que depois do plano teórico a prática é a verdadeira ‘prova dos 9’ da maturidade das convicções. Só com um ‘coração do tamanho do mundo’ será possível um impulso e uma força capaz de derrubar por vezes alguns conformismos instalados para haver ‘algo’ de novo. É naturalmente difícil mudar, implicará a reconversão de mentalidade… Um primeiro passo: estudarmos ao mais alto nível o fenómeno “pobreza”, enquanto matamos a fome – é louvável tanto esforço que se tem feito! - e “ensinar a pescar”… E tudo isto quando bastava 1% do orçamento militar mundial para acabar com a fome no mundo!)

quinta-feira, 20 de outubro de 2005

Prestação extraordinária de combate à pobreza

Governo vai verificar rendimentos dos idosos antes de aprovar subsídio
O Governo vai exigir uma análise às contas bancárias dos idosos que peçam a prestação extraordinária de combate à pobreza, que estará disponível a partir de Janeiro, anunciou o ministro do Trabalho e da Solidariedade Social. Em entrevista ao "Jornal de Negócios", publicada hoje, Vieira da Silva afirma que a "atribuição da pensão extraordinária para os idosos também vai levar em conta os rendimentos do agregado familiar", para garantir que só vai receber mesmo "quem precisa".
"Quem pretende este apoio terá de disponibilizar completamente a informação sobre os seus rendimentos reais", sustenta o ministro, justificando que há pensões baixas, que muitas vezes não são "sinónimo de pensionista pobre".
Vieira da Silva frisou que objectivo do Governo "não são as pensões baixas, são os pensionistas pobres" e anunciou que a prestação - que foi uma das promessas mais emblemáticas de José Sócrates durante a campanha eleitoral - vai poder ser requerida já a partir de 1 Janeiro.
(Para ler mais, clique PÚBLICO)

Um artigo de D. António Marcelino

Posted by Picasa D. António Marcelino Ética e valores republicanos?
Vimos ouvindo a personalidades conhecidas e mesmo a gente que não aparece na ribalta da sociedade mais mediática, a referência frequente e enfática à ética e aos valores republicanos, de mistura com a confissão ostensiva de agnosticismo e laicismo.
Respeitando o mundo próprio de cada um, coisa que para mim não é nada difícil, interrogo-me sobre que valores são esses que não coincidam com outros, acolhidos e seguidos pelo comum das pessoas, que não saberão mais da república que o feriado, sempre agradável, do 5 de Outubro.
Os valores republicanos que mais se evocam, como grandes conquistas da Revolução Francesa e, para nós com a mudança política de 1910, que as diversas obediências maçónicas interpretam a seu jeito, são a igualdade, a liberdade e a fraternidade.
Afinal, valores genuinamente evangélicos, que o cristianismo propagou e tornou universais, mesmo quando alguns sectores religiosos ou políticos não os cumpriram nem respeitaram, ou andaram na vida à revelia da proposta feita.
Falar, depois, de solidariedade, de tolerância, de respeito pelos outros, não é senão reafirmar atitudes que traduzem a aceitação da trilogia atrás referida, no seu sentido mais largo.
Porém, basta que se soltem as emoções e se toque em interesses pessoais ou de grupo, para logo se ver que, ontem como hoje, nos mais diversos quadrantes sociais e políticos, uma coisa é afirmar valores e dar-lhes paternidade, outra, bem diferente, mostrar na vida compromisso permanente com eles. É a verdade ligada a zangas de comadres ou de compadres.
Se falarmos de ética, as coisas complicam-se. Ética, de que República? Houve e perduram tantas vivências republicanas de sentido oposto, que mais vemos escadas montadas para subir, ombros encostados para amparar, alçapões abertos para enterrar, do que princípios não conspurcados, que possam nortear o sentido nobre da vida em comunidade, sem privilegiados nem preferidos e sem terem de se mendigar favores.
Ser republicano ou monárquico é um direito que assiste ao cidadão que gosta ou adere a qualquer dos regimes. Mas que isso não sirva, de um ou de outro lado, para catalogar portugueses de primeira e de segunda e deixar fora, como não existentes, os que já nem sequer são objecto de catalogação.
O orgulho e o preconceito não dignificam ninguém, qualquer que seja a sua adesão ideológica, muito menos quando se montam ou exigem vistosos palanques de ostentação, que hoje dão pelo nome de meios de comunicação social. O tempo da descriminação e da subserviência está a terminar. Felizmente cada cidadão vai despertando para a sua dignidade e para o direito que lhe assiste de ser respeitado e de ter voz. Trata-se de um processo irreversível.
O laicismo fecha os horizontes do transcendente e acaba por mutilar, inexoravelmente, tanto as pessoas, como uma sociedade de direitos e deveres. Para muitos parece ser o espaço privilegiado para a afirmação dos valores republicanos.A laicidade, ao contrário, marca a legítima autonomia do sagrado e do profano, não antagónicos, mas como expressão louvável e libertadora das pessoas e das comunidades. É uma atitude a respeitar e a promover. Sem medos.
Ser tolerante, reconhecer a dignidade de cada um em relação a si e aos outros não é um mero valor republicano. É um dever de todos, porque é um direito humano, fundamental e inalienável, que a ninguém se pode negar.

UNIVERSIDADE DE AVEIRO FORMA OS MELHORES PROFESSORES

Posted by Picasa UA OS MELHORES PROFESSORES DO 1º CICLO SAEM DA UA
A Universidade de Aveiro tem os melhores cursos de formação de educadores de infância e de professores do 1.º ciclo, segundo as conclusões do relatório de avaliação externa destas licenciaturas realizado pelo Conselho Nacional de Avaliação do Ensino Superior (CNAVES), anunciou o Diário Económico na sua edição de 18 de Outubro.
(Para saber mais, clique aqui)

Primeira tradução católica da Bíblia em coreano

PARA DEUS ESTAR MAIS PRÓXIMO DA GENTE COREANA
A primeira tradução católica da Bíblia em coreano acaba de ser publicada, juntando-se à tradução ecuménica existente até hoje. Publicado com o título de “Bíblia Sagrada”, o texto é fruto de um longo trabalho de revisão que durou 17 anos, realizado por estudiosos, teólogos e especialistas.
D. Andreas Choi Chang-mou, Presidente da Conferência Episcopal da Coreia, mostrou a sua satisfação por este acontecimento. “Espero que a vida cristã dos fiéis se renove e revitalize com esta obra, que poderá ser utilizada para a lectio divina, a liturgia, o estudo, a oração pessoal”, referiu.
Na cerimónia de apresentação, que teve lugar na abertura da recente Assembleia de Bispos coreanos, D. James Kim Ji-seok, Bispo de Wonju, afirmou que “com esta tradução, Deus poderá estar mais próximo da vida da gente coreana.
Como Palavra de Vida, a Bíblia não é um livro qualquer, mas um livro que nos alimenta e nutre a nossa existência”. Proximamente será publicado um novo guião catequético em coreano, preparado pela Comissão para a Catequese, actualizado segundo critérios de pastoral e didáctica, que será difundido em todas as paróquias e organizações eclesiais.
Fonte: ECCLESIA

PORTO DE AVEIRO NA RÁDIO TERRA NOVA

Posted by Picasa
"PORTO DE ENCONTRO" COMEÇA NO DIA 24 Na próxima segunda-feira, dia 24, a Rádio Terra Nova (105.0 FM) inicia a transmissão da rubrica “Porto de Encontro”.
Nas ondas da rádio, abre-se uma escotilha com vista para o Porto de Aveiro.
São estórias do mar, estórias das gentes do mar, estórias de marear.A rubrica “Porto de Encontro” será emitida diariamente, de segunda a sexta-feira, com três entradas em antena: às 8h45, 12h45 e 18h45.
A responsabilidade editorial está a cargo do jornalista José Carlos Sá.
Porque há mar e mar, há ir e contar...“Esta é mais uma oportunidade para incrementarmos a visibilidade do Porto de Aveiro.
Através do ‘Porto de Encontro’, vamos também reforçar os laços que unem o Porto de Aveiro à comunidade residente na região” – sublinha o Presidente da APA, acrescentando:“Satisfaz-nos bastante o formato adoptado pelos responsáveis da Rádio Terra Nova. Não se trata de nenhum espaço ‘oficial’ do Porto de Aveiro. A nossa empresa funciona aqui apenas como pivot de uma rubrica que pretende dar voz aos mais diversos intervenientes da comunidade portuária. Um espaço de vozes plurais que se constituirá, com o passar do tempo, num valioso repositório de documentos sonoros do pulsar do Porto de Aveiro, das suas gentes, dos seus anseios, da labuta de todos em prol de um futuro melhor para a região em que nos inserimos”.
Ouça o spot promocional da nova rubrica em:
http://www.mediatico.com.pt/apa/pe.mp3
Rádio Terra Nova na internet em www.terranova.pt
(Para mais notícias, clique PORTO DE AVEIRO)

NO CUFC, SEMANA DA ARTE

Posted by Picasa CUFC
SEMANA DA ARTE, DE 14 A 18 DE NOVEMBRO De 14 a 18 de Novembro, vai decorrer no CUFC (Centro Universitário Fé e Cultura) a SEMANA DA ARTE, aberta a toda a comunidade. Nela se integra a “Oficina da Arte”, onde os interessados, no máximo de 14, poderão experimentar o desenho a grafite, lápis de carvão e sanguínea. A orientação é de António Nogueira, professor convidado do DEGEI-UA. As inscrições poderão ser feitas no CUFC, junto ao Campus Universitário.

quarta-feira, 19 de outubro de 2005

MARIA BETHÂNIA CANTA EM FÁTIMA

Posted by Picasa Maria Bethânia Na Missa da Esperança, dia 6 de Novembro
As cantoras Maria Bethânia e Joanna vão representar o Brasil na Missa da Esperança, no dia 6 de Novembro, no Santuário de Fátima. A celebração acontece todos os anos, desde 2001 e reúne diversos artistas brasileiros e portuguesesA brasileira Maria Bethânia gravou um CD dedicado a Nossa Senhora – “Cânticos, Preces e Súplicas”, tendo já apresentado estas canções, em Outubro do ano passado, na Basílica Nacional de Aparecida, importante centro de peregrinação brasileiro, vindo agora cantá-las em Portugal.
Joanna, que também possui no seu repertório o CD 'Oração', também confirma a sua presença, dizendo que a sua vida tem corrido tão bem que quer ir cantar a Fátima como sinal de agradecimento a Nossa Senhora. Além destas duas artistas também foi confirmada a participação musical do Pe. António Maria, do cantor Marco Paulo, que gravou recentemente o tema “Nossa Senhora” de Roberto Carlos e da apresentadora da Rede Globo de Televisão, Ana Maria Braga.
Maria Bethânia cantará ainda acompanhada por um dos maiores expoentes actuais do panorama musical português, a fadista Kátia Guerreiro, que gravou “Ave Maria” de Fernando Pessoa.
A expectativa deste ano é de superar os 60 mil participantes de 2004. A Missa será celebrada a partir das 11h00 e às 12h00 será rezado o Rosário na Capelinha das Aparições.
Fonte: ECCLESIA

Um artigo de Rita Carvalho sobre o Papa, no DN

Posted by Picasa Papa Bento XVI Guardião Ratzinger dá lugar a Papa conciliador
"Um homem de reconciliação e não o grande inquisidor da Igreja Católica." É assim que alguns especialistas ouvidos pelo DN vêem hoje Joseph Ratzinger, considerado o "mau da fita" enquanto guardião para a Doutrina da Fé. A mudança ao assumir a função de Papa era expectável, dizem, e não significa uma inversão de personalidade de "alguém cuja missão é agora promover a comunhão. Seis meses depois de o conclave ter eleito Bento XVI, pouco ainda se pode dizer. Apenas que este será um pontificado de continuidade, embora marcado por um estilo diferente do de João Paulo II.
Após o entusiasmo de uns e a decepção de outros - que não pouparam críticas e traçaram os piores cenários para o futuro da Igreja Católica (IC) - as primeiras impressões do novo Papa atenuam a imagem de um homem intransigente, disciplinador e fechado ao diálogo. O mundo que conheceu o cardeal Ratzinger pelas suas posições disciplinares duras confronta-se agora com um homem que chama os seus opositores para conversar.
Bento XVI já reuniu com grupos dissidentes e teólogos com posições muitos distantes, como Hans Kung ou a Fraternidade de São Pio X, grupo de católicos integristas seguidores do francês Marcel Lefebvre e excomungados pelo Vaticano. Fora do catolicismo, o Papa também promoveu encontros com judeus, ortodoxos e islâmicos.Duas funções, posturas diferentes. Para Peter Stilwell, director da Faculdade de Teologia da Universidade Católica, enquanto prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o cardeal Ratzinger detinha a função de guardião da ortodoxia, uma espécie de "mau da fita". Agora, "como pastor, tem de ir adiante dando atenção a todos e promovendo a aproximação dentro e fora da Igreja", disse ao DN.
Alfredo Teixeira, director do Centro de Estudos de Religiões e Culturas da Universidade Católica, considera que "ao cardeal Ratzinger era pedida a missão de disciplinar. Agora, terá de pensar como presidir à comunhão. Não é possível fazê-lo só com base na disciplina, traçando a fronteira entre os que estão fora e os que estão dentro da Igreja. Presidir exercendo a repressão conduziria à exclusão".
(Para ler todo o artigo, clique aqui)

Um poema de Teixeira de Pascoais

Posted by Picasa Teixeira de Pascoais POEMA INÉDITO Feita de sol é a carne que nos veste Os ossos, que são feitos de luar. E a nossa alma é sombra A sonhar e a pensar, conforme é dia Ou noite, pois em nosso pensamento Esplende o sol. Mas ao luar é que se expande O nosso dom fantástico, esse voo Sem fim do nosso ser Que ultrapassa as estrelas E alcança além do espaço a eternidade. E o infinito, além do espaço, E Deus, além dos deuses. In VI Volume das Obras Completas

BENTO XVI: UM PAPA PARA O TERCEIRO MILÉNIO

Posted by Picasa Bento XVI Bento XVI cumpre hoje seis meses de pontificado
No dia 19 de Abril, ao final da tarde, os Cardeais eleitores escolhiam o Cardeal Joseph Ratzinger para suceder a João Paulo II. A eleição gerou uma onda de desconfiança perante a herança de um pontificado excepcional, de 26 anos e meio, num mundo em mudança, com desafios específicos em cada continente: desde a pobreza e as desigualdades sociais à secularização e indiferença religiosa, passando pelo diálogo com as outras religiões e o relativismo moral.
Quando, há quase 27 anos, foi apresentado ao mundo o Cardeal Karol Wojtyla houve uma espécie de atordoamento geral; há seis meses, pelo contrário, todos sabiam (ou julgavam saber) quem era aquele homem que surgia vestido de branco.
O primeiro livro do novo Papa tem um título significativo: “A Revolução de Deus”. Essa parece, de facto, ser a primeira marca do pontificado de Bento XVI, um homem que durante décadas foi o “ódio de estimação” de vários sectores do catolicismo.Como refere D. Manuel Clemente, Bispo Auxiliar de Lisboa, no prefácio à edição portuguesa deste livro, “Bento XVI começa o seu pontificado com a mesma convicção de toda a vida: a pessoa humana-divina de Cristo é a substância do Cristianismo, como novidade e anúncio, irredutível a qualquer preconceito ou manipulação”.
(Para ler mais, clique aqui)

PORTUGAL MENOS CORRUPTO

PORTUGAL ENTRE OS 30 PAÍSES MENOS CORRUPTOS Portugal está entre os 30 países menos corruptos do mundo, revela o Índice 2005 de Percepção da Corrupção, divulgado pela organização não-governamental Transparency International. Mas, segundo o mesmo documento, setenta países têm um «problema muito grave de corrupção». O índice, elaborado anualmente pela organização com base na avaliação da percepção de corrupção por empresários e analistas, aponta como mais corruptos de um conjunto de 159 países o Chade e o Bangladesh, que obtiveram 1,7 pontos numa escala de 10, em que o valor máximo corresponde ao menor grau de corrupção. Portugal, o 26º país mais transparente, subiu um lugar em relação a 2004, obtendo este ano 6,5 pontos na avaliação feita por nove fontes, entre as quais o Fórum Económico Mundial e o Centro de Pesquisa dos Mercados Mundiais. Os membros da União Europeia (UE) mais bem classificados são a Finlândia (2º lugar), Dinamarca (4º), Suécia (6º), e Áustria (10º). A Polónia é o mais corrupto dos países europeus, classificando-se em 70º lugar. No comunicado que acompanha a divulgação do relatório, a organização refere que todos os 19 países que beneficiaram de perdões parciais da sua dívida ao abrigo da Iniciativa para os Países Altamente Endividados do FMI e do Banco Mundial, obtiveram uma pontuação de quatro ou menos pontos, que corresponde a «níveis graves ou muito graves de corrupção».
Fonte: Expresso on-line

Efemérides aveirenses



Inquérito às aparições em Fátima


O aveirense D. João Evangelista de Lima Vidal, então arcebispo de Mitilene e governador do Patriarcado de Lisboa (Mais tarde, bispo da restaurada Diocese de Aveiro, em 1938), ordenou que se procedesse a um inquérito sobre os acontecimentos extraordinários de Fátima, iniciando assim o processo canónico das aparições da Virgem Maria às três crianças. 

Ordem da Torre e Espada

1919 – Nos Paços do Concelho, foram entregues à cidade de Aveiro as insígnias do grau de oficial da Ordem da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito que o Governo da República lhe havia conferido em 15 de Março passado. 

Exposição dos Artistas de Aveiro

1963 – Foi inaugurada a I Exposição dos Artistas de Aveiro, que se prolongou até 10 de Novembro, cuja iniciativa pertenceu ao Círculo de Artes Plásticas do Clube dos Galitos. Fonte: Calendário Histórico de Aveiro

terça-feira, 18 de outubro de 2005

Ainda a pobreza entre nós

SOCIEDADES EGOISTAS E INCAPAZES DE OLHAR PARA OS SEUS POBRES
Para assinalar o Dia Mundial para a Erradicação da Pobreza, várias organizações portuguesas lançaram na segunda-feira um apelo para que o País coloque a pobreza e as desigualdades sociais e económicas no centro do debate público. O problema é grave e há muito tempo que está identificado e estudado, não se vislumbrando indícios de se avançar na luta contra a pobreza extrema que atinge mais de um milhão de portugueses. No manifesto tornado público, as organizações que se inquietam com esta problemática denunciam que um em cada cinco portugueses vive no limiar da pobreza e que mais de 12 por cento da população activa ganha apenas o salário mínimo nacional. Por outro lado, as 100 maiores fortunas portuguesas representam 17 por cento do Produto Interno Bruto, sendo certo que o nosso País tem a pior distribuição de riqueza no seio da União Europeia, com os 20 por cento mais ricos a controlarem quase 46 por cento do rendimento nacional. Por isso, as organizações apelam ao poder político e económico para que reconheça o fenómeno da pobreza como um terrível problema social e para que, com a sociedade civil, encontre soluções adequadas para a sua progressiva erradicação. Em pleno século XXI, em que os sinais exteriores de riqueza de alguns são bem visíveis por todos, é incrível como a nossa sociedade, com economistas, políticos, empresários e instituições, não consegue organizar-se para acabar, de uma vez por todas, com a pobreza que nos devia envergonhar a todos. Um dia questionaram Madre Teresa de Calcutá sobre a forma como podíamos acabar com a fome no mundo. Muito simplesmente, disse Madre Teresa: Se cada um de nós distribuir algo do que tem com o pobre que encontrar na rua, não haverá mais fome nas nossas sociedades.
O problema está, então, em cada um de nós, os que construímos sociedades egoístas e incapazes, por isso, de olhar para os seus pobres.
Fernando Martins

Um artigo de Sarsfield Cabral, no DN

Posted by Picasa RIGIDEZ
A redução do défice prevista no Orçamento para 2006 exige um esforço brutal, mas indispensável, pois daí depende a reconquista da confiança dos agentes económicos. Um esforço dificultado pelo fraco crescimento da economia, finalmente previsto com realismo.
Excepto o PCP e o BE, todos concordam que o ataque ao persistente défice orçamental português tem de ser feito sobretudo reduzindo a despesa. Os impostos já subiram de mais. Mas é muito rígida a despesa corrente, aquela não destinada a investimento. Apenas se pode mexer em cerca de 10 a 15% dessa despesa quando se elabora o Orçamento.
A chave do problema está, então, em diminuir o grau de rigidez da despesa antes do Orçamento. O mérito deste Governo foi ter avançado nessa via, pela primeira vez entre nós. Pena é a insistência nas auto-estradas sem portagem e nos grandes investimentos, cuja justificação em termos de custos/benefícios continua escandalosamente por aparecer.
As alterações nos regimes de segurança social e saúde de vários corpos do Estado e a redução das comparticipações nos medicamentos são exemplos desse ataque estrutural ao desequilíbrio das contas públicas. Mas este é apenas o princípio. Para baixar a sério o elevado custo salarial da função pública portuguesa não basta congelar progressões automáticas nas carreiras, limitar a entrada de novos funcionários (necessariamente com contratos individuais de trabalho) ou não deixar subir os vencimentos na função pública acima da inflação.
O despedimento dos actuais funcionários não é legalmente viável - e não se podem fazer leis retroactivas. A solução será utilizar em escala significativa o mecanismo do quadro de supranumerários, encerrando serviços inúteis após as prometidas auditorias aos ministérios. Veremos até onde chega a coragem do Governo.

Um artigo de Francisco Perestrello, na Ecclesia

Cinema de Aventuras – O Regresso
Dentro dos diversos géneros que povoaram o cinema desde os primeiros tempos o filme de aventuras inclui-se entre os mais populares. Logo no início, em pleno cinema mudo, sucediam-se as correrias, os assaltos aos comboios, as perseguições e lutas corpo a corpo que, sem o apoio do sonoro, obrigavam a uma expressão muito viva.Com o passar dos anos foi o western que veio a ocupar a parte de leão, primeiro no cinema americano, estendendo-se depois à Europa pelas produções alemãs dos anos 60, pelo “Western Spaghetti”, italiano e, a reboque deste, pelas co-produções e produções espanholas. Até a Jugoslávia invadiu a área dos índios e cowboys com relativo sucesso.
A partir dos anos 70 o western entrou num progressivo declínio, sendo hoje um género anacrónico que só reaparece em produções de grande envergadura, vencendo assim a falta de continuidade na sua produção.
Mas o cinema de aventuras vivia também de heróis populares, vindos ou não da banda desenhada. E, entre estes, contava-se Zorro, com sucessivos filmes desde 1920, caindo também a sua presença na 7ª Arte a partir de meados dos anos 70.Em 1998 o lendário herói foi retomado pela Columbia Pictures, recorrendo aos actores bem cotados Antonio Banderas e Catherine Zeta-Jones, produzindo «A Máscara de Zorro» com meios mais abundantes dos que eram tradicionais e com o apoio das técnicas mais recentes, obtendo o êxito que se procurava.
Uma sequela foi inevitável e, no ano corrente, com os mesmos actores, podemos ver «A Lenda de Zorro», que nos transporta de novo ao reino da fantasia, com uma dose maciça de ingenuidade, maniqueísmo e inverosimilhança, despertando o gosto pelo desenvolvimento da imaginação e suportando-se numa moral infalível, mesmo que discutível quando aprofundada em todo o seu contexto.
Mas, em qualquer caso, regressa assim o filme de aventuras tradicional.

Um artigo de António Rego

Posted by Picasa Luta de vida e morte
Continua, invencido, o mais antigo combate do mundo. A vida e a morte debatem-se ferozmente nas formas mais subtis e nas fases mais surpreendentes de todos os seres vivos. Com a temporalidade no horizonte, com a hora marcada de chegada e partida. Sempre no duelo pela sobrevivência se foi operan-do o evoluir da terra, na convicção planetária, ainda hoje não desmentida, de que apenas na Terra existe vida.
Contam-nos as mais antigas histórias e fábulas que a espada da morte sempre vigiou todas as portas de emergência da vida e, no duro combate, sobreviveu o mais forte, oportuno e sagaz. A história de todas as vidas é uma vitória única sobre milhões de hipóteses de morte.
Até que a inteligência humana sobrepassou todas as etapas do instinto e, na compreensão de si mesma e do cosmos, começou a organizar os seus campos de combate contra todos os inimigos sérios e irracionais. A medicina, instintiva primeiro, racionalizada depois, começou a compreender os elementos de vida e morte que compõem o universo. Assim, a vida humana, ápice de todas as vidas, ganhou estatuto senhorial sobre todas as outras. A esperança de vida foi e vai crescendo à medida que os povos e civilizações compreendem e enquadram o todo da saúde como um bem primário das comunidades.
Mas nem assim a morte fica afastada. Apenas adiada mais alguns meses ou anos. E acabamos por compreender, como nos diz a Bíblia, que a vida é um breve sopro. De vez em quando surgem fenómenos que tornam isso mais evidente: catástrofes que dizimam milhões de vidas, guerras que absurdamente ceifam o melhor da juventude de tantos povos, epidemias que varrem milhões de seres no grande combate do microcosmos que rodeia e habita todos os seres humanos. Quantos vírus terão de ser vencidos para que a vida humana triunfe da morte. E mesmo assim, descobertas vacinas e antídotos, nunca a vida cantará total vitória pois uma inteligência subversiva de sobrevivência continua a vigiá-la e, esgotados os recursos, vencê-la. Exames, rastreios, diagnósticos, imunizações, ressonâncias, bioquímicas, cirurgias e transplantes, têm sempre inimigos à espreita, prontos para atacar qualquer inadvertência. E com toda a nova tecnologia de prevenção e cura, novas doenças, aparentemente invencíveis, vão surgindo.
O que se passa com as epidemias periódicas, feitas pandemias, encaixa-se nesta lógica de luta entre a vida e a morte. Sabendo que uma não sobrevive sem a outra.Até ao momento em que, definitivamente, a morte será vencida. Aqui entramos no campo da Fé que nos coloca num patamar de visão do mundo muito para além das análises, fármacos, mesmo nas tecnologias deslumbrantes que hoje conseguem verdadeiros milagres de “ressurreição”.
Estamos perante milagres passageiros. A Ressurreição e a Vida ultrapassam de longe todos os cálculos do homem.

segunda-feira, 17 de outubro de 2005

POBREZA EM PORTUGAL

Posted by Picasa Governo promete mais dinheiro para combater pobreza
O ministro do Trabalho e da Solidariedade Social garantiu hoje que o Orçamento de Estado para 2006 vai incluir "recursos mais significativos" para o combate à pobreza, que em Portugal atinge uma em cada cinco pessoas. Numa cerimónia para assinalar o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, Vieira da Silva manifestou-se "chocado" com os níveis de pobreza em Portugal, que incide sobretudo sobre as crianças, os idosos e as mulheres.
No dia em que está prevista a entrega do Orçamento de Estado para 2006, o ministro disse que, apesar dos "momentos difíceis" que o país atravessa, vão ser destinados "recursos mais significativos para os instrumentos de combate à pobreza" que terão, no entanto, de ser "geridos com muito rigor".
Para tal, o Governo aposta no reforço dos mecanismos já existentes, como o Rendimento Social de Inserção (antigo rendimento mínimo), e no complemento de reforma para os idosos mais pobres – uma medida anunciada no programa de Governo e que começará a ser aplicada em 2006.
O Executivo pretende que, até ao final da legislatura, nenhum reformado receba menos de 300 euros por mês, estando previsto que os idosos com mais de 80 anos sejam os primeiros a beneficiar desta medida.
(Para ler mais, clique PÚBLICO)