sexta-feira, 6 de janeiro de 2006

Papa recebeu sucessor de Frère Roger

Posted by Picasa Irmão Aloïs e Irmão Roger
IRMÃO ALOÏS,
NOVO PRIOR DE TAIZÉ
O Irmão Aloïs, sucessor de Frère Roger à frente da Comunidade ecuménica de Taizé, foi recebido no Vaticano por Bento XVI, em audiência privada. O encontro foi anunciado pela sala de imprensa da Santa Sé, que não oferece nenhum outro detalhe.
O novo prior de Taizé orientou na passagem de ano, pela primeira vez, um Encontro Europeu de Jovens, reunião para a qual o Papa fez chegar uma mensagem em que homenageava “o espírito de fraternidade e de paz” vivido nestes encontros.
Pouco antes da sua morte, Frère Roger tinha escrito ao Papa, manifestando-lhe o desejo de ir quanto antes a Roma para encontrar-se com Bento XVI e assegurar que "a nossa Comunidade de Taizé deseja caminhar em comunhão com o Santo Padre".
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Fonte Ecclesia
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IRMÃO ALOÏS,
SUCESSOR DO IRMÃO ROGER
De origem alemã, e nacionalidade francesa desde 1984, católico, o irmão Aloïs nasceu a 11 de Junho de 1954 na Baviera e cresceu em Estugarda. Os seus pais nasceram e cresceram no que era então a Checoslováquia. Depois de várias passagens por Taizé, ficou como voluntário, ajudando no acolhimento de jovens durante vários meses, antes de receber o hábito de oração da comunidade em 1974. Desde essa data, viveu sempre em Taizé. Como voluntário e depois como irmão, fez inúmeras viagens aos países da Europa central e oriental, a fim de apoiar os cristãos destes países, então sob influência soviética. De acordo com a regra de Taizé que tinha publicado em 1953, o irmão Roger, com a concordância dos irmãos, designou-o sucessor na altura do conselho dos irmãos em Janeiro de 1998. Muito cansado pelo peso da idade, o irmão Roger tinha anunciado à comunidade, em Janeiro de 2005, que o irmão Aloïs iniciaria este ano o seu ministério. Nestes últimos anos, o irmão Aloïs coordenou a organização dos encontros internacionais em Taizé e dos encontros europeus em várias metrópoles da Europa. Muito interessado pela música e pela liturgia, também dedicou sempre muito tempo à escuta e acompanhamento dos jovens.
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Fonte: "Site" de Taizé

"SITE" SOBRE MÚSICA PORTUGUESA

O Centro de Informação de Música Portuguesa na Internet, que será apresentado hoje, em Lisboa, pretende ser "uma montra da música erudita que se faz em Portugal", explicou à Lusa o seu mentor, Miguel Azguime. "O nosso principal objectivo é divulgar e encorajar a interpretação e conhecimento da música portuguesa à escala mundial", frisou o compositor Miguel Azguime.
O centro, disponível em www.mic.pt, encontra-se online há três meses, em fase experimental."A ideia começou a fermentar em finais da década de 1980" e a sua concretização só foi possível graças a verbas comunitárias conseguidas através dos programas operacionais de Cultura e da Sociedade de Informação, respectivamente POC e POSI.
A manutenção do centro "tem um custo anual que oscila entre os 75 e os 100.000 euros", disse Miguel Azguime.
O Centro de Informação de Música Portuguesa (CIMP) "tem uma vocação de serviço público e vem colmatar uma lacuna no domínio da visibilidade da criação musical portuguesa", enfatizou.
Uma das vertentes deste espaço virtual é "promover os compositores e intérpretes portugueses, disponibilizando informação, distribuindo publicações, gravações, partituras, etc.", explicou.
O CIMP disponibiliza, neste momento, informação sobre 190 compositores dos séculos XX e XXI, 5.500 obras, 90 intérpretes, 3.000 documentos e materiais catalogados, e ainda "numerosos documentos vídeo, imagens, fotografias, excertos de partituras, textos críticos e analíticos encomendados a musicólogos portugueses e estrangeiros, e registos áudio".
Através do CIMP é ainda possível aceder a informação sobre festivais, feiras, congressos, concursos, escolas, cursos, espaços, investigação, institutos públicos, bolsas, apoios, associações, fundações, industria, serviços e editores.
Ao digitar www.mic.pt, cada utilizador pode registar-se gratuitamente e aceder aos diferentes conteúdos através de cinco secções principais: Compositores, Intérpretes, Obras, Materiais e Documentos e Recursos Musicais.
O CIMP disponibiliza informações em português e inglês.A sua versão em inglês foi apresentada em Nova Iorque, no passado dia 29 de Setembro, no âmbito da conferência anual da Associação Internacional de Música Contemporânea.
Na sessão de apresentação, hoje às 18h00, na sede do Instituto Camões, em Lisboa, o musicólogo Rui Vieira Nery e o compositor António Pinho Vargas apresentarão duas comunicações.

Um artigo de D. António Marcelino

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D. António Marcelino
FALAR À INTELIGÊNCIA
E ABRIR O CORAÇÃO
Reflecti, em referência ao ano que terminou, sobre o progresso nos diversos campos em que o diálogo é tão necessário como difícil. Na minha opinião, nem na política, nem no futebol, nem na família as coisas melhoraram. Pensando bem, parece-me que, em alguns aspectos, até pioraram. Progresso visível, só o verifiquei, é mais uma opinião, entre as diversas confissões religiosas, com passos significativos no caminho ecuménico e com uma convicta união de esforços para defender grandes valores humanos, como a vida, a liberdade, a paz. É cada vez mais difícil o entendimento entre as pessoas e os grupos, porque o tempo é de emoções, preconceitos e, agora também, de uma viva memória de histórias passadas, que mais dão para desconversar, como se o mundo tivesse parado e se tornassem impossíveis passos mais certos e seguros da parte de seja quem for. Só os muros falsos do orgulho farisaico podem dividir as pessoas entre boas e más, como se as sementes do bem e do mal não estivessem em todos, à espera de terreno que as faça frutificar. Foi neste contexto que me caiu debaixo dos olhos uma palavra de luz do Papa Bento XVI: “ Temos necessidade de homens aos quais Deus abra o coração, de modo que a sua inteligência possa falar à inteligência dos outros e o seu coração possa abrir o coração dos outros. Só através de homens tocados por Deus, Deus pode voltar para junto dos homens.” Ninguém pode estranhar que a sua fé e o sentido da sua vida e missão ponha a solução no regresso a Deus, ou seja, no regresso à verdade e ao amor. De facto, só neste caminho a inteligência é capaz de comunicar mais facilmente com respeito e de modo construtivo, e o coração consegue abrir-se aos outros em atitude de igual para igual. As emoções dispensam a inteligência e sustentam interesses, favores e subserviências. Por isso a vida e a convivência diária está ficando cada vez mais banal, vazia e superficial. Cada vez é mais difícil a convivência alargada, porque aumentam os novos fundamentalistas. Ou voltamos a usar a inteligência que procura a verdade que existe em cada pessoa, em cada situação, em cada divergência e, então, o coração se abrirá à paz e à colaboração que leva a um maior bem para todos, ou o que é de todos se tornará feudo só de alguns, que põem a ideologia dos interesses pessoais acima do bem comum a que todos têm direito. A palavra da mensagem do Dia Mundial da Paz foi elucidativa: “ Da verdade, a paz ”. A esperança de caminhar na verdade e o compromisso de a procurar e de a defender a todos o níveis, são a garantia da verdadeira paz. Mas, para tudo isto é preciso que a inteligência funcione e o coração se abra. É preciso que todos sejam acolhidos e respeitados como pessoas e ninguém se constitua dono de ninguém, que risca quem não lhe interessa e abre a porta só a quem é do clube.

FESTA DE REIS::ANO NOVO

7 de Janeiro 2006, 14.30h Auditório da Reitoria / Cantinas SAS-UA >Com amigos Idosos da Região Aveirense, partilhar, em diálogo criativo de gerações o Ano Novo…
:: >Com a presença das seguintes instituições de Idosos:
:: AGUADA DE BAIXO, Paraíso Social; ALBERGARIA-A-VELHA, Santa Casa da Misericórdia; AVANCA Centro Paroquial; AVEIRO, Santa Casa da Misericórdia; CANELAS, Centro Social e Paroquial; COSTA DO VALADO, Centro de Formação e Cultura; EIROL, Centro Social e Paroquial; ESTARREJA, Santa Casa da Misericórdia; ÍLHAVO, Lar de São José; MURTOSA, Santa Casa da Misericórdia; OIÃ, Centro Social; OUCA, Centro Social e de Bem-Estar; PARDILHÓ, Lar Vida Nova; PARDILHÓ, Centro Paroquial; SÃO BERNARDO, Centro de Dia do Centro Paroquial; SALREU, Associação Humanitária; SEVER DO VOUGA, Santa Casa da Misericórdia; VAGOS Santa Casa da Misericórdia. :: Actuações: - DUO de Guitarras DeCA-UA Coral das Instituições - TUNA UNIVERSITÁRIA DE AVEIRO, da Associação Académica da Universidade de Aveiro :: Mais: Lanche de Confraternização e Cantar dos Reis, nas Cantinas dos SERVIÇOS DE ACÇÃO SOCIAL UA :: Projectos de Voluntariado Universitário Projecto III Voluntariado em Instituições Comunitárias / Lares de Idosos CUFC. AAUAv. apoio SAS-UA. Reitoria UA. :: Apoios: Serviços Técnicos UA, Segurança UA, CEMED, António VILÃO, …

Valores e atitudes para os Dias Mundiais

DIAS MUNDIAIS
1 de Janeiro é Dia Mundial da Paz. 11 de Fevereiro é Dia Mundial do Doente. 8 de Março é Dia Internacional da Mulher. 21 de Março é Dia Mundial da Árvore e da Floresta. 1 de Maio é Dia Internacional do Trabalhador. Estes são alguns dos “dias” mais conhecidos. Outros há que vão ganhando projecção, como o Dia Internacional para a Abolição da Pena de Morte (1 de Março), o do Teatro (26 de Março), da Terra (22 de Abril), da Liberdade de Imprensa (3 de Maio), das Famílias (15 de Maio), da Eliminação da Violência contras as Mulheres (25 de Novembro) ou da Luta Contra a SIDA (1 de Dezembro).
Os Dias Mundiais e/ou Internacionais permitem reflectir sobre questões importantes para a Humanidade. Daí que este conjunto de fichas sobre os Dias Mundiais se revele muito útil. Professores, animadores, ou simples curiosos encontram nesta obra informação sobre valores e atitudes de cada Dia Mundial e/ou Internacional.
Um senão: trata-se de uma tradução do espanhol. Em algumas fichas seria do mais elementar bom senso adaptar à cultura portuguesa. A propósito do dia 23 de Abril, Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, não faltariam textos de escritores portugueses para citar.
Dias Mundiais
Jesus Arranz, Ana Maria Gil, Gloria Pérez de Albéniz, Maria Del Mar Pérez
Edições Salesianas
138 páginas
:: Fonte: Correio do Vouga

quinta-feira, 5 de janeiro de 2006

NO CUFC, LAURINDA ALVES INDICOU IDEIAS PARA SER FELIZ

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Jorge Pires Ferreira, director-adjunto do Correio do Vouga,

que moderou o encontro, e Laurinda Alves

VERDADE, PROXIMIDADE E FIDELIDADE
SÃO FUNDAMENTAIS PARA
A CONSTRUÇÃO DA FELICIDADE
Laurinda Alves, directora da revista "XIS", que se publica aos sábados com o jornal "PÚBLICO", esteve ontem à noite no Centro Universitário Fé e Cultura, para falar e dialogar sobre ideias para ser feliz. Ao considerar a verdade, a proximidade e a fidelidade como fundamentais à construção da felicidade, Laurinda Alves sublinhou que esses valores têm de ser procurados no silêncio interior e no cultivo do optimismo crítico. Ainda considerou essencial uma postura realista da vida e uma gestão criteriosa do tempo, para fazermos bem o que nos dá gosto fazer. Salientou que no meio do pessimismo de que tanto se fala há muita gente que espalha o optimismo por todos os lados, enquanto lembrou que é sobre um certo equilíbrio conseguido que se constrói a felicidade. Referiu que é importante apostar na conciliação entre vida profissional, social e familiar, bem como na procura de espaços para nos encontrarmos connosco próprios, porque só depois poderemos ir ao encontro dos que nos cercam. A directora da "XIS" afirmou que, se não podemos evitar que entre em nós o que nos perturba, podemos, no entanto, controlar aquilo que sai de nós e possa perturbar os outros. Disse que é urgente que cada um invista nas qualidades que se opõem aos defeitos, como única forma de crescermos individual e colectivamente. Por outro lado, defendeu que são as minorias, religiosas ou simplesmente éticas, que fazem avançar o mundo. E acrescentou que não são as nossas qualidades que nos distinguem uns dos outros, mas as nossas escolhas, pela positiva.
F.M.

II CONGRESSO DA CNIS: 27 E 28 de JANEIRO

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Presidente Jorge Sampaio
Presidente da República a abrir,
Ministro da Solidariedade a fechar
O Presidente da República será o convidado de honra na cerimónia de abertura do Congresso da CNIS cabendo-lhe a função de abrir a Reunião Magna com um discurso sobre a Solidariedade Social.
Confirmada está também a presença do Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social a quem a CNIS convidou para protagonizar a cerimónia de encerramento do II Congresso, a realizar em Fátima, nos dias 27 e 28 de Janeiro.
Na ordem de trabalhos do Congresso que tem por lema "Mais Pessoa, Mais Comunidade" está inscrita a apresentação do tema "As IPSS e Oportunidades de Intervenção", seguindo-se a apresentação das candidaturas e dos programas aos orgãos sociais da CNIS.
No segundo dia o tema dominante é a "Economia Social e Políticas Sociais em Portugal (IPSS e as Grandes Opções do Plano 2005-2006)". Durante o sábado decorrerá o acto eleitoral com o respectivo apuramento de resultados; seguidamente serão apresentadas as conclusões do Congresso e por fim dar-se-á posse aos novos órgãos socias para o triénio 2005 -2008.

CNJP tem novos responsáveis

Nova Comissão Justiça e Paz promete intervenção nas questões centrais da sociedade portuguesa :: Manuela Silva, que preside à remodelada CNJP, perspectiva o próximo triénio
A nova Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP), que se reúne hoje pela primeira vez, promete estar atenta e intervir sobre as questões centrais da sociedade portuguesa e nos debates sobre os temas mais relevantes para a mesma.
Projectando o trabalho do próximo triénio (2006-2008), a presidente da CNJP, Manuela Silva, explica à Agência ECCLESIA que “é importante chamar a atenção para os problemas e dar, sobre eles, uma perspectiva cristã, aproveitando para criar uma consciência cristã mais aprofundada”.
Manuela Silva foi designada para este cargo em Novembro de 2005, na última assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa, mas já desempenhava funções de vice-presidente na anterior Comissão.
Nesse sentido, assegura que “há uma responsabilidade acrescida em dar continuidade ao trabalho já realizado”, através de acções várias.“Os nossos objectivos são claros e obedecem a uma fidelidade aos estatutos que definem esta Comissão como órgão eclesial que tem como finalidade reflectir sobre a Doutrina Social da Igreja, aprofundando-a e tentando aplicá-la às realidades em que estamos inseridos”, assinala.
O trabalho dos próximos anos procurará, assim, aprofundar a rede de parcerias que se começou a criar para “potenciar contributos positivos para as causas da justiça e da paz”, envolvendo organismos e movimentos eclesiais, bem como organizações não-governamentais.“É importante todo o trabalho que esta Comissão conseguir desenvolver em rede apoiando as Comissões diocesanas onde elas já existem, fomentando o seu aparecimento onde não existem – desde que os respectivos Bispos queiram aceitar esse desafio – e manifestando disponibilidade para participar em iniciativas de outras organizações”, indica Manuela Silva.
(Para ler mais, clique aqui)

quarta-feira, 4 de janeiro de 2006

TEATRO AVEIRENSE: ROMEU E JULIETA

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ROMEU E JULIETA,
UM CLÁSSICO UNIVERSAL
AO DISPOR DOS AVEIRENSES
O Teatro Aveirense vai oferecer ao público da região de Aveiro, e não só, um clássico universal de William Shakespeare, nos dias 13 e 14 de Janeiro, sexta-feira e sábado, pelas 21.30 horas, na Sala Principal. A partir da magia e do lirismo do texto de Shakespeare, escrito há mais de 400 anos e que se consagrou como a maior celebração do amor romântico de todos os tempos, construiu-se esta obra-prima de dimensão universal, que nos dá conta da dicotomia entre a angústia e o prazer, a agressão e a paixão, a vida e a morte…, e , acima de tudo, entre a “liberdade” dos pais em castrar a liberdade dos filhos de amar. Ficha artística: Encenação, John Retallack; Múscica original, João Gil; Interpretação, Albano Jerónimo, André Gago, Carla Chambel, Custódia Gallego, Diogo Infante, Gonçalo Waddington, João Lagarto, Marco d’Almeida, Pedro Caeiro, Rogério Vieira, Valerie Braddell e Vasco Abranches. Apoios: British Council e Fundação Calouste Gulbenkian. Bilhetes à venda nas bilheteiras do Teatro Aveirense.

UM POEMA DE JOSÉ RÉGIO

José  Régio

TOADA DE PORTALEGRE 

Em Portalegre, cidade 
Do Alto Alentejo, cercada 
De serras, ventos, penhascos, oliveiras e sobreiros, 
Morei numa casa velha, 
Velha, grande, tosca e bela, 
À qual quis como se fora 
Feita para eu morar nela... 
Cheia dos maus e bons cheiros 
Das casas que têm história, 
Cheia da ténue, mas viva, obsidiante memória 
De antigas gentes e traças, 
Cheia de sol nas vidraças 
E de escuro nos recantos, 
Cheia de medo e sossego, 
De silêncios e de espantos, 
– Quis-lhe bem como se fora 
Tão feita ao gosto de outrora 
Como ao do meu aconchego. 
Em Portalegre, cidade
Do Alto Alentejo, cercada 
De montes e de oliveiras 
Do vento soão queimada 
(Lá vem o vento soão!, 
Que enche o sono de pavores, 
Faz febre, esfarela os ossos, 
E atira aos desesperados 
A corda com que se enforcam 
Na trave de algum desvão...) 
Em Portalegre, dizia, 
Cidade onde então sofria 
Coisas que terei pudor 
De contar seja a quem for, 
Na tal casa tosca e bela 
À qual quis como se fora 
Feita para eu morar nela, 
Tinha, então,
 Por única diversão, 
Uma pequena varanda 
Diante de uma janela. 
Toda aberta ao sol que abrasa, 
Ao frio que tolhe, gela, 
E ao vento que anda, desanda, 
E sarabanda, e ciranda 
De redor da minha casa, 
Em Portalegre, cidade 
Do Alto Alentejo, cercada 
De serras, ventos, penhascos e sobreiros, 
Era uma bela varanda, 
Naquela bela janela! 
Serras deitadas nas nuvens, 
Vagas e azuis da distância, 
Azuis, cinzentas, lilases, 
Já roxas quando mais perto, 
Campos verdes e amarelos, 
Salpicados de oliveiras, 
E que o frio, ao vir, despia, 
Rasava, unia 
Num mesmo ar de deserto 
Ou de longínquas geleiras, 
Céus que lá em cima, estrelados, 
Boiando em lua, ou fechados 
Nos seus turbilhões de trevas, 
Pareciam engolir-me 
Quando, fitando-os suspenso 
Daquele silêncio imenso, 
Eu sentia o chão a fugir-me, 
– Se abriam diante dela 
Daquela 
Bela 
Varanda 
Daquela 
Minha 
Janela, 


Em Portalegre, cidade 
Do Alto Alentejo, cercada 
De serras, ventos, penhascos, oliveiras e sobreiros, 
Na casa em que morei, velha, 
Cheia dos maus e bons cheiros 
Das casas que têm história, 
Cheia da ténue, mas viva, obsidiante memória 
De antigas gentes e traças, 
Cheia de sol nas vidraças 
E de escuro nos recantos, 
Cheia de medo e sossego, 
De silêncios e de espantos, 
À qual quis como se fora 
Tão feita ao gosto de outrora 
Como ao do meu aconchego... 
Ora agora, 
Que havia o vento soão 
Que enche o sono de pavores, 
Faz febre, esfarela os ossos, 
Dói nos peitos sufocados, 
E atira aos desesperados 
A corda com que se enforcam 
Na trave de algum desvão, 
Que havia o vento soão 
De se lembrar de fazer? 
Em Portalegre, dizia, 
Cidade onde então sofria 
Coisas que terei pudor 
De contar seja a quem for, 
Que havia o vento soão 
De fazer, 
Senão trazer 
Àquela 
Minha 
Varanda 
Daquela 
Minha 
Janela, 


O testemunho maior 
De que Deus 
É protector 
Dos seus 
Que mais faz sofrer? 
Lá num craveiro, que eu tinha, 
Onde uma cepa cansada 
Mal dava cravos sem vida, 
Poisou qualquer sementinha 
Que o vento que anda, desanda, 
E sarabanda, e ciranda, 
Achara no ar perdida, 
Errando entre terra e céus..., 
E, louvado seja Deus!, 
Eis que uma folha miudinha 
Rompeu, cresceu, recortada, 
Furando a cepa cansada 
Que dava cravos sem vida 
Naquela 
Bela 
Varanda 
Daquela 
Minha
Janela


Da tal casa tosca e bela 
À qual quis como se fora 
Feita para eu morar nela... 
Como é que o vento soão 
Que enche o sono de pavores, 
Faz febre, esfarela os ossos, 
Dói nos peitos sufocados, 
E atira aos desesperados 
A corda com que se enforcam 
Na trave de algum desvão, 
Me trouxe a mim que, dizia,
 Em Portalegre sofria 
Coisas que terei pudor
 De contar seja a quem for, 
Me trouxe a mim essa esmola, 
Esse pedido de paz 
Dum Deus que fere ... e consola 
Com o próprio mal que faz? 
Coisas que terei pudor 
De contar seja a quem for 
Me davam então tal vida 
Em Portalegre; cidade 
Do Alto Alentejo, cercada 
De serras, ventos, penhascos, oliveiras e sobreiros, 
Me davam então tal vida
 – Não vivida!, mas morrida 
No tédio e no desespero, 
No espanto e na solidão, 
Que a corda dos derradeiros 
Desejos dos desgraçados 
Por noites do tal soão 
Já várias vezes tentara 
Meus dedos verdes suados... 
Senão quando o amor de Deus 
Ao vento que anda, desanda, 
E sarabanda, e ciranda, 
Confia uma sementinha 
Perdida entre terra e céus, 
E o vento a traz à varanda ~
Daquela 
Minha 
Janela


Da tal casa tosca e bela 
À qual quis como se fora 
Feita para eu morar nela! 
Lá no craveiro que eu tinha, 
Onde uma cepa cansada 
Mal dava cravos sem vida, 
Nasceu essa acaciazinha 
Que depois foi transplantada 
E cresceu; dom do meu Deus!, 
Aos pés lá da estranha casa 
Do largo do cemitério, 
Frente aos ciprestes que em frente 
Mostram os céus, 
Como dedos apontados 
De gigantes enterrados...
 Quem desespera dos homens, 
Se a alma lhe não secou, 
A tudo transfere a esperança 
Que a humanidade frustrou:
 E é capaz de amar as plantas,
 De esperar nos animais, 
De humanizar coisas brutas, 
E ter criancices tais, 
Tais e tantas!, 
Que será bom ter pudor 
De as contar seja a quem for! 
O amor, a amizade, e quantos 
Sonhos de cristal sonhara, 
Bens deste mundo, que o mundo 
Me levara, 
De tal maneira me tinham, 
Ao fugir-me, 
Deixando só, nulo, atónito, 
A mim que tanto esperava 
Ser fiel, 
E forte, 
E firme, 
Que não era mais que morte 
A vida que então vivia, 
Auto-cadáver... 
E era então que sucedia 
Que em Portalegre, cidade
 Do Alto Alentejo, cercada 
De serras, ventos, penhascos, oliveiras e sobreiros, 
Aos pés lá da casa velha 
Cheia dos maus e bons cheiros 
Das casas que têm história, 
Cheia da ténue, mas viva, obsidiante memória 
De antigas gentes e traças, 
Cheia de sol nas vidraças 
E de escuro nos recantos, 
Cheia de medo e sossego, 
De silêncios e de espantos, – A minha acácia crescia. 
Vento soão!, obrigado 
Pela doce companhia 
Que em teu hálito empestado, 
Sem eu sonhar, me chegava!
 E a cada raminho novo 
Que a tenra acácia deitava, 
Será loucura!..., mas era 
Uma alegria 
Na longa e negra apatia 
Daquela miséria extrema Em que vivia, 
E vivera, 
Como se fizera um poema, 
Ou se um filho me nascera.

In "FADO"

"Outras Culturas, a Mesma Cidadania"

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Em Fátima, VI Encontro
de
Apoio Social ao Imigrante
Nos próximos dias 13, 14 e 15 de Janeiro realizar-se-á, em Fátima, Casa do Carmo, o VI Encontro de Apoio Social ao Imigrante, subordinado ao tema “Outras Culturas, a Mesma Cidadania”.
Com organização da Obra Católica Portuguesa de Migrações (OCPM), Caritas Portuguesa (CP) e Agência Ecclesia (AE), este encontro pretende aprofundar a relação entre Educação e Identidade Cultural; favorecer na Igreja a educação para a Interculturalidade e Formação contínua dos agentes sócio-pastorais das migrações.
“Educar para a Interculturalidade” por Roberto Carneiro, Coordenador do Observatório da Imigração do ACIME; “Acesso à Educação e à Cultura: um direito adquirido?” por Célia Marques Pinho, investigadora em relações interculturais; “Os media na educação intercultural” pelo jornalista Ricardo Dias Felner; “Escola como lugar de Interculturalidade” pelo Pe. Miguel Ponces de Carvalho; “Educação para o dialogo inter-religioso” por Ramon Sarró, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e “Cidadania, Entretenimento e Desporto” por Henrique Pinto, da Associação CAIS, serão alguns temas a debater neste encontro.Com este evento nacional “queremos celebrar o 92º Dia Mundial do Migrante e Refugiado (“Migrações: sinal dos tempos”) que a Igreja, pela primeira vez, vai assinalar com uma única data para as Conferencias Episcopais de todo o mundo, sob a indicação do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes (CPPMI)” – referem os promotores.
(Para conhecer o programa, clique aqui)

terça-feira, 3 de janeiro de 2006

NO CUFC, na quarta-feira, dia 4 de Janeiro

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Laurinda Alves
Laurinda Alves em Aveiro
com cinco ideias para ser feliz
A jornalista Laurinda Alves vai estar no CUFC (Centro Universitário Fé e Cultura), em Aveiro, em mais uma sessão do “Fórum::Universal”, um espaço mensal de debate e encontro de ideias com figuras de relevo. O encontro está marcado para o dia 4 de Janeiro de 2006, quarta-feira, às 21 horas, e tem entrada livre. Laurinda Alves, que vai estar no CUFC pela segunda vez, é directora da revista “XIS", onde apresenta sempre propostas para pensar. "XIS" é uma revista que sai com o jornal "Público", ao sábado, apostando num jornalismo pela positiva, que dá gosto ler semana a semana. No CUFC, a jornalista vai partilhar os seus projectos sobre “escrever pela vida... o gosto de existir”, esperando-se que ofereça, ainda, aos que comparecerem, cinco ideias para ser feliz.

OBRAS E BUGAS DE AVEIRO CANDIDATAS AO PRÉMIO TURISMO

Posted by Picasa Praça Marquês de Pombal
Segundo informou a Rádio Terra Nova, a Câmara Municipal de Aveiro formalizou a sua candidatura ao Prémio Turismo – Valorização do Espaço Público. Trata-se de um galardão atribuído pelo Instituto de Turismo de Portugal, que distingue Obras e Serviços. As Obras candidatas ao referido Prémio são a recuperação da calçada na Praça Marquês de Pombal e a requalificação do espaço paralelo ao Canal de S. Roque. Na área dos Serviços foi apresentada a candidatura das Bugas, as célebres bicicletas que podem ser utilizadas, gratuita e livremente, por quem desejar passear ou movimentar-se pela cidade.

ENDIVIDAMENTO FAMILIAR

ALERTA DE ESTUDO DA UE Perigos do endividamento familiar
Um estudo da Comissão Europeia (CE), intitulado «O comportamento das famílias numa união monetária: o que podemos aprender do caso português?», alerta para os perigos do endividamento familiar no crescimento da economia nacional. O relatório mostra que os lares portugueses têm um dos níveis de endividamento mais elevados da Zona Euro e não escapam aos efeitos da subida dos juros já iniciada este ano e que se prolongará por 2006.
Como avança a Rádio Renascença, o documento da Comissão Europeia aponta para que a economia nacional sofra com as dívidas, sobretudo dos particulares, sendo que, com a crise estrutural em que o país se encontra, Portugal está particularmente vulnerável.
As famílias nacionais estão assim mais expostas à subida das taxas, sendo que o relatório refere mesmo que será difícil evitar uma subida com os custos com os créditos bancários, o que prejudica o rendimento disponível dos particulares e logo o seu nível de consumo.

MILÃO: ENCONTRO EUROPEU DE TAIZÉ

Posted by Picasa Jovens em Milão
Alargar os corações
Encontro Europeu de Jovens em Milão - balanço e perspectivas
50 mil jovens juntaram-se em Milão, de 27 de Dezembro a 1 de Janeiro, para mais uma aventura vivida sob o signo Taizé. O novo prior da comunidade, o irmão Aloïs, assumiu pela primeira vez a orientação de um Encontro Europeu de Jovens, apresentando a todos os participantes uma série de intervenções sobre temas chave da reflexão promovida, há décadas, por esta comunidade ecuménica.As suas meditações na oração que encerrava os dias do encontro mostraram que a morte de Frère Roger não irá alterar a vontade dos monges de Taizé em testemunharem o seu compromisso em favor da unidade dos cristãos, da paz e da reconciliação, procurando contagiar os jovens com o testemunho de uma vida simples, na oração.“Cada um pode estar mais atento a aliviar as penas e os tormentos dos que estão mais próximos.
Pela abertura do nosso coração, ao tornar mais feliz uma só pessoa que precise, tornamos o mundo mais humano”, disse no último encontro com os jovens, retomando uma marca central nas intervenções que o irmão Roger costumava fazer: a valorização da simplicidade e da humildade.
A Carta do irmão Roger para este Encontro, que ficou por acabar, dominou as atenções. Não há a intenção de continuar o texto, mas fica o desafio do novo prior: “É agora, através da nossa vida, que todos nós gostaríamos de a completar. Será através da nossa vida que iremos procurar formas de responder a este chamamento do irmão Roger para «criarmos na família humana possibilidades para alargar…»”.“A morte violenta do irmão Roger foi uma grande prova para a nossa comunidade. Esta morte trágica continua para nós um mistério.
Ao longo da sua vida, o irmão Roger colocou frequentemente a questão: porquê o sofrimento dos inocentes? E eis que ele mesmo se juntou ao número daqueles cuja morte permanece sem explicação”, reconheceu o irmão Aloïs.
(Para ler mais, clique ECCLESIA)

Um artigo de António Rego

O regresso
Para muitos, o Natal também é a visita breve ao planeta da infância, da pequena terra, da casa à medida da primeira história pessoal e familiar. Esse retorno é muito mais que mítico ou fantástico. É uma viagem real ao que fomos e somos. Noutra dimensão, espaço e convivência. Trata-se duma verdadeira fuga ao quotidiano, à rotina, ao pão ganho com o suor do rosto, aos cálculos minuciosos na gestão dos dias e das horas, do que se tem e do que falta. É uma verdadeira viagem ao paraíso perdido por razões aparentemente óbvias mas realmente inexplicáveis.
E, todavia, para os sempre urbanos que “não têm terra para visitar no Natal” há uma nostalgia íntima que se não sabe explicitar mas que tem a ver com outro espaço, único porventura, que todo o ser humano precisa para se situar, referir, explicar, personalizar sob o signo do afecto pela terra, pelos sabores, horizontes, pela aproximações familiares aos objectos e recantos por onde a imaginação nunca deixou de vaguear. A peregrinação da vida tem a ver com o nosso passado e com o nosso futuro. Nunca teremos suficientemente clarificada a infinitude de razões que nos situam onde estamos e encorajam na viagem para onde queremos ir. Ficou-nos no coração a magia desta semente na caminhada para o infinito mais ou menos definido. Vamos passando por pequenas fontes, sempre convictos de que a sede voltará outra vez, até que um dia sejamos definitivamente saciados. A plenitude como desiderato é sempre um propulsor de recriação e conversão dos nossos pequenos e grandes passos.
Tudo isto a quê? À necessidade de ampliarmos as nossas experiências estreitas e breves para um Além que nos atrai irresistivelmente. O mistério do Natal ora vivido veio, com especial vitalidade de símbolos e vivências aparentemente insignificantes, projectar-nos numa área do infinito de Deus revelado na insignificância exterior do Seu Filho num presépio. Muitos dos nossos passos foram errantes e sequiosos duma Estrela como a que guiou os Magos até ao local onde Jesus nasceu. Regressamos ao quotidiano com a convicção interior de que há horizontes e experiências para além do colete de forças a que frequentemente nos sujeitamos.

Um artigo de Francisco Perestrello, na Ecclesia

O Cinema no Natal
Chegado o Natal é tempo de estreias relacionadas com a época. Como escasseia o Cinema europeu e o do Sul da Europa, é um contributo para o esquecimento das nossas tradições e comemorações do verdadeiro Natal, para nos rendermos à neve, ao pinheiro e ao Pai Natal, figura simpática de origem nórdica com uma certa inspiração em São Nicolau.
Vimos este ano «Um Milagre de Natal» e «Matança de Natal», este último uma comédia inócua de espírito bem pouco natalício mas relacionando-se sem dúvida com a época.
Mas importante, mais pelo tema que pelo tratamento cinematográfico, temos «Feliz Natal», uma co-produção europeia sobre um acontecimento da I Guerra Mundial. Partindo de uma situação real, mas com componentes fictícias, o filme tem um objectivo de denúncia da guerra, em si mesmo absurda. Tropas que se confrontam, se matam mutuamente, pertencendo, afinal, ao mesmo género humano.
Facto abafado pelas autoridades militares até ao limite que lhes foi possível, o Natal de 1914 foi marcado por tréguas em algumas zonas da frente. E o caso narrado, bem especial, centra-se na situação criada por uma simples canção tradicional mundialmente conhecida. Cessados os tiros ouviu-se o “Stille Nacht” na voz de um tenor da Ópera de Berlim. Escoceses e franceses, bem como os alemães, abandonaram os postos de combate e confraternizaram na terra de ninguém. Tal permitiu, na manhã seguinte, que se enterrassem os mortos e se disputasse depois uma amigável partida de futebol...
Mas a guerra tinha de continuar.
Os mesmos homens voltaram a matar-se mutuamente e foram vítimas de sanções disciplinares. O Natal venceu por pouco tempo, mas mostrou bem que na alma dos combatentes ainda restavam sentimentos mais fortes que o ódio ao inimigo.
Christian Carion adaptou os factos ao argumento cinematográfico e realizou o filme. Deu a conhecer ao mundo um facto que até à data tinha tido uma divulgação relativamente restrita.

domingo, 1 de janeiro de 2006

MENSAGEM DE ANO NOVO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Posted by Picasa Jorge Sampaio apela à participação nas próximas presidenciais
O Presidente da República, Jorge Sampaio, apelou hoje à participação dos portugueses nas eleições presidenciais do próximo dia 22, afirmando que o escrutínio será marcado por um forte consenso nacional sobre o papel do chefe de Estado. As palavras de Jorge Sampaio foram proferidas na sua última mensagem de Ano Novo enquanto Presidente da República, durante a qual considerou que 2005 ficou marcado por "dificuldades internas e externas" e "foi o pior ano da crise europeia".
"A próxima eleição presidencial vai ter lugar num quadro de estabilidade constitucional, marcado por um forte consenso nacional sobre o estatuto institucional do Presidente da República e sobre a função presidencial", declarou.
"Apelo aos portugueses a que participem nesta escolha tão importante para o nosso futuro", acrescentou o chefe de Estado que termina o mandato de dez anos (1996-2006) em Belém no dia 9 de Março.
Sublinhando a crise em que o país se encontra, Sampaio manifestou-se preocupado com os "muitos portugueses que enfrentam grandes dificuldades no seu emprego e na sua vida" e sublinhou a "urgência" de Portugal realizar "reformas políticas, económicas e orçamentais".
O Presidente defendeu que, ao dar maioria absoluta ao PS, os portugueses fortaleceram as condições de estabilidade "indispensáveis" para efectivar essas reformas, para as quais disse ter alertado os governos socialistas e PSD/CDS-PP.
"Todos eles puderam contar com a solidariedade institucional do Presidente da República e com o meu empenho constante em revelar toda a extensão dos problemas, de modo a poder mobilizar a vontade nacional para os resolver", adiantou.
(Para ler mais, clique PÚBLICO)

PATRIARCA DE LISBOA CONTRA INVESTIGAÇÃO DE EMBRIÕES

Posted by Picasa Cardeal Patriarca de Lisboa D. José Policarpo contra investigação em embriões excedentários
O cardeal patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, manifestou-se hoje, durante uma homilia em Lisboa, contra a investigação em embriões excedentários a propósito da preparação da legislação portuguesa sobre fecundação assistida. Para D. José Policarpo, a actual preparação da legislação que regule a procriação medicamente assistida em Portugal é "um exemplo preocupante" e "nem todas as descobertas da ciência, aplicadas sem o rigor ético de defesa da dignidade da pessoa humana, são factores de paz".
Quatro projectos de lei sobre a procriação medicamente assistida foram aprovados em Outubro na Assembleia da República e encontram-se em discussão na especialidade. Apesar de se praticar desde 1986, a procriação medicamente assistida nunca foi regulamentada em Portugal.
O cardeal patriarca de Lisboa defendeu que "a dignidade da procriação humana, ligada à família e ao amor, os direitos inalienáveis do nascituro, entre os quais sobressai o direito de ter uma família, com um pai e uma mãe, sobrepõe-se, do ponto de vista moral, ao entusiasmo de aplicar, ao sabor dos critérios individuais, todas as possibilidades que a ciência abriu".
Falando na Basílica doa Mártires, a propósito do Dia da Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus e do Dia Mundial da Paz, D. José Policarpo considerou que o processo técnico-científico devia evitar a existência de embriões excedentários (resultantes de tratamentos contra a infertilidade e que não foram implantados no útero).
Em nome da "dignidade do embrião humano", o cardeal patriarca manifestou-se contra "qualquer investigação, por mais promissora que seja".

Uma reflexão do padre João Gonçalves, pároco da Glória

Posted by Picasa Padre João Gonçalves
Guardar no coração Há por aí muitos cofres, onde se guardam as mais variadas coisas; há cofres para o ouro, para os documentos, para as recordações, para a história; há também coisas que vale a pena guardar e preservar, outras não. Mas há coisas que se guardam na memória e no coração.
Diz-se de Maria que Ela ia fixando e guardando no coração o que se dizia de Seu Filho, acabado de nascer. E tinha razões para isso. O que se diz de Jesus Cristo e, particularmente, o que Ele nos diz, é para ser guardado no mais íntimo de nós, de modo a mobilizar também o que há de mais profundo em nós: o coração e a consciência.
Cada Homem devia ser detentor de grandes valores: os da Paz, os da Caridade, os do Respeito, os da Partilha, os da Justiça, e tantos outros, de modo a poder ser sempre fonte de Bem; para si e para os outros; para os próximos e para os de longe.Maria deu-nos o maior Bem, porque se assumiu, livremente, como escrava, serva, disponível; e ensina, como Mãe, como se é Feliz e como se fazem Felizes os outros.
Aceitar a Vontade de Deus é aceitar viver e lutar por valores incontestáveis, a que o amor sempre conduz.
In "Diálogo", 1055 - DIA 1 de Janeiro - SANTA MARIA MÃE DE DEUS

Os médicos que vieram do frio

A maioria dos médicos vem da Ucrânia ou da Moldávia, mas há também imigrantes dos PALOP.
A média de idades ronda os 30 anos
A ideia partiu de uma dúvida. "Por que razão há em Portugal tantos imigrantes qualificados a fazer trabalho não qualificado?" A resposta chegou de uma certeza. "A maioria não tem dinheiro para pagar o reconhecimento da licenciatura." É desta forma simples que Luísa Vale, da Fundação Gulbenkian, explica como a instituição pôs mãos à obra e deu início a uma acção pioneira em Portugal ajudar médicos e enfermeiros a exercer a profissão no País.
O projecto começou em 2002. Três anos, 120 médicos e 59 enfermeiros depois, está para continuar, depois de ter permitido reforçar unidades de saúde de todo o País com mais de uma centena de clínicos. "Nunca pensámos ter uma taxa de sucesso tão elevada, esperávamos valores entre os 40 e os 50%.
Mas 105 dos 120 médicos já conseguiram a equivalência, o que representa 87%", explica Rosário Farmhouse, directora do Serviço Jesuíta aos Refugiados, a organização não governamental que fez a selecção dos candidatos.
(Para ler todo o texto, clique DN)

MILÃO: ENCONTRO EUROPEU DE TAIZÉ

50 mil passaram ano em oração no Encontro Europeu de Jovens
Como em todos os anos, os jovens participantes no Encontro Europeu de Taizé e as paróquias que os acolheram, em Milão, são convidados a entrar em 2006 de uma forma original. Em cada uma das paróquias de acolhimento terá lugar uma Vigília de Oração pela Paz, em comunhão com os povos que sofrem.Em fins de 2006, o Encontro Europeu de Jovens organizado pela Comunidade ecuménica de Taizé terá lugar em Zagreb, a capital da Croácia.
A notícia foi dada em Milão, local do Encontro de 2005, pelo Irmão Alois a cerca de 50 mil jovens, dos quais oitocentos são portugueses. O sucessor do Irmão Roger, fundador daquela comunidade religiosa em França, também anunciou a realização de um Encontro de Taizé na Índia, entre 5 e 9 de Outubro de 2006. “Os encontros europeus continuarão todos os anos.
O próximo terá lugar daqui a um ano, entre os dias 28 de Dezembro de 2006 e 1 de Janeiro de 2007, na Europa central. Ficaremos felizes por Zagreb acolhe em fins de 2006 o Encontro Europeu de Jovens sermos acolhidos na capital da Croácia, em Zagreb”, disse quarta-feira à noite o Irmão Alois. “Nestes últimos anos, jovens de diversos continentes vieram cada vez em maior número a Taizé. Também eles nos pedem para alargarmos a nossa peregrinação”, acrescentou.
O alargamento dos Encontros de Taizé a outros continentes é o resultado do “caminho que o Irmão Roger abriu”. “Para nos escutarmos uns aos outros e para apoiar uma esperança — anunciou o Irmão Alois —, teremos no próximo ano um encontro na Índia, entre 5 e 9 de Outubro de 2006. Reunirá jovens de toda a Índia, e também de outros países asiáticos e mesmo europeus.
Ele terá lugar em Calcutá”. As novidades não ficaram por aqui. “Nos anos seguintes – adiantou o líder da Comunidade de Taizé –, prepararemos encontros de jovens na América Latina, e depois na África. Para estes encontros – acrescentou –, apoiar-nos-emos uns aos outros. Eles serão um sinal muito humilde desta comunhão única que é a Igreja”.
Fonte: Ecclesia

Na verdade, a paz – esperança e compromisso

Manuela Silva, Presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz, sublinha que "a ausência de paz é uma infelicidade
O Papa Bento XVI acaba de dar a conhecer a sua Mensagem para a celebração do próximo Dia Mundial da Paz de 2006, dando assim continuidade à tradição dos seus predecessores Paulo VI e João Paulo II.A mensagem é apresentada com o título sugestivo: “Na Verdade, a Paz”.
A escolha do tema de reflexão proposto assenta numa convicção profunda que o Papa exprime nestes termos: “sempre que o homem se deixa iluminar pelo esplendor da verdade, empreende quase naturalmente o caminho da paz” .
Desejar, procurar e praticar a verdade, na nossa vida pessoal como nas nossas relações sociais ou nas múltiplas instituições cívicas e políticas com que se tece a vida colectiva nas nossas sociedades, é, assim, um primeiro desafio incontornável para quantos se dizem amantes da paz.E todos desejamos a paz, porque esse bem supremo está de algum modo inscrito no mais profundo do nosso ser; é seu elemento constitutivo. Se derivas existem – e tragicamente as conhecemos – sentimo-lo como mal, como ruptura de humanidade. A ausência de paz é uma infelicidade.
(Para ler toda a reflexão, clique aqui)

GOTAS DO ARCO-ÍRIS

Posted by Picasa QUAIS SÃO AS CORES DO ARCO-ÍRIS? Caríssimo:
A vida é um permanente desafio. Todos de acordo?
Bem, se assim é, e porque aqui estamos, vamos partir para uma conversa que, saindo da mesma vida, terá tanto de deslumbramento como de realismo…
Muitos de nós lemos um texto clássico do menino pobre que, vendo no céu um arco-íris com todo o seu esplendor, foi buscar a sua caixa de tintas e resolveu enchê-la com as cores que via no céu e tocavam na terra mesmo ali à frente. Correu, correu… Já conheceis o final da história… Pobre rapaz!
Mas que encerra magia…
A invernia tinha-se instalado e as garroas apanhavam os mais desprevenidos. É normal surgir um arco-íris… Mas que é isto: bem definidos projectam-se na esfera celeste quatro magníficos arcos coloridos, cada um no seu ponto cardeal!… O fascínio é total olhando para as águas da Ria!
O ar é de magia!…
… e todo o encanto do renascer…
O sorriso da Maria Inês, bem recortado, atravessa o arco-íris, de ponta a ponta. Bem no alto da curvatura, o Daniel deixa cair o seu xixi que se desdobra nas sete cores. A Francisca as recolhe e lança no espaço com a sua sonora gargalhada. Cá em baixo, o Manuel chuta a bola que ao pinar na base do arco faz com que ele se agite e bamboleie. Então a Sara mergulha e espreme as cores que ondeiam como se tocadas pela brisa. A Beatriz, que ensaiava o seu passo de dança e lançava os braços para longe do corpo, quase caía com tal agitação. Vem em seu auxílio a Mariana pedalando calmamente a sua bicicleta com as rodas na borda vermelha que se abaula pois o Tomás repuxa as costuras que unem as diversas cores…
O mundo é de fantasia… Também o André, a Margarida, a Íris, o Raphael, a Cassandra, o Ivan e tantos, tantos outros e outras aí têm o seu cantinho de guarida e de encantamento…
Saibamos nós recolher uma ou outra gota deste arco assombroso e que, pressentindo a nossa varinha de condão, se esfuma e nos deixa nos olhos a sede das cores…
Bom ano Manuel :: NB: Manuel é Manuel Olívio da Rocha, o novo colaborador dos domingos.

MENSAGEM DO PAPA PARA O DIA MUNDIAL DA PAZ

Posted by Picasa Papa Bento XVI «Na Verdade, a Paz»
1. Com a tradicional Mensagem para o Dia Mundial da Paz, ao início do ano novo, desejo fazer chegar afectuosos votos a todos os homens e mulheres da terra, e de modo particular a quantos sofrem por causa da violência e dos conflitos armados. São votos repletos de esperança por um mundo mais sereno, onde cresça o número daqueles que, individual ou comunitariamente, se empenham a percorrer os caminhos da justiça e da paz.
2. Desde já gostaria de prestar um sincero tributo de gratidão a meus predecessores, os grandes Pontífices Paulo VI e João Paulo II, clarividentes obreiros da paz. Animados pelo espírito das Bem-aventuranças, souberam ler, nos numerosos acontecimentos históricos que marcaram os respectivos pontificados, a intervenção providencial de Deus que jamais Se esquece da sorte do género humano. Repetidas vezes, como infatigáveis mensageiros do Evangelho, convidaram toda a pessoa a recomeçar de Deus para se conseguir promover uma convivência pacífica em todas as regiões da terra. É na esteira deste nobilíssimo ensinamento que se coloca a minha primeira Mensagem para o Dia Mundial da Paz: através dela, desejo uma vez mais reiterar a firme vontade da Santa Sé de continuar a servir a causa da paz. O próprio nome — Bento — que escolhi no dia da eleição para a Cátedra de Pedro, pretende indicar o meu convicto empenho a favor da paz. De facto, com ele quis fazer alusão seja ao Santo Patrono da Europa, inspirador de uma civilização pacificadora no Continente inteiro, seja ao Papa Bento XV, que condenou a I Guerra Mundial como um « inútil massacre » [1] empenhando-se para que fossem reconhecidas por todos as razões superiores da paz.
(Para ler toda a Mensagem, clique aqui)