segunda-feira, 7 de agosto de 2006

O mundo não aprendeu a lição

De piloto de combate
na II Guerra Mundial
a padre Carmelita
61 anos depois dos bombardeamentos atómicos de Hiroshima e Nagasaki, O Pe. Peter Hinde lamenta que “o mundo não tenha aprendido a lição” sobre as verdadeiras consequências da guerra.
A história deste Carmelita é muito particular: durante a II Guerra Mundial, serviu a Força Aérea dos EUA como piloto de combate em Okinawa e voou em três missões sobre o Japão. Numa delas passou sobre Nagasaki, apenas três dias após o bombardeamento, e testemunhou a destruição que tinha sido provocada.Logo após o final da Guerra tornou-se religioso Carmelita e foi ordenado em 1952, destacando-se pelo seu trabalho na América Latina.
De passagem por Portugal, onde participa na Conferência carmelita sobre “Justiça e Paz num mundo globalizado”, o Pe. Hinde explica à Agência ECCLESIA que a crise no Médio Oriente “é “alarmante”. “Que poderá haver de mais trágico do que ver Jerusalém – a cidade da paz – no meio desta situação horrenda que dura há anos?”, pergunta.
A presença dos EUA no Iraque é fortemente criticada por este antigo combatente: “atacámos outro país e destruímos grandes cidades, afectando boa parte da população”. Apesar deste cenário, os media norte-americanos preferem “centrar-se na tecnologia dos instrumentos de guerra e não nos danos humanos que são provocados”.
A “alienação” da população, em especial da juventude, é justificado pelo que o Pe. Peter Hinde classifica como “pornografia militar”, tentando seduzir as pessoas com os instrumentos de guerra.
Este Carmelita gostaria que a comunicação social desse mais destaque a “movimentos de paz” que surgem no interior dos próprios exércitos, com militares a recusarem qualquer envolvimento em conflitos que consideram injustos. “Só nos EUA há 8 mil objectores de consciências que se recusam a partir para o Iraque e estão a ser punidos por isso”, relata.
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Fonte: Ecclesia

domingo, 6 de agosto de 2006

Um poema de Alexandre O' Neill

Amigo Mal nos conhecemos Inaugurámos a palavra «amigo». «Amigo» é um sorriso De boca em boca, Um olhar bem limpo, Uma casa, mesmo modesta, que se oferece, Um coração pronto a pulsar Na nossa mão! «Amigo» (recordam-se, vocês aí, Escrupulosos detritos?) «Amigo» é o contrário de inimigo! «Amigo» é o erro corrigido, Não o erro perseguido, explorado, É a verdade partilhada, praticada. «Amigo» é a solidão derrotada! «Amigo» é uma grande tarefa, Um trabalho sem fim, Um espaço útil, um tempo fértil, «Amigo» vai ser, é já uma grande festa! ::
in “No Reino da Dinamarca”

Imagens da Ria

O MAR É SEMPRE ATRACÇÃO

Quer queiramos quer não, o mar é sempre atracção. Mesmo os que não gostam de molhar os pés sabem apreciar a frescura que ele, no Verão, nos oferece. Para além disso, que já não é pouco, o mar proporciona-nos paisagens a perder de vista. Hoje, dia dos mais quentes do ano, vale bem a pena procurar o sabor do mar de mistura com retratos que as nossas retinas fixam para sempre.

Um artigo de Anselmo Borges, no DN

Deus
e fuga do mundo
Os cristãos professam que Deus criou todas as coisas, as visíveis e as invisíveis - este é mesmo o primeiro artigo do Credo. Também dizem acreditar que Deus se fez homem em Jesus Cristo. De tal modo assumiu a humanidade em toda a sua realidade que os fariseus, os escribas e os sacerdotes se escandalizavam, acusando-o de "comer com publicanos e pecadores" e chamando-lhe "glutão e bebedor".
Os cristãos dizem também que no núcleo da sua fé está a ressurreição dos mortos, significando com isso que esperam a salvação da pessoa toda e não a salvação da alma. Essa salvação inclui toda a realidade mundana - esperam "novos céus e nova terra".
Segundo a fé cristã, a salvação não se encontra fora do mundo, mas no mundo - "fora do mundo não há salvação", fórmula do grande teólogo E. Schillebeeckx, que deve substituir a antiga: "Fora da Igreja não há salvação."
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Leia mais no DN

sábado, 5 de agosto de 2006

Do Livro da Sabedoria

Eu supliquei
e a inteligência
me foi dada Eu supliquei e a inteligência me foi dada, invoquei e o Espírito de Sabedoria veio a mim. Eu a preferi a ceptros e tronos, comparando-a considerei a riqueza como nada. Não a equiparei à pedra mais preciosa, pois todo o ouro, a seu lado, é areia apenas e a prata vale tanto como o barro. Amei-a mais que à saúde e à beleza e quis tê-la como luz, pois seu brilho não conhece ocaso. Com ela me vieram por acréscimo todos os bens, em suas mãos havia riquezas incalculáveis. De todas gozei, pois é a Sabedoria quem as traz, eu ainda não sabia, mas ela é a mãe de tudo. Sem maldade aprendi, distribuo sem inveja sua riqueza não escondo: é um tesouro inesgotável para os homens, quem a adquire atrai a amizade de Deus, pois o Dom da instrução os recomenda. : In “Rosa do Mundo”, com tradução de José Tolentino Mendonça

Igreja das Carmelitas sem turistas

Igreja das Carmelitas encerrada ao público
As visitas à Igreja das Carmelitas, na Praça Marquês de Pombal, continuam a não ser possíveis até ser celebrado um protocolo entre a Câmara de Aveiro, Paróquia da Glória, Museu de Aveiro e Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR).O vereador dos Assuntos Culturais, Miguel Capão Filipe, fez saber ao Diário de Aveiro que a Câmara aprovou recentemente o protocolo em reunião. Aguarda neste momento que os restantes parceiros façam o mesmo para todos se sentarem à mesa e rubricarem o documento.
O protocolo incumbe a Câmara de Aveiro de apoiar a paróquia da Glória, nomeadamente ao nível dos recursos humanos necessários à vigilância, e na promoção de acções culturais no edifício. À paróquia caberá a gestão da igreja, vigilância e a utilização eclesiástica. O Museu de Aveiro contribuirá com o seu «know-how» sobre conservação e o IPPAR terá a tarefa de gerir a loja que será futuramente instalada. Miguel Capão Filipe acredita que o protocolo será assinado em breve.
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Leia mais no Diário de Aveiro

Um artigo de Francisco Sarsfield Cabral, no DN

O Estado promove o atraso nos pagamentos
O Governo colocou na Net uma curta lista de faltosos em matéria de impostos, alegadamente para suscitar a reprovação pública da evasão fiscal. Soube-se, entretanto, que o Tribunal de Contas juntará ao parecer sobre a Conta Geral do Estado, a publicar em Dezembro, uma lista dos principais credores do Estado. Um passo contra o hábito estatal de dois pesos e duas medidas. Infelizmente, ficarão de fora as dívidas das autarquias e das regiões autónomas.
Com a honrosa excepção do CDS/PP, os atrasos na liquidação de dívidas das entidades públicas raramente são abordados pelos políticos. Sejam eles do Governo (o que, não se justificando, até se percebe), sejam da oposição (o que já se entende menos).
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sexta-feira, 4 de agosto de 2006

FÁTIMA: Peregrinação do Migrante e Refugiado

"Sinal dos
Tempos Novos"
A Peregrinação do Migrante e do Refugiado, em Fátima, a 12 e 13 de Agosto, será presidida por D. Dionisio Lachovicz, responsável da Igreja Greco-Católica pelas Comunidades Ucranianas no Exterior, coadjuvado por D. António Vitalino, bispo de Beja e presidente da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana. Terá como tema: "Sinal de Tempos Novos"
: Veja programa

Folclore na Costa Nova

Costa Nova
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Para uma noite diferente
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Hoje à noite, por volta das 22 horas, vai ter lugar na Costa Nova um espectáculo de Folclore, com organização do Rancho Regional da Casa do Povo de Ílhavo. Esta iniciativa está integrada nas Festas do Município, que se prolongam por todo o mês de Agosto. Porque há a garantia de que vamos ter uma bonita noite, sugiro aos meus amigos que não percam esta oportunidades de presenciar, ao vivo, representações etnográficos de várias regiões do país.

Prémio literário para professor da Gafanha da Nazaré

João Alberto Roque vence

"Concurso Conto Infantil

Matilde Rosa Araújo"

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João Alberto Roque conquistou a 5ª edição do “Concurso Literário Nacional – Conto Infantil, Prémio Matilde Rosa Araújo”, organizado pela Câmara Municipal da Trofa.

Natural da Gafanha da Nazaré, o professor de Ciências Naturais da Escola Secundária da Gafanha da Nazaré foi o vencedor com o conto “Pirilampos e os deveres da Escola”. Uma história fictícia, mas baseada em factos reais. “É inspirada na personalidade do meu filho mais novo e na gata que foi abandonada aqui em casa”, afirma João Roque que, quando apresentou o trabalho, não pensava em ganhar. O concurso contou com a participação de 314 contos infantis. Do júri fizeram parte diferentes personalidades da área da literatura infantil nacional. Os escritores António Torrado Armandina Maia, Matilde Rosa Araújo, Viale Moutinho e o vereador do pelouro da cultura da Câmara da Trofa, António Pontes.

João Alberto Roque sempre gostou de escrever. O prémio acaba por ser uma consequência natural do prazer da escrita, mesmo tratando-se de um professor de uma área distinta das letras. “A minha escrita é muito simples e quando se tem quatro filhos acaba-se sempre por escrever contos infantis”, acrescenta.

João Alberto Roque espera, agora, que seja possível editar o conto infantil. A Câmara Municipal da Trofa está a desenvolver esforços nesse sentido. “Seria muito bom”, confessa. Fonte: Rádio Terra Nova

Um artigo de Maria José Nogueira Pinto, no DN

A casa
O Governo apresentou um conjunto de medidas de política social de habitação. Sem prejuízo de uma avaliação mais substantiva da coerência intrínseca deste pacote e, sobretudo, do respectivo modelo de operacional, a oportunidade de dar um novo rumo à habitação social, em Portugal, é inquestionável.
Desde logo porque a recente aprovação da lei do arrendamento urbano obriga a relançar o mercado de arrendamento e a criar um mercado de reabilitação urbana, versus um mercado quase exclusivamente vocacionado para a construção. E tal como então disse e escrevi, considerando a elevada degradação atingida pelo parque habitacional nos grandes centros urbanos, torna-se igualmente necessário um quadro coerente de incentivos e de financiamento público para alavancar uma operação gigantesca na sua dimensão e nos seus custos.
Pensando na cidade de Lisboa, porta de entrada do País e ponto de destino de múltiplos movimentos migratórios, internos e externos, com um tecido urbano gerador de mecanismos de exclusão e segregação, com uma elevada percentagem de população sem rendimentos do trabalho ou de qualquer actividade económica, muitos senhorios pobres e inquilinos paupérrimos e uma demografia desalentadora e perigosa, sabemos que só a concertação criteriosa de recursos e instrumentos permitirá a reabilitação progressiva da cidade e um novo equilíbrio populacional assente numa saudável mistura de residentes.
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quinta-feira, 3 de agosto de 2006

Um artigo de D. António Marcelino

TEMPO DE FÉRIAS
O tempo de férias é tempo propício para refazer o nosso interior, mais desgastado que o nosso corpo. Tempo no qual, tanto a palavra como o silêncio são chamados a ser luz, riqueza, sentido, eloquência serena, repouso activo, comunicação profunda. Quem vive a vida com sentido, também se desgasta, mas sabe como recompor-se.
As férias são um ansiado porto de abrigo para a barca frágil que nós somos, todos os dias batida por fúrias e ventos sem controle, que nos ferem e fustigam. Fazer das férias tempo de maior cansaço, da alienação que já vem de trás, de um atordoamento procurado, é ter menos respeito pela sua vida e menos capacidade para a viver, com qualidade e dignidade. Respigo do último livro de Susanna Tamaro “Cada palavra é uma semente”(2004), alguns pensamentos enriquecedores que podem sempre ajudar quem ainda pensa. “Sem a ideia de redenção, a História transforma-se numa arena onde os vencedores passam a vida a amontoar os corpos dos vencidos, na brincadeira de um cachorro que confunde a sua cauda com uma presa e a persegue, rodando sobre si mesmo, cada vez mais excitado, cada vez mais feroz, até ficar exausto.” “Sem a ideia de redenção, a vida dos seres humanos não é muito diferente da de excursionistas surpreendidos pelo nevoeiro. Por que estrada viemos? Para onde vamos? Ninguém tem bússola, avança-se às cegas, voltando sempre pelo mesmo caminho e, por isso, quando a morte chegar, teremos gasto as solas dos sapatos, parados no mesmo sítio.” “Um céu vazio, o céu da chamada liberdade, da emancipação, transforma-se assim num céu grávido; gera ídolos com a mesma frequência generosa com que os afídeos põem ovos. Há o ídolo do progresso, da tecnologia, da religião, da propriedade, do domínio, das ideologias, da imortalidade e, depois, há os ídolos mais pequenos, os modestos totens pessoais que fabricamos dia após dia, para conseguirmos sobreviver.” “O pecado do nosso tempo e de todos os tempos não é o mal, mas a idolatria. É ela que leva o homem a andar à deriva e transforma a história da Terra numa corrida desenfreada, rumo à aniquilação.” “A ausência do silêncio e o palavreado constante fizeram-nos esquecer o poder e o mistério que se escondem na profundidade da palavra.”. “Cada palavra é uma semente e o campo onde medra é o coração do homem.” “Todas as criaturas vivas são capazes de reconhecer a beleza, a harmonia e essa percepção transforma-se espontaneamente em alegria, dança, produção de vida.” “Se tenho de pensar num factor unificador da nossa época, é justamente o alarido. O silêncio morreu e, ao desaparecer, arrastou consigo tudo o que constitui a base do ser humano.” “A beleza só poderá mudar o mundo se os homens conseguirem voltar a vê-la. Mas, para a verem, terão de percorrer o caminho que transforma o coração de pedra em coração de carne, o caminho que elimina a opacidade do olhar, tornando-o vivo e constantemente aberto ao espanto. Esse caminho que permite que os ouvidos se ponham à escuta, rejeitem o ruído e acolham o silêncio. Acolher e esperar. Esperar com paciência que o silêncio fale como murmúrio de uma leve brisa.” Cada palavra faz ir mais longe, até onde o silêncio é palavra. A contemplação do mar, do nascer ou do pôr do sol, da brincadeira alegre de uma criança à beira- mar, dos pais embevecidos com as repetidas gracinhas do bebé, tudo enriquece quem está atento e sabe observar, purificando assim a mente e o coração da poluição acumulada nos dias da normalidade e da corrida apressada. São para isto as férias, para purificar a vida.

Provedores da RTP e da RDP esperam por nós

As nossas críticas

e sugestões

vão ser muito importantes

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Os provedores da RTP e da RDP, Paquete de Oliveira e José Nuno Martins, respectivamente, já estão à espera das nossas sugestões e das nossas críticas. Penso que esta medida governamental foi muito oportuna, esperando-se agora que os portugueses não fiquem indiferentes. É preciso participar em tudo o que diz respeito à nossa sociedade, numa perspectiva de progresso sadio.

Tenho visto que muitos de nós temos o hábito de criticar sobretudo alguns programas televisivos, acusando os seus autores e responsáveis. É um direito que nos assiste, mas não podemos, nem devemos, ficar por aqui, pela contestação inconsequente à mesa do café ou em privado. A intervenção cívica tem de bater às portas certas para trazer benefícios para todos.

Quando houver razões para falar, não podemos ficar calados nem alheios ao mundo que nos envolve, aceitando tudo o que alguns tentam impingir-nos. Neste caso, se acharmos que algo é contrário ao bem comum, devemos intervir, com delicadeza mas com firmeza, para que o “lixo” que nos impõem, por vezes, seja erradicado da RTP e da RDP, meios de comunicação social pagos pelo dinheiro dos contribuintes.

Queremos que os programas, televisivos e radiofónicos, possam ser vistos e ouvidos por todas as famílias portuguesas, tendo em conta o bem de todos, isto é, que contribuam para a formação integral das pessoas, tendo por base princípios e valores que têm enformado a nossa sociedade.

As críticas e sugestões podem ser remetidas por fax, carta ou via on-line.

Fernando Martins

Quadros da Ria de Aveiro

"Aveiro, cidade de água, sal, argila e luz"
Aveiro é isso mesmo no dizer de Manuel Ferreira Rodrigues em livro que merece ser lido nas férias e não só. O autor, docente universitário e historiador, oferce-nos, com pinceladas expressivas e bem escolhidas, imagens de Aveiro dos nossos dias e de tempos idos. A edição, bilingue (Português e Inglês), é da Câmara Municipal de Aveiro e dirige-se a todos os que apostam em conhecer a região marcada pela Ria, sejam nacionais ou estrangeiros. Logo a abrir, em jeito de convite poético, pode ler-se um excerto bastante conhecido de D. João Evangelista de Lima Vidal, primeiro bispo da restaurada diocese de Aveiro, em que sublinha: "Nós, os de Aveiro, somos feitos, dos pés à cabeça, de Ria. De barcos de remos, de redes, de velas, de montinhos de sal e areia, até de naufrágios. Se nos abrissem o peito, encontrariam lá dentro um barquinho à vela, ou então uma bóia ou fateixa, ou então a Senhora dos Navegantes." Aqui fica, portanto, o convite para que leiam, nestas férias, o livro que hoje recomendo. Fernando Martins

Artesanato e gastronomia em Aveiro

FARAV
com fortes atractivos
No próximo sábado, 5 de Agosto, pelas 15 horas, no Parque de Exposições de Aveiro, será inaugurada a Farav 2006 – XXVII Feira de Artesanato da Região de Aveiro; XIX Mostra Regional e Internacional de Artesanato e I Mostra Nacional de Gastronomia Regional.
A Farav vai decorrer até 13 de Agosto. O horário de visita é, de segunda a sexta-feira, das 17 às 24 horas, e aos sábados e domingos, das 15 às 24 horas. A entrada é 1,5 euros.
Organizado pela Câmara Municipal de Aveiro, Aveiro-Expo – Parque de Exposições de Aveiro, Região de Turismo da Rota da Luz, Instituto de Emprego e Formação Profissional de Aveiro e Associação de Artesãos da Região de Aveiro - A Barrica, este certame vai contar com a participação de 70 artesãos a trabalhar ao vivo, diversas Câmaras Municipais, entidades e associações, e 14 representações estrangeiras.
No recinto, entre os dois pavilhões, foi criada uma zona de Tasquinhas Regionais, que vai contar com dez standes e respectivas esplanadas. Na área do recinto exterior vai decorrer a I Mostra Nacional de Gastronomia Regional, em que vão participar 13 restaurantes representativos da gastronomia regional que existe em todo o país, nomeadamente, da região de Aveiro, Verde Minho, Algarve, Évora, entre outras. A Feira de Artesanato da Região de Aveiro e Mostra Nacional e Internacional de Artesanato acontece todos os anos no mês de Agosto e constitui, na actualidade, uma das maiores e melhores iniciativas culturais do género. A importância crescente que esta feira tem revelado é directamente proporcional ao papel específico que o artesanato tem vindo a alcançar na sociedade e no tecido económico.
Em simultâneo, vai decorrer a Mostra Nacional de Gastronomia Regional, organizada pela Região de Turismo Rota da Luz, que vai apresentar os concelhos integrantes no distrito de Aveiro. : Fonte: “Site” da CMA

Voluntariado

Voluntariado,
um contributo cívico
O voluntariado assume dimen-são na sociedade actual, princi-palmente em tempo de férias, altura de maior disponibilidade. Não é, no entanto, uma acção nova ou temporal mas reveste-se actualmente de grande dimensão social, e aparece de uma forma mais estruturada na sociedade, como reflecte Eugénio da Fonseca, Presidente da Comissão Instaladora da Confederação Portuguesa do Voluntariado, no “Espaço Solidário”, periódico da Obra Diocesana de Promoção Social. “A acção desenvolvida pelo voluntariado permite descobrir, na sociedade, a existência de vidas humanas que necessitam e merecem ser tidas em conta, teimando contrariar a linguagem utilitarista e individualista da nossa cultura.” O voluntariado é um contributo cívico e chama a atenção para a misericórdia, generosidade e gratuidade mas “este apelo não pode esquecer a justiça e as suas mediações nem deixar de operar transformações estruturais positivas que dão credibilidade aos voluntários e às instituições”. É necessário que se aposte numa formação que dê bases para uma continuidade voluntária que motive e suscite nos mais novos “um compromisso de serviço desinteressado aos outros”, salienta Eugénio da Fonseca. Reconhecer o voluntariado “é um sinal de esperança” salienta o Presidente da Cáritas Portuguesa. É necessário, pois continuar apostar em acções de voluntariado e “que ninguém se sinta dispensado desta missão”. O Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado disponibiliza informações em www.voluntariado.pt
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Foto: Eugénio da Fonseca
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Fonte: Ecclesia

quarta-feira, 2 de agosto de 2006

Nova contagem

Com a opção por novo grafismo, perdi, sem saber como, o contador que me acompanhava desde a primeira hora. Hoje, portanto, recomeçou o registo do número de visitantes. Os mais de 32 mil, registados até há dias, ficaram para a história, com esta nota.
Saudações para todos.
Fernando Martins

Um trabalho de férias

AUGUSTO MARQUES, PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA E DA CASA DO POVO DE QUIAIOS

Augusto Marques escuta recado da utente Ricardina

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Cargos políticos e sociais

são complementares

Quiaios tem data de baptismo do ano 897 da era cristã, mas o seu nascimento foi muito antes. Hoje é uma freguesia do concelho da Figueira da Foz, com 4500 habitantes. Na época estival, porém, a população duplica, graças à tranquilidade da sua praia e às condições de alojamento que oferece. Terra simpática, como é, mostra ao visitante sinais da sua antiguidade e importância social. E para ajudar nos problemas mais candentes da população residente tem uma instituição dinâmica – Casa do Povo de Quiaios –, fundada em 1973, essencialmente para apoiar os trabalhadores rurais. Como IPSS, estatuto que adquiriu em 1991, assumiu outros serviços, mais vocacionados para a família, mas não ficou por aí. Para conhecermos melhor o que faz e o que pretende fazer, o SOLIDARIEDADE foi ouvir o seu presidente Augusto Marques, que o é há nove anos, sendo também presidente da Junta de Freguesia, em segundo mandato.

Fernando Martins

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Leia a reportagem em SOLIDARIEDADE

Férias diferentes

Experiências de missão

em tempo de férias

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. Os campos de férias são trabalhos missionários em que diversos movimentos juvenis apostam, agora em tempo de descanso escolar e de trabalho. É uma forma de trabalhar em Igreja, habitualmente circunscrito às paróquias, mas que ganha grande dimensão em tempo de Verão.

Susana Canhoto, da Juventude Hospitaleira, explicou ao programa Ecclesia como surgiu a necessidade de no movimento a que pertence “não perder o rasto destes jovens durante todo o ano. A Juventude Hospitaleira que teve o seu início em 1988, e conta com jovens entre os 13 e os 30. Apostamos numa forma de sensibilizar a juventude para uma solidariedade comprometida e estamos ligados aos irmãos e irmãs que trabalham com doentes e deficientes mentais.” Estes jovens disponibilizam-se durante 10 dias no Verão, para partir e ir ao encontro de uma comunidade que lhes é estranha, mas que os acolhe para o trabalho missionário, especificamente com doente mentais, mas não só.

Os Jovens sem Fronteiras, outro movimento que aposta nos campos de férias, são um ramo mais novo da congregação dos missionários do Espirito Santo. Marta Vilas Boas explica que “é um movimento que conta com 23 anos de história e tem por objectivo viver o ideal missionário e aprofundar a solidariedade e fraternidade universal”. Trabalham em Portugal mas também além fronteiras com acções de voluntariado. Nos campos de férias trabalham com idosos e com crianças desfavorecidas em diversas iniciativas.

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Um texto de Luísa Silveira, para ler na Ecclesia

Um artigo de António Rego

«A guerra começa sempre no coração»
A PACIFICAÇÃO
E quando acontece a guerra redobra em nós o desejo da paz. A menos que nos possuam momentos delirantes em que uma fúria justiceira de ataque ou defesa, surja, cegamente, como impulso irrefreável, ainda que diabólico. A nível individual pode ter consequências muito graves. A nível social, político ou religioso, pode converter-se em avalanche, de efeitos catastróficos em cadeia para o presente e para o futuro. Assim se faz a guerra. Guerra, conflito ou choque são sempre semente de fogo lançada do coração, que se não sabe como crescerá nem quando será extinta. A soma das duas lógicas – inimigo contra inimigo – reúne todos os dados para uma ferida sem cura à vista durante séculos ou milénios. Basta reparar na história. Por isso nenhuma guerra perdura apenas durante o tempo real do conflito directo. Alastra-se como lava incandescente em direcções imprevisíveis e com efeitos incontroláveis. A guerra começa sempre no coração. Nem vislumbramos o bem que fazemos a nós mesmos e à humanidade quando conseguimos percorrer a longa estrada da reconciliação, não apenas com os outros mas também connosco. É a experiência da serenidade, do diálogo reencontrado, do silêncio sem violência, da pacificação sem injustiçados. Alguém lembrou “o martírio da paciência” como pista principal para o diálogo e reconciliação. E se nos tempos de paz nem sempre se entende essa evidência, em tempo de guerra ganha uma urgência que se antepõe ao pão para a boca. Jesus disse: Bem-aventurados os construtores da paz.

terça-feira, 1 de agosto de 2006

Bispo de Aveiro nas praias e termas

Encontros de Verão nas praias e termas
da diocese O Bispo de Aveiro, D. António Marcelino, vai, durante o mês de Agosto, continuar a tradição da visita às praias e estâncias termais da zona diocesana, presidindo às celebrações dominicais e orientando em todas um encontro de reflexão e debate. Estas visitas realizar-se-ão de harmonia com o seguinte programa:
- Torreira, celebrações, dias 5 e 6 de Agosto; e encontro, dia 9;
- Praia da Barra, celebrações, dias 12 e 13 de Agosto; e encontro, dia 16;
- Costa Nova, celebrações, dias 12 e 13 de Agosto; e encontro dia 17;
- Termas da Cúria, celebração, dia 15 de Agosto; e encontro dia 10;
- Praia da Vagueira, celebração, dia 19 de Agosto; e encontro dia 22;
- S. Jacinto, celebração e encontro, dia 20 de Agosto.
Nas Termas do Vale da Mó (Moita - Anadia), se se justificar e houver condições, far-se-á este ano o primeiro encontro, em data a combinar.
O tema dos encontros será, neste verão, "O 'religioso' e o 'sagrado', ainda actuais, suscitam algum interesse?"

Arte em Aveiro

Bienal Internacional
de Arte Contemporânea
Aveiro também vai ter a sua I Bienal Internacional de Arte Contemporânea, entre 11 de Novembro e 30 de Dezembro, com organização da Câmara Municipal de Aveiro e da associação de artistas AveiroArte. Trata-se de uma iniciativa que não deixará de alcançar grande expressão cultural, tanto em Aveiro como no próprio País. A Bienal, que servirá, sem dúvida, de estímulo à criação artística, vai abranger pintura, fotografia, desenho, gravura e escultura, havendo um prémio, denominado Prémio Aveiro, no valor de dez mil euros. A obra premiada ficará a pertencer ao espólio artístico da autarquia aveirense. Os interessados em participar nesta I Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Aveiro podem inscrever-se na Câmara Municipal.

Quadros da Ria de Aveiro

Palheiro de José Estêvão, na Costa Nova
(Foto publicada em "Imagens do Portugal Queirosiano",
com data de 1976)

José Estêvão, a esposa e seu filho Luís (Foto publicada no livro "José Estêvão - Estudo e Colectânea", com data de 1962)

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DESTES OCASOS D'OIRO
E DESTE CERÚLEO MAR
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Destes ocasos d’oiro e deste cerúleo mar, Desta mesma risonha e plácida paisagem, Quantas vezes, meu Pai, a luminosa imagem Se reflectiu no teu embevecido olhar! Era aqui, nesta paz, que vinhas descansar, Refazer, para a luta, as forças e a coragem, Vendo a planície verde ao fundo e, sob a aragem, Brancas, no azul da Ria, as velas deslizar… Por isso o coração aqui me prende assim! E, da saudade, quando, ao remorder acerbo, Tua figura evoco e ressuscito em mim, Vejo-te errar na praia – emocionante engano! – Buscando a inspiração do teu ardente verbo No esplendor do Infinito e o tumultuar do Oceano!

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Soneto de Luís de Magalhães,

filho de José Estêvão Coelho de Magalhães,

em que evoca a Costa Nova e o seu próprio pai

: In “José Estêvão – Estudo e Colectânea”

Um artigo de Alexandre Cruz

Pequenos, mas grandes vedetas!
“(A)pareço,
logo existo”
1. Nos nossos dias a televisão é uma autêntica produtora de vedetas. São dia-a-dia, também com a ajuda das praias dos veraneantes, criados e fomentados heróis cujo sonho é aparecer na novela. Sejam “morangos”, com ou sem açúcar, mas com floribelas à mistura, tudo foi pensado, criado, idealizado para criar hábito, estilo, moda. Se formos a ver e analisar o fenómeno destas novelas de concorrência que criou moda em Portugal, a certa altura apercebemo-nos de que o segredo está em trazer e consagrar a “realidade”, viva (nos “morangos”) ou sonhada (na “floribela”) para o ecrã da televisão. Nesta forma hábil e implacável de captação pela proximidade estará todo um mundo de contextos sociológicos, de vontades pessoais que se projectam, e de vedetas, heróis, que se criam simplesmente por aparecerem e dizerem uma “coisas” que, porventura, todos os dias se dizem, com calão à mistura, por aí. Na táctica do descomplicar para atrair, toda uma geração de gente nova do nosso país, mais coisa menos coisa, se revê no seu herói, se projecta nesse ideal que é tão banal quanto próximo, mas que existe e fala “como nós”…e assim sendo, pensará o adolescente, estamos a um passo de lá ir, de aparecer, de também “ser herói”. Tudo tão simples, tão prático, nem é preciso fazer nada de especial… Para a vedeta heróica bastará “aparecer”, mostrar a imagem e o “bronze”, o que é bem melhor que estudar!... 2. Este império das vedetas construídas na “banalidade” está aí, é irrefutável! Só nas consequências em futuro próximo se perceberá totalmente a grandeza desta ilusão colectiva da “malta” nova. E depois, quando acabar a novela? E quando se descer à realidade e todo esse castelo se desmoronar pela “fama” que, afinal, não existe? Se pensarmos que muitas vezes até as pessoas adultas (artistas, desportistas, “jet set”!) que atingem certo patamar de visibilidade e fama, se até estas pessoas, quer fartas da perseguição da imprensa cor-de-rosa quer pelo fim do próprio protagonismo e visibilidade, não aguentam o “choque” da realidade caindo no vazio… Então com crianças e adolescentes, como será?!... Quem não se lembra do famoso “caso Zé Maria”, o herói das galinhas do primeiro Big Brother, que de fama e dinheiro abundante desceu até à miséria do “abismo” da tentativa de suicídio. Por muito que se diga que as crianças e os adolescentes que aparecem na “novela” estão preparados para tudo, a verdade é que não estão preparados para nada disto; são pessoas em construção de sua identidade, personalidade, ideias, esperanças, projectos de vida. Com toda a liberdade realista fará sentido perguntar: quem pagará a factura de sua possível desorientação de vida, ansiedades, possível dificuldade em conviver com o “mundo real” onde não há heróis? O canal de televisão ou a produtora pagarão a despesa do médico, psicólogo,…?!... 3. Dizem-nos, habitualmente, que até uma certa idade é proibido trabalhar, e até em interpretações mais radicais não será permitido à criança começar a ajudar em casa, a lavar a loiça, limpar, aspirar, por a mesa, regar o jardim! E até assistimos a “processos-crime” atribuídos a instituições que acolhem crianças abandonadas por seus pais porque são iniciadas no realista mundo do trabalho, onde há esforço, de forma progressiva… Afinal, o que se passa com este mundo do espectáculo televisivo? Crianças em novelas e filmagens (tarefa muitíssimo exigente) não será trabalho infantil? Pertencerão ao mesmo país as normativas que de um lado proíbem e do outro permitem com visibilidade espectacular o duro trabalho de crianças na TV? O que e passa que por trás de tudo isto, fazendo dando às produtoras de televisão toda a isenção? O trabalho de crianças em novelas é ou não é trabalho infantil?!... 4. Grandes conseguem ser os pais e as famílias que, no máximo esforço da vida de cada dia para estarem sempre presentes, procuram transmitir aos “seus” os verdadeiros valores, ajudando a “pensar” e a dar valor de forma proporcionada. Como é natural, e este também é um tempo especial para quem tem essa oportunidade, dando lugar em férias ao entretenimento saudável que retempere as forças, a energia, a esperança, o ânimo fundamental (mesmo nas circunstâncias mais complicadas da vida, esta bem exigente que não é uma novela fictícia)… Depois de tudo, uma coisa é certa, e aponta o caminho do verdadeiro bronzeado a seguir: partindo do célebre pensamento grego “mente sã em corpo são”, talvez seja, a bem de todos os futuros, de dar mais “espaço” e valor ao “bronze da mente”! Afinal, a verdadeira grandeza, e o único caminho da verdadeira construção que não cai, mesmo com o “sonho”, reside no que se “é” e não no que se quer mostrar ou parecer ser! O filósofo, no seu tempo, apostava na palavra certeira ao dizer: “penso, logo existo!” E não, como em algumas modas actuais: “apareço…pareço, logo existo!” (Esquecendo o “pensar”, estaremos a regredir no tempo em termos de Humanidade?!...)

Visita às Dunas de São Jacinto

No dia 5 de Agosto, vai realizar-se mais uma visita guiada às Dunas de São Jacinto, acompanhada por biólogas da HERA-avpp. Esta actividade enquadra-se no projecto "Bandeira Azul" da Câmara Municipal de Aveiro.
As inscrições, obrigatórias, têm de ser feitas até 3 de Agosto, pelo Telm 969 145 152.
Programa:
15h25: Encontro dos participantes em frente da estação da CP, em Aveiro. 15h35: Partida para a Reserva natural de S. Jacinto. 16h25: Visita Guiada 18h45: Fim das actividades e regresso. A visita é gratuita, sendo o preço das deslocações (Autocarro, lancha: Aveiro-S.Jacinto / S. Jacinto-Aveiro) a cargo dos participantes.