terça-feira, 6 de março de 2007

Padres na RTP



A RTP está a celebrar
50 anos de vida
e a presença do religioso
habita naquela casa
desde o nascimento


O nascimento da televisão em Portugal, da RTP, não se pode contar sem o contributo de Monsenhor Lopes da Cruz. Pároco da Igreja dos Mártires e fundador da Rádio Renascença, Lopes da Cruz foi o Primeiro Presidente da Assembleia-geral da RTP. E ao longo dos seus 50 anos, a RTP sempre incluiu a dimensão religiosa nos seus programas e na informação que emite. Foram muitos os padres que passaram pela televisão, na celebração da Eucaristia Dominical, em programas religiosos e mesmo naqueles programas que justificaram o aparecimento de serviço público televisivo, na Europa e também em Portugal.
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Dia Nacional da Cáritas: III Domingo da Quaresma



«A prática da caridade e a promoção da justiça são uma exigência da maturidade da fé e um dever da Igreja». Apelos para a Semana Cáritas, que decorre até ao próximo Domingo



Mensagem do Presidente
da Cáritas Portuguesa

No III Domingo da Quaresma, por decisão da Conferência Episcopal Portu-guesa, celebra-se, em todo o país, o Dia Nacional da Cáritas que, nos últimos anos, tem vindo a ser preparado por cada Cáritas Diocesana, desenvolvendo, durante a semana que o antecede, um vasto e criativo conjunto de iniciativas.
“Pela dignidade, igual oportunidade” é o tema que a Cáritas propõe à reflexão de todos os portugueses e de outros nossos irmãos que escolheram o nosso país para encontrar um futuro mais digno para si e para suas famílias. Este tema está em sintonia com o lema escolhido para assinalar o Ano Europeu da Igualdade de Oportunidades para Todos – Para uma Sociedade Justa. A União Europeia pretende, assim, sensibilizar os cidadãos para os benefícios de uma sociedade justa e solidária e para reforçar e exaltar a importância da igualdade de tratamento entre as pessoas, sem distinção de origem racial ou étnica… Destas preocupações nunca poderá estar alienado qualquer cristão. Pelo contrário para cada um deles, “cujo coração de Cristo conquistou com o seu amor, despertando nele o amor ao próximo”1 , tudo tem de ser claro, sem ambiguidades e preconceitos. Tudo em busca da verdade. É que continuamos a viver numa sociedade que não atribui iguais oportunidades a todos os seus cidadãos. E esse é o terreno fértil necessário para não se atingir o patamar mínimo da dignidade contrária a todos os princípios que norteiam o cristianismo. Podemos fazer de conta que não sabemos, mas os dados aí estão, com toda a crueza.

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Citação

"Muitas vezes, o desacordo honesto é um bom sinal de progresso"
Mahatma Gandhi,
líder nacionalista indiano (1869-1948)
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In "PÚBLICO" de hoje

Efeméride

6 de Março de 1802


Boca da Barra, vista do Forte da Barra


BARRA NOVA



Faz hoje anos que o Engenheiro Reinaldo Oudinot enviou ao Governo o seu projecto para a abertura da barra nova, actual Barra do Porto de Aveiro, localizada na Gafanha da Nazaré, concelho de Ílhavo.
Assinalando o facto, aqui dizemos que este empreendimento, logo que se concretizou, veio dar um extraordinário impulso ao desenvolvimento da região, a começar pela Gafanha da Nazaré. Quando se comemora tudo e mais alguma coisa, sinto pena que datas marcantes da nossa história local e até regional caiam no esquecimento

Um poema de Sophia



MADRUGADA

Um leve tremor precede a madrugada
Quando mar e céu na mesma cor se azulam
E são mais claras as luzes dos barcos pescadores
E para além de insânias e rumores
A nossa vida se vê extasiada

In “ILHAS”,
de Sophia de Mello Breyner Andresen

Com um dia de pausa…

Com um dia de pausa, cá estou de novo. Como desde há muito, dedicando uns minutos livres ao meu blogue, sem descurar, obviamente, outros trabalhos que tenho em mãos. Sempre ao sabor das liberdades dadas pela saúde e pelo gosto de estar no mundo para partilhar sentimentos e emoções. Uma pausa de quando em vez faz bem… e quando regresso até me sinto renovado. O tempo, porém, chuvoso e frio, também ventoso por estas Gafanhas, não me permite contemplar a natureza mais bela, que a natureza triste também merece e precisa de ser olhada, com a esperança de que a mais bonita está à porta para entrar. A todos, muito bom dia, dentro do possível. Fernando Martins

domingo, 4 de março de 2007

Um texto de Jorge Pires Ferreira

Cientistas pouco esclarecidos

Poderá um cientista ou divulgador de ciência ignorar a História da Ciência ou ter dela visões sectárias? Aparentemente, não. Mas na prática, sim. É o que acontece muitas vezes. Em dois encontros públicos recentes, em Aveiro, com pessoas de elevada craveira, notei tomadas de posição que de alguma forma rebaixam ou desprezam a fé cristã no diálogo com as ciências naturais. Crentes como eu haveria com certeza na assembleia. Mas é feio desautorizar os convidados. Pelo que eu e os outros optamos pelo silêncio, com o risco de a asneira, à força de tanto ser repetida, ganhar aparência de verdade.

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Um poema de António Gedeão

REFLEXÃO TOTAL


Recolhi as tuas lágrimas
na palma da minha mão,
e mal que se evaporaram
todas as aves cantaram
e em bandos esvoaçaram
em tomo da minha mão.
Em jogos de luz e cor
tuas lágrimas deixaram
os cristais do teu amor,
faces talhadas em dor
na palma da minha mão.


in "366 poemas de amor",
antologia organizada por Vasco Graça Moura

Museu de Ílhavo: Exposição de Fotografia


"HERÓIS DO MAR"
Durante o mês de Março, os amantes de fotografia artística e todos os outros ainda poderão apreciar, no Museu Marítimo de Ílhavo, uma exposição de Bill Perlmutter, cedida pelo Centro Português de Fotografia.
O norte-americano e fotógrafo artista registou, em 1958, com a sua objectiva, no nosso País, quadros da vida de gente ligada ao mar. São fotografias a preto e branco, que precisam de ser apreciadas.

Santa Maria Manuela

Ílhavo: Nova vida para o navio Santa Maria Manuela
O navio Santa Maria Manuela voltará a navegar e será o epicentro de várias iniciativas ligadas à cultura, ao turismo e à investigação. A fundação responsável pela embarcação anunciou ontem a sua venda a uma empresa de Ílhavo, que está já a preparar o seu projecto de recuperação :
O navio Santa Maria Manuela, embarcação gémea do Creoula, será alvo de um novo projecto de recuperação. A Fundação Santa Maria Manuela, criada em 1994 com a intenção de refazer a embarcação de acordo com o desenho original, anunciou ontem a venda do navio a uma empresa local.
A proposta da Pascoal & Filhos para a compra e recuperação da embarcação foi aceite pela Fundação que, deixando de possuir património, será extinta. De acordo com o presidente do conselho de fundadores, Vasco Lagarto, trata-se de «recuperar e manter à tona da água algo que faz de nós aquilo que somos como sociedade». Para este responsável, «um projecto deste tipo precisa de ter uma base empresarial», e terá sido essa a principal razão para que a proposta tenha sido aceite prontamente. :
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Leia o trabalho de Soraia Amaro no DA

Um artigo de Anselmo Borges, no DN


A religião do mercado:
Deus e a Mamona


Nos anos 80 do século passado, em contraposição ao socialismo democrático e à teologia da libertação, assistiu-se ao aparecimento e revitalização de uma nova teologia política: a neoconservadora. Os seus representantes mais conhecidos foram sociólogos e politólogos, provenientes de destacadas universidades americanas: M. Novak (católico), R. Neuhaus e R. Benne (luteranos), etc.
O seu objectivo fundamental é o de apresentar o capitalismo, tal como eles o entendem, como o sistema mais humano, racional e justo, sublinhando a afinidade que existiria entre esse sistema e a tradição judaico-cristã. Embora os indivíduos persigam os seus interesses próprios, no final, mediante um secreto desígnio divino e uma espécie de harmonia preestabelecida, precisamente do livre jogo de interesses individuais resulta a ordem social. E o mercado aparece com uma missão quase divina. O mercado é um pouco como Deus: Providência para todos. Se para alguns é causa de sofrimento e até morte, Ele saberá a razão pela qual isso acontece: será uma provação ou castigo; de qualquer modo, um sofrimento passageiro, que terá uma redenção final.
Temos aqui uma espécie de "mercadodiceia", como substituto da antiga teodiceia, portanto, o mercado como chave de solução dos problemas humanos e da felicidade.
No quadro do seu estudo crítico sobre os fundamentalismos, o teólogo Juan José Tamayo sublinha a importância do fundamentalismo económico neoliberal, com características de uma religião e uma teologia própria: precisamente a teologia do mercado.
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Leia mais em DN

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS-13


AINDA O POVOAMENTO DA GAFANHA

Caríssima/o:

Brumas do tempo!
Brumas da Ria!
Quem é destas terras e aqui tem as suas raízes, conhece bem os nevoeiros da vida e da Ria. Ainda mais quem algum dia penetrou profundamente pelos canais e neles deambulou perdido por nada ver à sua frente!...
João Pereira de Lemos escreveu um livro: «Os Gafos da Ilha de Sama». No preâmbulo afirma:”Quase todos os factos foram passados, dando-lhes no entanto interpretação pessoal, contrariando algumas vezes autores consagrados, considerados e credíveis.”
Como que em sub-título acrescenta:”Narrativa quase verdadeira do que se passou na vila de Aveiro, entre 1525 e 1581, porque o mais se não acha pois está no guarda-roupa del-Rei”.

Transcrevo das páginas 161 e 162:

“Um dia, quando sentado no beiral de areia do lado poente, admirava o sol rubro que se encaminhava para o ocaso, [Pedro] pensou que talvez o areal em frente onde não se via vegetação, fosse a chave para a solução do excesso de pessoas na ilha de Sama. Virou-se para Filipa que estava a seu lado e disse:
- Parece que encontrei a chave para os nossos problemas aqui na ilha. Vou convidar alguns daqueles em quem mais confio e vamos estabelecer-nos no outro lado. Pedirei a Yssuf para descarregar lá tábuas e troncos e outros utensílios e procuramos um lugar para nos instalarmos.
Em Sama ninguém era tratado pelo nome ou pelo apelido, todos eram iguais e, por isso, usavam alcunhas. Pedro de Lemos o “Samarrão”, alcunha que advinha de à noite andar com uma grande samarra – vestimenta pastoril de pele de ovelha com lã, e que os médicos aconselham a não usar sobre a epiderme, pois julgam ser a causa de epidemias -, passou palavra ao Jorge “Fidalgo” porque assim o era, ao André “Cravo” porque parecia ter muitos cravos na cara, ao Belchior “Sardo” porque pareciam sardas as pústulas já secas, ao Simão “Gafanhão” porque ele era forte, ao Sebastião “Lázaro” porque era lazarento do corpo e alma sofredora diga-se, ao Pedro “Vaz” diminutivo apressado de Alvaraz, Gaspar “Casqueira” porque passava o tempo a fazer barcos das cascas que encontrava e pedia a toda a gente para lhas arranjar, e o António “Conde” porque se dizia como tal e todos sabiam que assim não era e não passava dum pobre diabo!
Combinaram, em segredo, no dia 16 de Julho de 1545, dia de N.ª S.ª do Carmo, e à noite, fazerem a travessia num barco que Yssuf e Hamed trouxeram.
Subiram o areal transportando o mais que puderam e ao avistar um braço de água que entrava pelo areal e percorridos aí três mil e oitocentos côvados, decidiram instalar-se ali. Tratava-se dum istmo entre o canal Caveira a poente, e o canal do Boco a sul. Por sugestão de Filipa e recordando a conversa com Pedro, o local passou a chamar-se Chave. Construíram habitações exíguas que cobriram com junco que crescia em tufos ao longo do braço de água. Abriram vários poços, semearam couves, nabos e milho, este uma novidade recente. Também algumas árvores, sobretudo figueiras. Yssuf foi trazendo animais domésticos e, um dia, trouxe um burro para não dar nas vistas, pois é convicção de que os animais domésticos também podem ser contagiados!
Os frades logo souberam e visitaram os gafos exilados. Sugeriram que se construísse uma ermida, e desde que não estivesse muita corrente ou ondulação, faziam uma visita regular.
Os da governação, ao saberem, não se incomodaram e até admitiram entre si que assim estavam mais longe e isolados.”

Logo na página 165 acrescenta:

“O tempo foi passando, e já havia curas completas muito embora com marcas irreversíveis. A comunidade da Chave tinha sido aumentada com algumas crianças todas sadias, e mais um novo casal cujo homem foi baptizado de “Gandarinho”! Um dia, alguns andavam distantes à procura de madeira arrolada e viram uma espiral de fumo muito para Sul. A curiosidade levou-os até lá onde deparam com um casal e um filho com o ar mais faminto e andrajoso possível. Indagaram quem eram, e o homem contou que já caminhavam há muitos dias, tantos que lhe tinham perdido a conta. Que vinha dumas terras a que chamavam Gândara, e que eram tão pobres que resolveram procurar outras terras. Não sabiam onde estavam. Convidaram-nos a vir viver para a Chave. O nosso homem era tão pequeno e frágil que ficou com a alcunha de “Gandarinho”.
O único defeito da Chave se é que é, é que fica muito longe do enfiamento do canal de Aveiro, e os frades fazem notar isso, pois os criados tinham de remar muito. Cinco casais resolveram estabelecer-se no dito enfiamento, tanto mais que o terreno lhes parecia menos arenoso. Baptizaram o local de Cale, pois bordejava a Ria. Os outros já estavam apegados à terra onde conseguiram curar-se e sobreviver, resolvendo ficar ali para sempre.
Passou-se um ano, e os comerciantes de Aveiro já se atrevem a trazer e levar produtos à terra dos gafanhos, como dizem. Passado pouco tempo já dizem que vamos à “Gafanha” e assim fica...”

E mais não transcrevo. O que aí vos deixo aponta na direcção de outra fonte de fantasia: o nome da Gafanha.

Então, até...



Manuel

sábado, 3 de março de 2007

Portugal no mundo

ALDEIA DE MIL INDIANOS QUE FALAM PORTUGUÊS
Todos sabemos que se fala Português pelos quatro cantos do mundo. Vestígios, palpáveis, das nossas andanças e aventuras, nas descobertas e nas conquistas, mas também na emigração. Quando falo com marítimos, pescadores ou outros, oiço frequentemente estórias de encontros e desencontros com portugueses e seus descendentes, mas ainda de comunidades que perduram, ao longo de séculos, com raízes lusas. E é muito enternecedor, sobretudo para mim, que devo ter alguma costela romântica ou coisa parecida, verificar que a marca dos nossos antepassados se mantém acesa um pouco (ou muito?) por toda a parte.
Hoje li no "PÚBLICO", mais concretamente no segundo caderno, agora chamado P2, uma reportagem feita pela jornalista Alexandra Lucas Coelho numa aldeia dos mil indianos que falam Português. Korlai, assim se chama a aldeia, tem, de facto, raízes lusitanas. Diz a jornalista que é um caso único em toda a Índia. A aldeia, que ela visitou, é formada por descendentes de nove portugueses, que guardam, há séculos, uma língua academicamente reconhecida como português de Korlai. Trata-se de uma comunidade católica que se orgulha da língua que muitos falam, passando de pais para filhos. Na aldeia, os apelidos dizem tudo: Pena, Rosário, Viegas, Sousa, Martins, Rocha e Rodrigues, entre outros.
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Leia mais em P2
Fernando Martins

Imagens de Aveiro

GOSTOS E SABORES


Aveiro vai estar representada no Programa Gostos e Sabores, na RTPN, do Chefe Hélio Loureiro.
O Programa Gostos e Sabores é emitido aos Sábados, em versão original, às 18.30 horas. É repetido no domingo, às 14.30; na segunda, às 11.30 e na quinta, às 20.30 horas.
Também é emitido na RTPinternacional, RTPAçores, RTPMadeira e nos comboios Alfa (CP).As receitas são publicadas semanalmente na Revista Visão, onde o Chefe Hélio Loureiro divulga o Programa Gostos e Sabores, com a apresentação das receitas confeccionadas, convidados e locais/regiões das gravações e apoios.
Os programas relativos a Aveiro são os seguintes:
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Caldeirada de enguias à moda de Aveiro – Convidado, Élio Maia – emissão, 3 de Março (hoje).
Bacalhau com natas – Convidada, Filipa Pato – emissão, 10 de Março
Mexilhões à moda de Aveiro – Convidado, Gonçalo Madail – emissão, 17 de Março
Raia com molho de pitau – Convidada, Jacinta – emissão, 24 de Março
Feijoada de samos de bacalhau – Convidado, Carlos Candal – emissão, 31 de Março

Fonte: “Site” da CMA

Imagens da Figueira da Foz


EM DIA DE CHUVA

O mar da Figueira da Foz, em dia de chuva e frio, não deixa de nos atrair. Há, em todos os momentos e de todos os quadrantes, imagens de encanto, ou com o seu encanto, que nos obrigam a olhar... a olhar, na tentativa de chegar ao infinito...
Uns raios de sol furam as nuvens, negras, que indiciam chuva iminente, e reflectem-se no mar imenso, sempre atraente, sempre convidativo, sempre deslumbrante.

sexta-feira, 2 de março de 2007

Avanço do mar na região de Aveiro

Praia da Barra: A povoação está mesmo ali

"População não tem plena
consciência do risco que está a correr"

Entre em Julho e Setembro de 2006, Luísa Pinho entrevistou 418 pessoas para a sua tese de doutoramento na Universidade de Aveiro (UA) sobre a «Importância da percepção social das dinâmicas litorais na gestão das áreas costeiras». O estudo teve por base um levantamento sobre as áreas de risco efectuado pelo Instituto da Água (INAG) e incidiu sobre as praias de Esmoriz, Cortegaça, Furadouro, Torreira, Barra, Costa Nova e Vagueira. Nestes aglomerados, identificou cerca de quatro mil fogos em zonas de perigo. Em entrevista conjunta ao Diário de Aveiro e à Aveiro FM, a investigadora conclui, no entanto, que a população «não tem plena consciência do risco que está a correr»
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Leia a entrevista no DA

Luís de Matos no CUFC



"A vida por trás do pano"


O ilusionista Luís de Matos vai estar no CUFC (Centro Universitário Fé e Cultura), no dia 6 de Março, terça-feira, às 21 horas, para falar de “A vida por trás do pano”.
O conhecido mágico de Coimbra participa no Fórum::UniverSal do CUFC, um espaço mensal de partilha e debate, revelando não especialmente os truques de magia, mas o homem que está por detrás do artista internacionalmente aclamado.

Porto de Aveiro

Porto de Aveiro: Foto de Dinis Alves



MAIS UMA VISTA GERAL
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O Porto de Aveiro, uma das molas reais da vida económica da região, é, também, um espectáculo para a vista. Esta fotografia mostra o Porto de Aveiro, na sua zona comercial, vendo-se a entrada da barra, com bacias de àgua a emoldurarem tudo e todos.

quinta-feira, 1 de março de 2007

Imagens da Gafanha da Nazaré




A Meia Laranja é lugar predilecto
de quem gosta de ver o mar
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Conclusão do Molhe Sul, actual Molhe Central, também conhecido por Meia Laranja. Década de 30, do século passado.
Quem a viu e quem a vê. Sinais obviamente de progresso. O Farol, agora, está muito mais protegido, graças às obras que naquela zona foram levadas a cabo. Ainda bem. Se elas não fossem feitas em tempo útil, estaríamos agora como alguns das regiões do litoral. Mas é preciso cuidado, para proteger quem está mais a Sul. Na Vagueira, por exemplo, o perigo ronda.

Citação

"O meu ideal político é a democracia, para que todo o homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado"
Albert Einstein
Fonte: Citador

Provérbio

"Quem muito dorme pouco aprende"

Pena de morte

Dia Internacional
pela Abolição da Pena de Morte Celebra-se hoje o Dia Internacional pela Abolição da Pena de Morte. Portugal, que foi pioneiro no mundo na abolição da Pena de Morte, merecendo elogios, por isso, do grande escritor Victor Hugo, orgulha-se dessa decisão. E nós, portugueses, temos obrigação de continuar a lutar para que esse crime seja erradicado da face da Terra. Sei que é difícil, mas nem por isso devemos desistir de pugnar para que ninguém seja condenado à pena capital, tão cruel e tão desumana. Penso assim porque acredito que o criminoso, por maior que ele seja, com vida, terá sempre uma oportunidade para se arrepender, podendo até vir a ser útil à humanidade. Com a Pena de Morte, acabam todas as hipóteses de reabilitação e de integração na sociedade. É certo que grandes países, como os EUA, mantêm a Pena de Morte, mas isso não invalida a nossa intervenção contra esta pena. Não é verdade que os condenados à morte podem até estar inocentes? Não há tantos presos e condenados injustamente? A história não nos tem mostrado tantas vezes que os tribunais também se enganam? Além disso, como crente, penso que a vida, como dom de Deus, é pertença do Criador e só Ele pode pôr-lhe fim. F.M.

A nossa gente


Associação de Municípios da Ria

“De um lado o mar bate e levanta constantemente a duna, impedindo a água de escoar; do outro, é o homem que junta a terra movediça e a regulariza… A Ria é como o Nilo, é quase uma divindade. (”Raul Brandão in “Os Pescadores”)

Industria, agricultura e pesca, urbanismo, turismo e um sem número de outras actividades estão totalmente dependentes do bom funcionamento deste ecossistema: a
Ria de Aveiro.
A criação do Gabinete da Ria de Aveiro e a definição concreta dos seus objectivos que permitiu realçar a especificidade das questões da qualidade do ambiente e do processo de desenvolvimento económico e social da região envolvente à Ria de Aveiro, a internalização dos princípios do desenvolvimento sustentável e a consideração de que a Ria constitui uma unidade geográfica bem definida, constituíram as sinergias necessárias que ditaram em 13 de Outubro de 1989 a formação da Associação de Municípios da Ria.
Perspectivar o futuro com vista à definição de uma filosofia de intervenção eficaz e equilibrada, condicionar as actividades a desenvolver à sua exploração racional e à manutenção ou melhoria da qualidade ambiental, valorizando economicamente os recursos endógenos de toda esta região, têm sido os pressupostos que ao longo de todos estes anos têm norteado os princípios e a estratégia de intervenção da AMRia.
Por tudo o que tem feito, pelos desafios que se avizinham e pelo futuro que se quer trilhar sem comprometer as necessidades das gerações futuras entendemos, fazendo jus aos princípios que nos norteiam na promoção da “+ECO 2007”, damos por esta, relevo a todo o trabalho efectuado ao longo destes 18 anos pela Associação de Municípios da Ria, prestando-lhe a nossa singela homenagem e agradecendo tudo aquilo que tem feito pela nossa Ria e por toda esta vasta região onde, por direito e por condição natural, se integra o nosso Município de Ílhavo.
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Associação de Municípios da Ria: Águeda, Albergaria-a-Velha, Aveiro, Estarreja, Ílhavo, Mira, Murtosa, Oliveira do Bairro, Ovar, Sever do Vouga, Vagos.
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In "Viver em", da CMI

Zé Penicheiro - 50 anos de pintura

Exposições em diversas cidades

Zé Penicheiro 
Este ano, o multifacetado artista plástico Zé Penicheiro comemora 50 anos de pintura, evento que incluirá a realização de exposições em diversas cidades entre as quais, Coimbra, Leiria e Aveiro, e a publicação de um livro / catálogo retrospectivo da sua obra de pintura.
Aveiro, como cidade de adopção do artista, será palco do encerramento desse ciclo de exposições, o que decorrerá em Outubro ou Novembro, e contará com o apoio da autarquia aveirense. Com essa exposição, deverá ocorrer o lançamento público do referido livro, obra para a qual está garantido patrocinador.
Com mais de duzentas páginas, o livro deverá incluir textos de opinião crítica sobre a obra de Zé Penicheiro, alguns dos quais publicados na imprensa regional, nomeadamente no “Correio do Vouga”, desde meados da década de 1950 até à actualidade. No entanto, o tema central será a reprodução de pinturas do artista, de modo a dar uma visão geral de meio século de criação artística na área da pintura.
Ao longo de cinquenta anos, o artista concebeu centenas de quadros, muitos dos quais são marcos de uma época, obras que se encontram em colecções diversas. Como muitos desses quadros estão em mãos de particulares, Zé Penicheiro solicita aos coleccionadores e detentores de obras suas que o informem (através dos telefones 234 382 554 ou 919 690 069) sobre as obras que possuem, e sobre a possibilidade de mesmas serem fotografadas, de modo a enriquecerem o livro / catálogo retrospectivo.
Zé Penicheiro nasceu na Aldeia de Candosa (Coimbra), em 1921. Iniciou a sua carreira artística como caricaturista em diversos jornais, no ano de 1948. Começou a pintar em 1955 e expôs pela primeira vez no Porto, em 1957. Em Aveiro, abriu uma galeria de arte (1971) e foi um dos fundadores do Aveiro-Arte. Desde 1977 dedica-se exclusivamente à pintura. Tem realizado exposições um pouco por todo o país, e também no estrangeiro. Recebeu vários prémios artísticos e foi alvo de homenagens por parte de diversas entidades e instituições.

 
Texto de Cardoso Ferreira, 

no Correio do Vouga

Um artigo de D. António Marcelino


MISTICISMO,
UMA MODA OU UM GRITO
DE SOBREVIVÊNCIA?


O tempo é de contrastes. Por uma lado, violência, barulho, atordoamento e o navegar no vazio ou no superficial que diverte e não exige nem pede nada. Por outro lado, grupos de jovens e de adultos, de todos os lugares e continentes, deslocam-se e encontram-se, ciclicamente, em lugares convidativos para rezar, para experimentar a eloquência do silêncio e olhar, serenamente, para dentro, já que por fora não há qualquer novidade que prenda ou interesse.
Num clima de modernidade empobrecida em que tudo se apresenta como passageiro e descartável, não falta gente a denunciar o vazio reinante e a procurar o essencial, o permanente, o que dá segurança e sentido.
Não interessa dizer qual o grupo mais numeroso. No compulsar do coração e no caminho de procura exigente da verdade e do bem, o número não é a melhor medida da realidade, nem o melhor critério para aquilatar do seu valor. Nas democracias o número é decisivo, mas, também, por isso, se sente a fraqueza de um sistema que, apesar de tudo, ainda é, no reconhecimento dos direitos e na possibilidade de participação, o menos mau. Mas, no restante da vida, o número pode marcar apenas o mundo dos interesses para aqueles que com ele sossegam, se contentam e beneficiam.
O misticismo, como forma de interiorização e de procura profunda da vida que circula nas raízes do nosso ser, tem a expressão da total gratuidade quanto ao tempo, às relações mútuas e aos trabalhos realizados.
Achei curioso, e não me escandalizei nem estranhei, ao ler palavras do realizador do filme “ O grande silêncio”. Contava ele que ao pedir autorização para filmar dentro do grande Convento da Cartuxa de Grenoble, o abade lhe disse que teria de esperar quinze anos para que tal lhe fosse permitido… Fora do clima da vida dos monges, esta resposta parece ridícula e pouco respeitadora. Assim não o entendeu o cineasta e a sua paciente e compreensível espera fez que o tempo lhe fosse encurtado…
Estou cada vez mais convicto de que o misticismo, ou seja, o regresso ao espiritual e ao sagrado nos tempos que correm não é uma moda, mas, antes, um grito profundo que muitos já não conseguem calar e para o qual procuram resposta que os situe numa vida consequente, com progressivo sentido e novos horizontes.
O deserto também é fértil, como o silêncio é eloquente. Depende da atitude de quem, livremente, se mete pelo deserto, ou de quem se entrega, voluntariamente, ao silêncio.
Em tempos idos, eram os padres e os religiosos que faziam dias de retiro espiritual em silêncio, deixando os trabalhos do dia a dia, para depois regressarem com mais coragem a enfrentar as exigências que os mesmos não dispensam. Hoje, são jovens e adultos, homens e mulheres, casais e idosos, doentes e sãos, intelectuais e rurais os que cortam com a vida normal por uns dias, para mergulharem da oração e na reflexão. Nenhuma alienação. Essa poderá acontecer na assistência ao jogo desportivo, não na procura livre de um espaço de respiração e alimento do espírito.
A nostalgia de Deus, bem como a necessidade de confronto de uma vida desgastante com um ideal que a supera, são mais frequentes do que se pode imaginar. Quem acordou para que, a tempo, o possa verificar e agir em consequência, já exorcizou, por si, os tão frequentes esgotamentos de que muitos se queixam. O esgotamento é a nova epidemia de quem restringe a vida a quadros fechados e restritivos e não deixou de olhar horizontes mais largos. Assim, tudo fica reduzido aos limites de uma vida empobrecida por dentro.
Ninguém procura o enriquecimento espiritual porque é moda. Muitos o procuram para poderem, de novo, ser os condutores lúcidos de si próprios.