terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Socorrer os que mais precisam afirma-se como o pilar essencial de acção





Todos humanos e humanitários

1. Os acontecimentos recentes do Haiti, a par de outros do género onde a condição humana é fortemente interpelada, continua a fazer-nos relançar algumas questões fundamentais. Quantas vezes observamos que em situações trágicas as fronteiras são abertas à solicitude dos “outros”, ou as próprias linhas políticas são relativizadas, pois que socorrer os que mais precisam, sejam eles “quem” forem, afirma-se como o pilar essencial de acção. Mas depois, passado o limpar das águas ou o apagar do fogo parece que tudo volta ao passado de fronteiras fechadas, de relações sociais frias, sofrendo um forte apagão toda a frescura solidária que a urgência faz despertar nos primeiros tempos.

Alexandre Cruz

Mais um trabalho do meu amigo Manuel




«Por escolas de outros tempos»


Penso que nunca se publicou tanto no nosso País como agora. Diariamente aparecem nas livrarias novas obras de jovens promissores e de escritores consagrados. As reedições sucedem-se, sinal de que há muita gente a ler. E se as edições se vão multiplicando dia a dia, com facilidade para alguns escritores e com imensas dificuldades para os novatos nestas lides da escrita, é sabido, também, que muitos outros se vêem obrigados a edições de autor, isto é, pagas pelos próprios, sem ajudas de ninguém. Os mais teimosos lá vão tentando descobrir patrocínios para as suas publicações, mas nem sempre é fácil. Outros desistem dessas preocupações e vão escrevendo para os familiares e amigos.
Um desses é o meu amigo Manuel Olívio da Rocha, um gafanhão que reside no Porto há décadas. Quase todos os anos, pelo Natal, brinda-nos com um trabalho que poderia, muito bem, ser impresso e distribuído por editoras que não se envolvessem somente com escritores que aparecem nas televisões ou nas rádios, ou que tenham amigos nos jornais e revistas, ligados a lóbis editoriais.


Navio-escola Sagres deixa o Porto de Aveiro durante a visita dos Grandes Veleiros


CMI patrocina viagem do navio-escola Sagres


O navio-escola Sagres iniciou, hoje, uma viagem de 11 meses, à volta do mundo, que conta com o apoio da Câmara Municipal de Ílhavo, numa oportunidade única de promover além-fronteiras os valores e a cultura do nosso município, que tem “O Mar por Tradição”.

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Em dia de menos chuva chega-me a notícia da morte de antigos colegas




O Sol ainda não saiu vencedor

Na luta contra a chuva e o frio, o sol ainda não saiu vencedor. Foi anunciada ontem a sua vitória, mas tal não se concretizou, decerto com medo de alguém. Não sei de quem. Vamos continuar a aguardar, para depois festejar.
De qualquer forma, saí de manhã para uma caminhada, de que já sentia saudades. Caminhei pouco porque os amigos que encontrei me levaram a desenferrujar a língua. Ouvi mais do que falei, mas também falei.
E é curioso como destes encontros saio normalmente enriquecido. De um ouvi histórias de um reencontro familiar, há tantos anos esperado, de outro fiquei a saber pormenores do começo do Cortejo dos Reis na Gafanha da Nazaré, à volta da antiga capela de Nossa Senhora da Nazaré, no lugar da Chave, e com um terceiro senti o entusiasmo com que aborda os temas ligados à sua colecção de livros antigos, sobretudo os que dizem respeito aos Descobrimentos Portugueses. Prometi visitá-lo um dia destes, para a entrevista que se impõe.
Também tomei conhecimento do falecimento de dois antigos colegas de escola, residentes em Aveiro. São eles o José Maria da Silva Soares Arroja e o Manuel Pompeu da Loura de Melo Figueiredo. A vida tem destas coisas. Colegas da juventude, cada um seguiu para o seu lado. Eles por Aveiro e eu na Gafanha da Nazaré. Os anos vão passando, os encontros rareando e as amizades ficam diluídas. Depois, lá vem o dia em que o anúncio dos seus falecimentos nos faz recordar vivências em comum. Os meus pêsames às suas famílias. Paz às suas almas.

FM

Se pudesse escolher, com quem gostaria de beber uma cerveja?

Sugestões de leitura no i de hoje


No editorial do i, Sílvia de Oliveira reflecte sobre o melhor candidato para as presidenciais, olhando para Cavaco Silva e Manuel Alegre. O primeiro, Cavaco, será tecnicamente perfeito, dotado de um imaculado sentido de Estado, de uma independência e seriedade à prova de bala e de uma inabalável estabilidade de carácter r ideológica; o segundo, Alegre, combateu em Angola, foi preso pela PIDE, esteve dez anos exilado na Argélia, é poeta, gosta de caçar e de touradas, é polémico e inconveniente, é arrogante e intelectual, tem mundo.  E depois, a jornalista pergunta: «Se pudesse escolher, com quem gostaria de beber uma cerveja?»

Que os Haitis do mundo sejam conhecidos e amados por outras razões que não a tragédia




Entre Ruínas

O Haiti entrou no grande teatro do mundo por motivos bem diferentes daqueles por que frequentemente era noticiado: as crises políticas e os golpes de Estado. À notícia do sismo sempre se juntou uma outra não menos dramática: a pobreza. Um dos países mais pobres do mundo, foi o subtítulo que sempre acompanhou as grandes manchetes sobre um sismo que teve apenas mais um ponto do que aquele que recentemente nos atingiu. Poderíamos ter sido nós.
Um acontecimento desta ordem, num grau de tragédia tão intenso, deixa-nos sempre um oceano de questões que vamos arrumando desajeitadamente até que o tempo nos canse, as imagens nos saturem e um outro evento nos mude os registos da emoção. Desta vez não foi excesso de chuvas, desabamentos, furações, possivelmente por maus-tratos que vamos dando à gestão do frio e do calor nos nossos mecanismos de civilização. Desta vez não sabemos bem o que há a fazer com placas tectónicas que se movem poucos quilómetros abaixo do mar e estoiram com o rés-do-chão do nosso planeta onde construímos as nossas casas e desenhamos as nossas cidades, desde o barracão rudimentar ao palácio presidencial.

António Rego

Ainda os casamentos gay



O sexo dos cônjuges


Desculpem o meu cepticismo. Mas parece-me que a possibilidade de um casamento só ter noivos ou noivas é pouco para começar ou acabar uma civilização. No fundo, estas "causas fracturantes" em Portugal têm menos que ver com a vida social do que com a vida política. Falamos do "casamento gay" porque o PCP e o BE querem entalar o PS e porque o PS não se quer deixar entalar e, já agora, quer entalar a direita.

Os homossexuais entram nesta história como carne para canhão político. Basta pensar que entre os seus advogados encontramos os comunistas, que criaram, nos países em que estiveram no poder, dos piores infernos do século XX para a homossexualidade (leiam as memórias de Reinaldo Arenas). Ou que o PS, para ficar de bem com toda a gente, não se importa de lhes dar com uma mão o casamento e com a outra, ao proibir adopções, a primeira discriminação legal. Com o devido respeito pelas boas almas a quem o caso excita, o que convém aqui ao cidadão é uma indiferença higiénica pelo que diz e faz uma classe política irremediavelmente cínica.

Rui Ramos

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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Obama: O povo haitiano não será esquecido



Haiti, os milagres da tragédia

1. O Haiti é o novo centro do mundo. Desde o dia em que a terra tremeu (12 de Janeiro 2010) uma multiplicidade de acções vai-se estendendo pelo mundo inteiro no sentido da necessária ajuda ao povo haitiano. As contagens revelam o lado frio do acontecimento (cerca de 200 mil mortos?), mas o acontecimento trágico, tal como a dor e o sentimento, é sempre individual. Existem as descrições horrendas características do pior que a desumanidade pode sofrer, mas existem histórias de milagres de algumas vidas salvas em plena tragédia. As desgraças trazem consigo sempre também o lado do surpreendente e da valorização de cada vida salva, de cada gesto solidário, de cada momento bom.

Alexandre Cruz

Primórdios da Gafanha

Sobre os primórdios da península da Gafanha, leia aqui.

Lourdes Pintasilgo faria hoje 80 anos


Se fosse viva, Maria de Lourdes Pintasilgo faria hoje 80 anos. Nasceu em Abrantes a 18 de Janeiro de 1930 e faleceu, em Lisboa, a 10 de Julho de 2004. Foi a única mulher portuguesa a ocupar o lugar de primeiro-ministro, no pós-25 de Abril. Militante católica, assumiu na vida a aposta numa nova ordem social. Fundou, em Portugal, o Movimento Graal e dirigiu diversas instituições de vocação social e política.
Esta evocação, sucinta, pretende apenas lembrar uma mulher superior, com larga projecção internacional. Em Portugal não havia espaço nem lugar onde pudesse dar largas aos seus projectos de mais cultura e mais justiça social, alicerçadas na Doutrina Social da Igreja. A própria Igreja, aliás, também não soube aproveitar, entre nós, a força do seu carácter, a ambição do mundo melhor que ela desejava, o testemunho de um catolicismo responsável e coerente. Portugal não a soube ouvir e seguir. No estrangeiro foi ouvida e respeitada. 



FM


Os meus livros antigos





"Manual de Civilidade e Etiqueta" é uma edição de 1914, da responsabilidade do Editor - Arnaldo Bordalo, de Lisboa. Trata-se de «Regras indispensaveis para se frequentar a boa sociedade», coligidas por Beatriz Nazareth. É curioso como um livro destes nos pode dar um retrato de uma época, onde as classes chamadas mais altas, no conceito de pirâmide social, decerto estariam em contraste flagrante com a pobreza maioritária do grosso da sociedade.

Bento XVI na Sinagoga de Roma


Bento XVI fala de acção "discreta" 
durante a II Guerra, judeus pedem arquivos abertos

O Papa Bento XVI foi ontem visitar a Sinagoga de Roma - o que aconteceu pela primeira vez. Mas quem esteve presente, nos discursos dos judeus que o acolheram e no discurso que dirigiu à comunidade judaica da cidade, foi o Papa Pio XII, que liderou a Igreja Católica durante a II Guerra Mundial.
Durante a cerimónia, o presidente da Comunidade Judaica de Roma, Riccardo Pacifici, pediu ao Papa a abertura dos arquivos do Vaticano respeitantes ao pontificado de Pio XII (1939-1958). "Enquanto esperamos um julgamento partilhado, desejamos, com o maior respeito, que os historiadores tenham acesso aos arquivos do Vaticano sobre este período e todos os acontecimentos" ligados à Alemanha nazi, afirmou.

António Marujo


Foto publicada no PÚBLICO
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domingo, 17 de janeiro de 2010

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues


(Clicar para ampliar)

“Fazei tudo o que Ele vos disser”


Gérard David - Bodas de Caná - séc. XVI


O VINHO DA FESTA


A festa de casamento dos noivos acaba de modo feliz. O episódio ocorre em Caná da Galileia. Obedece a um ritual bem definido para celebrar o amor conjugal – sinal publicamente reconhecido do amor de Deus por toda a humanidade. Os protagonistas são o chefe de mesa, os serventes e alguns convidados, dos quais se destaca Maria e seu filho Jesus. Nazaré.

Tudo corre bem, até que Maria dá conta de que o vinho está prestes a faltar. Cheia de solicitude e com muita discrição, comunica-o a Jesus. Após umas palavras de interpelação, Maria diz aos serventes: “Fazei tudo o que ele vos disser”. E o inesperado acontece: Surge vinho novo em abundância e da melhor qualidade. E a festa cresce de intensidade e de ritmo. A acção de Jesus havia dado um apoio decisivo às carências dos noivos, à busca de soluções dos intervenientes, à alegria dos convivas.

João – o narrador do episódio – regista o facto não apenas pelo seu valor histórico, mas sobretudo pelo seu alcance simbólico. É este alcance que lhe interessa: mostrar a mais valia da presença de Deus no casamento religioso e concretizar esta presença em Jesus Cristo e na sua atenção às situações concretas.

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 167

PELO QUINTAL ALÉM – 4



O NABO


A*

Zé M.ª Parrachoche
Manuel Nunes Sarromão e Maria Augusta
João Encante
Plácido


Caríssima/o:

«O nabo e o peixe, debaixo da geada crescem.»
Vem a propósito, pelos gelos que temos sentido...

a. Este ano os nabos do nosso quintal são muito bichosos, muito feios e pouco se aproveita da cabeça; valha-nos a rama e... esperemos pelos grelos.

e. Ali pela Borda era uma fartura.
Nesta quadra do ano, não fora o nabo e a fome apertaria mais forte por meados do século passado, alturas daquilo a que os letrados chamam pomposamente de «grande guerra».
E não era só para nós, as crianças, que deambulávamos sempre perto do Esteiro. Crus e à dentada, a nossa dieta preferida; quando cozidos com a rama e o carapau de «três vinte e cinco», torcíamos o nariz... Também para o porco que estava no curral, os nabos substituíam a batata que escasseava.
Parece que os terrenos arenosos propiciavam boas colheitas...

i. O nabo é barato, saudável e fácil de preparar e de cultivar ( mesmo em solos pobres).
A cabeça tem as honras, mas talvez não se saiba que as folhas de nabo, que muitos cozinheiros não aproveitam, são mais nutritivas do que as raízes.
Muitas pessoas servem os nabos frescos ou cozidos, mas eles também podem ser assados, cozidos no vapor ou fritos. Pelo sabor doce e ao mesmo tempo picante, o nabo pode ser usado em saladas, cozidos, sopas e pratos de legumes.


sábado, 16 de janeiro de 2010

Cem imagens que marcaram a década

Para não esquecer, ver aqui

José Estêvão: Revolução e Liberdade


O período da Exposição “José Estêvão: Revolução e Liberdade (1809-1832)” foi prolongado até 26 de Fevereiro, pelo que não encerra amanhã, dia 12 de Janeiro, como tínhamos anteriormente anunciado.
Inserida nas comemorações do bicentenário do nascimento de José Estêvão, inaugurou-se no passado dia 19 de Dezembro, a exposição intitulada “José Estêvão: Revolução e Liberdade (1809-1862”).
A mostra “José Estêvão: Revolução e Liberdade (1809-1862)” está patente até ao dia 26 de Fevereiro, na galeria do antigo edifício da Capitania de Aveiro, de terça a sexta-feira das 10.00 às 12.00 horas e das 14.00 às 17.30 horas. Tem entrada livre.

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Ana Brito no PÚBLICO: Amigos para sempre

Há mais telemóveis que pessoas...


Usamo-los para tudo, usamo-los por tudo e por nada. Quando estamos à espera, quando estamos perdidos, quando estamos aborrecidos ou quando estamos contentes e queremos partilhar boas novidades. São despertadores e agendas. Leitores de música e computadores pessoais. Falamos com família e amigos, pagamos contas e vemos e-mails. Muito do nosso mundinho anda ali, concentrado naquele "aparelhómetro" mais pequeno que a palma da mão.

Os telemóveis chegaram há coisa de 17 anos e hoje questionamo-nos como era a vida sem eles. Gustavo Cardoso, sociólogo, chama-lhe "o ajudante privado nas tarefas do dia-a-dia" e, num estudo recente do Observatório de Comunicação (OberCom), concluiu que os jovens (principalmente as raparigas) destacam os telemóveis como o objecto sem o qual não conseguiriam viver, à frente da televisão e da Internet. Mas serão os únicos?

Ana Brito


Vasco Pulido Valente: "As vozes do derrotismo"

As "vozes do derrotismo" são hoje,
infelizmente, a "voz da realidade"


(...)
Nem a Assembleia, nem o Presidente se perguntam por que razão Portugal recaiu no velho vício do endividamento externo e interno, que lentamente corrompeu a Monarquia Liberal e liquidou à nascença a I República. E se por milagre se perguntassem, não sabiam responder. Discutir o Orçamento - e, pior ainda, segundo consta, um plano a longo prazo para "solidificar" as finanças públicas - sem uma palavra sobre a administração central e local, sobre a corrupção, sobre a justiça e, principalmente, sobre a eficácia e papel do Estado Providência, é um absurdo. As "vozes do derrotismo" são hoje, infelizmente, a "voz da realidade". Cassandra, afinal, não se enganou.

Vasco Pulido Valente

Os Homens e os Animais

Um dia,  Alexandre Herculano, homem de rara integridade e sabedoria, afirmou: «Quanto mais conheço os homens, mais estimo os animais.» 

Talvez por isso, "fugiu" de Lisboa e refugiou-se em Vale dos Lobos, onde se dedicou à agricultura, especialmente à produção de azeite. Longe dos homens, olhou mais para a natureza, dando um lugar especial aos animais. Daí o pensamento que hoje transcrevo.

Vem isto a propósito dos meus animais, que minha esposa cuida como se de filhos se tratasse.  Aqui, na minha tebaida mais pequena, onde o silêncio é total , tenho a companhia das nossas  gatinhas, Gutti e Biju,  muito amigas de todos. Aconchegadas e quentinhas,  no ninho comum, aqui estão a saborear uma paz que me contagia, neste sábado de chuva e sem sol.
Bom sábado para todos.

Fernando Martins

O abismo entre os muito ricos e os muito pobres é intolerável


Cassandra

Jonas e Cassandra

1. O livro de Jonas, na Bíblia, enquadra-se no chamado género literário midráshico, portanto, sem pretensão de narrar acontecimentos históricos, mas com intenção didáctica. No caso, essa intenção é a superação do particularismo da salvação e a proclamação do amor e misericórdia universal de Deus. Ficou no imaginário popular e artístico sobretudo por causa dos três dias e três noites que Jonas passou no ventre de um peixe.

Jonas começou por não querer cumprir a ordem de Deus, que o enviou a Nínive: "Levanta-te, vai a Nínive, a grande cidade, e anuncia-lhe que a sua maldade subiu até à minha presença". Mas, depois de o peixe o ter vomitado em terra firme, Jonas foi, entrou na cidade e andou um dia inteiro a apregoar: "Dentro de quarenta dias Nínive será destruída". Ora, diz a Bíblia, "os habitantes de Nínive acreditaram em Deus, ordenaram um jejum e vestiram-se de saco, do maior ao menor. A notícia chegou ao conhecimento do rei de Nínive; ele levantou-se do seu trono, tirou o seu manto, cobriu-se de saco e sentou-se sobre a cinza". E publicou um decreto para que "cada um se convertesse do seu mau caminho e da violência que há nas suas mãos".
Então, "Deus viu as suas obras, como se convertiam do seu mau caminho, e, arrependendo-se do mal que tinha resolvido fazer-lhes, não lho fez". Aí, Jonas sentiu-se atraiçoado, pois a sua profecia não se cumpria. Andara a fazer o quê? "Ficou profundamente aborrecido com isto e, muito irritado, pediu ao Senhor: 'Peço-te que me mates, porque é melhor para mim a morte que a vida'".

Anselmo Borges

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

A decadência do jornalismo em Aveiro

Li no blogue Notas de Aveiro uma reflexão que dá para pensar. A decadência do jornalismo em Aveiro é, de facto, notória. E se reconhecermos que Aveiro tem fama e algum proveito de cidade em fase de progresso, temos de admitir que algo vai mal. O  João Oliveira promete que vai voltar ao assunto, decerto para nos ajudar a descobrir o porquê de tudo isto. Eu, que já deixes as correrias jornalísticas há muito, fico a aguardar as causas desta decadência. Ideias? Para já não tenho... Nem sequer sei por onde pegar no tema.


FM

Paz e amor para Ricardo Araújo Pereira


Ricardo Araújo Pereira



“O ateísmo tem sido, para mim e para tantos outros incréus, a luz que me tem conduzido na vida. Às vezes fraquejo, em momentos de obscuridade e de dúvida, mas, mesmo não sendo capaz de provar a inexistência de Deus, tenho conseguido manter a fé – uma fé íntima fundada numa peregrinação que tem a grandeza e a humildade da longa caminhada da vida – em que Ele não exista”. Fiquei a pensar nestas palavras de Ricardo Araújo Pereira, lidas na Visão de 31/12/2009 (intitulavam-se “Paz e amor para todos menos para mim”), onde ele descosia, com cordialidade e combate, a homilia de Natal do Patriarca. À irresistível trepidação hilariante, que pontua a construção dos seus textos, junta-se aquilo que mostra, talvez ainda melhor, como Ricardo Araújo Pereira é simplesmente um grande escritor: o modo como se expõe e nos expõe, numa archeologia ad usum animae.

A vocação sacerdotal definida por três leigos

Fátima Campos Ferreira, Isabel Jonet e Marcelo Rebelo de Sousa analisam Igreja e sacerdotes no Congresso Internacional «À Escuta da Palavra»



A visão que a sociedade tem do padre nos dias de hoje foi esta tarde analisada por três personalidades do campo social português. Num debate moderado pelo Cónego João Aguiar, presidência do conselho de gerência do grupo Rádio Renascença, o Congresso Internacional «À Escuta da Palavra» contou com a análise de uma jornalista, uma economista e um professor universitário sobre a realidade mediática e a posição que a Igreja e o sacerdote assumem na sociedade.

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Bota-Abaixo da Nau Portugal na Gafanha da Nazaré, em 1940

O Bota-abaixo da Nau Portugal, na Gafanha da Nazaré, em 1940, ficou na memória de imensa gente. Pode recordar esse acontecimento aqui.