quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Professora do AEGN vence prémio Aquilino Ribeiro

Maria da Nazaré de Matos 
vence Prémio Aquilino Ribeiro

Maria da Nazaré de Matos

«A investigadora e professora de Português do ensino secundário Maria de Nazaré Matos [do Agrupamento de Escolas da Gafanha da Nazaré] venceu a primeira edição do prémio Aquilino Ribeiro, ao apresentar um ensaio inédito sobre o mestre das "Terras do Demo".
O prémio literário, de âmbito nacional, resulta de um concurso realizado em 2015 sobre obras inéditas de ensaio em torno do universo de Aquilino Ribeiro, promovido pelo Centro de Estudos Aquilino Ribeiro (CEAR), com o alto patrocínio do município de Viseu.»

Ler toda a notícia no EXPRESSO

NOTA: Está de parabéns a professora Maria da Nazaré de Matos pela vitória alcançada na primeira edição do Prémio Aquilino Ribeiro, promovido pelo CEAR. Diz o representante do júri que a vencedora se distanciou dos concorrentes «logo numa primeira linha, quer pela sua estrutura, qualidade de linguagem, rigor de análise à temática e abertura, que possibilita aos leitores uma maior acessibilidade e paixão à obra de Aquilino».
De parabéns também está o AEGN por ver premiada uma docente e investigadora que todos admiram pela sua competência e dedicação à causa do ensino. 

Evocando o Padre Miguel Lencastre

Faz hoje dois anos 
que partiu para o seio de Deus

Padre Miguel (Foto do meu arquivo)

É sempre com alguma emoção que evoco o Padre Miguel Lencastre, um amigo desde que o conheci e com quem colaborei enquanto coadjutor e depois pároco da Gafanha da Nazaré, ao todo 11 anos. Depois disso, sempre que vinha por estes lados, fazia questão de me visitar, o que muito me honrava.
O Padre Miguel foi-me apresentado uns tempos antes de vir para a Gafanha da Nazaré. Foi no Café Central, frente à igreja matriz da nossa terra, onde estava a tomar café com o Padre Domingos Rebelo dos Santos, nosso prior de então. Nessa altura, adiantou o Padre Domingos, estava a ser equacionada a hipótese de o Padre Miguel vir para a nossa paróquia como coadjutor. E foi dizendo que ele pertencia ao Movimento de Schoenstatt e que teria optado pela Gafanha da Nazaré, por ser um ponto central do nosso país, bem útil para difundir a mensagem schoenstattiana.

Música na Matriz da Gafanha da Nazaré

Concerto de Ano Novo da Filarmónica Gafanhense


Realizou-se no domingo, 3 de janeiro, pelas 16 horas, na Igreja Matriz da Gafanha da Nazaré, o já habitual concerto de Ano Novo da Filarmónica Gafanhense, também conhecida por Música Velha, dirigido pelo maestro Jorge Paulo Margaça, professor do Conservatório de Aveiro. Trata-se de uma iniciativa promovida pela banda, a cuja direção preside Carlos Sarabando Bola, dedicada a todos os amantes da música, em especial, familiares e amigos das dezenas de executantes e alunos, dirigentes e professores desta muito antiga instituição do nosso concelho.
Apresentando-se com segurança e harmonia, a Filarmónica interpretou a Grande Marcha de Soichi Konagaya, a Abertura Quo Vadis de Salsola, Ivanhoe de Bert Appermont, entre outras peças do seu reportório, culminando a sua atuação com uma peça para Trompetes e Banda escrita pelo compositor Robert Allmend, intitulada Formation-Flight.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Gafanha da Nazaré é filha do Porto de Aveiro

Navio-Escola Sagres

Edito hoje, no Galafanha, um texto que escrevi há anos para um jornal. Já passou muito tempo, mas julgo que mantém atualidade, no meu ponto de vista. A Gafanha da Nazaré não seria o que presentemente é, se não fosse o desenvolvimento que o Porto de Aveiro, com as suas diversas valências, suscitou. Mantenho, pois, o que então disse, muito embora haja, sem dúvida, razões para admitir que outros focos de interesse foram crescendo.

Com este tempo...


Com este tempo, de chuva e frio, só assim se pode ver o mar. Uma visita, fugidia, apenas para quem tem saudades do oceano que nos cativa com os sons quantas vezes cavos que  nos visitam em noites tranquilas. Regressa-se de imediato, que o ar gélido não perdoa. mas é um regresso com a alma cheia das ondas que desde a meninice ocupam um lugar especial no nosso ADN.

Nota: Foto do meu arquivo do principio do inverno.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Escritores e a Ria de Aveiro — 12


Saudades de mim, menino

Ai barcos, ai barcos
Triste é vosso negror,
Por onde ides navegar?
Que espreitais (?),
Pelo olho que levais na proa.
Ai amores, ai amores
Da ria amada,
Ai amores de verde pino…
Ai saudades de mim, menino,
Levai-me no vosso vagar.

Senos da Fonseca
“Marés”

Um novo livro de Georgino Rocha

“IGREJA SINODAL 
— A alegria da missão na sociedade secularizada”


“IGREJA SINODAL — A alegria da missão na sociedade secularizada” é o mais recente livro de Georgino Rocha, sacerdote da Diocese de Aveiro. Com chancela de Tempo Novo, a edição contou com o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Aveiro. 
O autor dedica este seu trabalho a D. António Francisco, atual Bispo do Porto, «pelo seu estilo de ser Bispo Pastor no meio do povo», ao Padre Ricardo Lombardi e ao Grupo Promotor do Movimento por um Mundo Melhor, à Órbis, projeto diocesano de animação missionária, e, ainda, ao cinquentenário do Concílio Vaticano II. Curiosamente, ou talvez não, Georgino Rocha evoca a data 24 de maio de 2015, dia da beatificação de Dom Óscar Romero. 

domingo, 10 de janeiro de 2016

Mestre Mónica no lugar que lhe pertence



O Mestre Mónica já está no lugar que lhe pertence. Tardou mas o assunto está encerrado. Porém, encerrada não está a ação dos vândalos que existem por todo o lado, sendo uma ameaça infelizmente constante à tranquilidade dos habitantes desta terra que foi erguida há mais de 100 anos como freguesia e paróquia e depois vila e cidade, impondo-se como terra de gente de bem, trabalhadora, honrada e digna dos seus antepassados.

Ecologia — Tenho orgulho nos meus conterrâneos!

Crónica de Maria Donzília Almeida


A primeira vez que ouvi falar no tema, remonta à década de 60 do século passado, nos meus estudos de Zoologia. Era objeto de estudo o coelho e a dada altura a professora referiu as adaptações ecológicas do mamífero. Ninguém na altura conhecia o termo e eu gostei de imediato…foi quase um amor à primeira vista.
Ecologia é um ramo da Biologia que estuda as relações entre os seres vivos e o meio ambiente onde vivem, bem como a influência que cada um exerce sobre o outro.
A palavra Ökologie deriva da junção dos termos gregos oikos, que significa “casa” e logos, que significa “estudo”. Foi criada pelo cientista alemão Ernst Häckel e se a princípio foi um termo científico de uso restrito, entrou na linguagem comum nos anos 1960, com os movimentos de caráter ambientalista. Era eu uma teenager.
O conceito de Ecologia Humana designa o estudo científico das relações entre os homens e o meio ambiente, incluindo as condições naturais, as interações e os aspetos económicos, psicológicos, sociais e culturais.

Com quem começar o novo ano? (II)

Crónica de Frei Bento Domingues 

Bento Domingues

 O cristianismo nasce no reino 
da liberdade criadora!



1. Para mim, Jesus Cristo foi desde sempre, é e será o ser sublime, supremo e ideal que a humanidade produziu. Enquanto Judeu, é o único orgulho que sinto de ser da sua raça. A sua existência, as suas palavras, o seu sacrifício e a sua fé deram ao mundo o mais nobre presente jamais recebido: o do amor, do amor do próximo, do amor do pobre, a compaixão, a humildade, enfim todos os sentimentos que enobrecem o ser humano… é o Homem supremo. Estas são palavras do famoso músico Arthur Rubinstein (1887-1982).
Santa Tereza de Avila [1] (1515-1582), com ascendência judaica, escreveu um dos mais belos sonetos da literatura espanhola, nascidos da sua paixão porJesus: (…) Muéveme, enfin, tu amor de tal manera/ que aunque no hubiera cielo, yo te amara,/ y aunque no hubiera infierno, te temiera (…).

sábado, 9 de janeiro de 2016

Cortejo dos Reis adiado

Reis ou magos no palácio de Herodes
O Cortejo dos Reis, agendado para amanhã, foi adiado para o dia 17 deste mês. O mau tempo, notoriamente agreste, com chuva, frio e vento, a isso obrigou. A festa, que é sempre o Cortejo dos Reis, precisa de ambiente minimamente aceitável. Vamos acreditar que no dia 17 de janeiro vai estar bom tempo. O Menino Jesus providenciará nesse sentido.

"Ofereça um Natal mais Feliz"

Crianças da Obra da Providência 
foram contempladas com prendas natalícias

Ondina Silva entrega prenda
No dia 23 de dezembro, na agência do BPI, na Gafanha da Nazaré, houve entrega de prendas natalícias a crianças-utentes da Obra da Providências. Foram 33 as contempladas, oriundas, obviamente, de famílias com algumas dificuldades económicas. 
Quando entrámos naquela agência, deparámos com um cartaz elucidativo, direcionado para clientes do BPI de todo o país, intitulado “Ofereça um Natal mais Feliz”. 
O texto esclarece que «O BPI ajuda mais de 400 instituições de solidariedade» em todo o território nacional, enquanto procura estimular cada cliente a oferecer um presente «a uma criança apoiada por uma instituição da sua região». 

Sandra Cachim, diretora técnica da Obra,
assiste à entrega de uma prenda
Domingos da Silva, gerente da agência da nossa terra, esclarece que esta ideia surgiu há anos no banco, tendo sido de imediato assumida, porque considera ser importante levar à prática a solidariedade, em especial em tempos de crise. «A ideia é de facto ajudarmos as pessoas que mais necessitam», salientou. E acrescentou  que «foi com muito prazer que este trabalho foi promovido», contando com a dedicação de Ondina Silva, gerente de conta, «que orientou todo o processo».
Eduardo Almeida, em representação da Obra da Providência, agradeceu em nome das crianças e suas famílias a iniciativa do BPI, frisando «a nobreza do ato de quem está disposto a distribuir um bocadinho do que tem contribuindo para um Natal um bocadinho melhor» de quem mais precisa. Ainda realçou o gesto daquele banco e dos seus colaboradores e clientes, que mostra à saciedade que o sentido de partilha deve ser uma atitude presente nas comunidades em que vivemos.

Ondina Silva e Sandra Cachim convencem bebé
a receber a prenda
O gerente quis reforçar o interesse e o envolvimento concreto dos clientes, porque «eles é que foram os obreiros», e adiantou que, nas antevésperas da quadra natalícia, «chegam a perguntar quando é que começa a campanha para a recolha das prendas».
Com a abertura da campanha, é distribuído aos que desejam colaborar um cartão com o nome e a idade da criança, para que a prenda seja ajustada e de agrado de quem a vai receber.
Por sua vez, o BPI oferece um contributo monetário à Obra da Providência, enquanto se disponibiliza para analisar as iniciativas e projetos da instituição, no sentido de oferecer as melhores condições e garantias.

Fernando Martins

O futuro da Igreja. 1

Crónica de Anselmo Borges 

Anselmo Borges
«Cardeais e bispos não são "príncipes" 
nem podem viver como "faraós"»

Papa Francisco

Estive com ele uma vez, em Paris, e impressionou-me muito a sua imensa cultura e simplicidade. Intelectual de enorme prestígio, ocupou a cátedra de História das Mentalidades Religiosas no Ocidente Moderno, no Collège de France. Autor de numerosas obras mundialmente conhecidas, Jean Delumeau acaba de publicar L"Avenir de Dieu (O Futuro de Deus), com o seu percurso de vida intelectual e espiritual ao longo de 60 anos. Católico de fé assumida, diz-se "humanista cristão" e interroga-se sobre as inquietações do presente e o futuro do cristianismo. Do alto da sabedoria e da autoridade dos seus 92 anos, propõe, já na conclusão, uma série de reformas urgentes para a Igreja, que, dada a sua importância, apresento hoje e no próximo Sábado.
Antes dessa conclusão, Jean Delumeau atravessa, em síntese, os grandes temas das suas investigações científicas, no quadro da história das mentalidades, como: o medo, o pecado e a culpabilização, a confissão, o perdão, o sentimento de segurança, o paraíso e as suas imagens, a Europa de hoje. E deixa pensamentos sábios, que obrigam a reflectir. Assim, no contexto da imagem terrífica de Deus, que tem de ser revista, escreve:

Festa do Baptismo de Jesus

Reflexão de Georgino Rocha

Pintura do Batismo de Jesus Cristo: Estou baptizado. 
Vivo como cristão?

As festas natalícias convergem para o baptismo de Jesus ocorrido no rio Jordão e celebrado por João Baptista. Convergem e abrem novos horizontes à compreensão da sua pessoa e da missão que lhe está confiada. O menino de Belém portador de paz e fonte alegria, o adolescente de Nazaré fiel aprendiz da vida familiar e da arte do artesão, o orante contemplativo das maravilhas de Deus na humanidade e na criação, surge agora como homem adulto entre os pecadores que demandam o baptismo de penitência.
João acolhe-o e tem com ele um diálogo eloquente e assertivo. Aceita fazer o que lhe pede. Deixa que mergulhe nas águas do rio, se banhe como qualquer outro penitente, assuma os pecados de quem se baptiza quais limos que se pegam ao seu corpo e lhe introduzem marcas profundas, viva a experiência original da humanidade ferida. Jesus, entretanto, entra em profunda e expressiva oração.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Grupo Columbófilo da Gafanha com nova sede


Ji remelha 1 715 9999:



A Câmara Municipal de Ílhavo cedeu ao Grupo Columbófilo da Gafanha (GCG) um edifício em Remelha, onde funcionou um Jardim de Infância, para o exercício da sua atividade social. Congratulo-me com o fato por conhecer há muitos anos a ação do GCG, que cultiva a paixão pelo pombo-correio junto da mossa gente.
Permitam-me que sublinhe que o Columbófilo da Gafanha foi fundado em 1952, sendo, provavelmente, a mais antiga instituição criada na nossa terra. Tem uma longa história gerada à volta da paixão pelos pombos-correios, porém, pouco conhecida de muitos gafanhões. Imerecidamente, diga-se de passagem.

O protocolo estabelecido entre a CMI e o GCG pode ser lido em CMI

Ler entrevista que o GCG me concedeu aqui


quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Escritores e a Ria de Aveiro — 11

palheiro de josé estêvão - Pesquisa Google:
Palheiro de José Estêvão

Destes ocasos d’oiro 
e deste cerúleo mar

Destes ocasos d’oiro e deste cerúleo mar,
Desta mesma risonha e plácida paisagem,
Quantas vezes, meu Pai, a luminosa imagem
Se reflectiu no teu embevecido olhar!

Era aqui, nesta paz, que vinhas descansar,
Refazer, para a luta, as forças e a coragem,
Vendo a planície verde ao fundo e, sob a aragem,
Brancas, no azul da Ria, as velas deslizar…

Por isso o coração aqui me prende assim!
E, da saudade, quando, ao remorder acerbo,
Tua figura evoco e ressuscito em mim,

Vejo-te errar na praia — emocionado engano! —
Buscando a inspiração do teu ardente verbo
No esplendor do Infinito e o tumultuar do Oceano!

Luís de Magalhães

 "José Estêvão — Estudos e Colectânea” 

É urgente repensar o papel do sénior

Crónica de Maria Donzília Almeida

Trio sénior


Aniversário — Lê-se no texto de apresentação do Fórum Municipal da Maior Idade:
“No contexto atual, num mundo em constante mutação, ávido de progresso e em que tudo se processa de forma cada vez mais rápida, sobretudo nas etapas associadas à fase mais avançada da vida, nem sempre as necessidades e as capacidades, ou as incapacidades, associadas a essas etapas são devidamente rentabilizadas, compreendidas e aceites, não apenas pelos restantes elementos da sociedade, mas muitas vezes pelo próprio indivíduo que as está a viver.
Por essa razão, revela-se hoje fundamental repensar o papel do sénior, atendendo sobretudo ao facto de esta franja da população estar em acentuado crescimento, de forma a mantê-lo ativo, produtivo e integrado, proporcionando a valorização integral do seu tempo, promovendo a sua qualidade de vida e atenuando as consequências inerentes às suas perdas e alterações físicas e emocionais.”

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

"Filinto Elísio — Poeta Amargurado"

O mais recente livro de Senos da Fonseca 


NOTA: Senos da Fonseca, um dos mais prolíferos escritores de Ílhavo, com intervenção cultural multifacetada, brinda-nos desta vez com uma peça de teatro, cujos ensaios estão a decorrer para apresentação muito em breve no teatro da Vista Alegre. Tudo farei para estar presente no lançamento do livro e no espetáculo, assim mo permita a minha saúde. De qualquer forma, aqui deixo o meu abraço de parabéns ao autor.

Scott arqueólogo

Crónica de Maria Donzília Almeida



Ão ão…

Há muito tempo, que não dou um ar da minha graça, mas estou bem rijo e cheio de genica. Continuo a correr pelo cãodomínio fora, como se fosse um perdigueiro à procura de caça. Mas não, o que faço é correr atrás dos carros que circulam na rua, ou de algum cãopanheiro meu que passa, em plena liberdade. Às vezes, vêm em matilha e fazem uma chinfrineira, que eu até penso que deve incomodar os moradores na rua. Mas não lhes digo nada… porque os invejo! Gostava de estar no lugar deles e fazer-lhes cãopanhia! Tenho a certeza que eles me aceitariam na sua família e me iriam tratar muito bem… nunca vi um cão abandonar ou escorraçar um familiar. Somos uma raça à parte, com sentimentos que estão em vias de extinção nos humanos, que se julgam tão inteligentes: o sentido de gratidão, reconhecimento e fidelidade. 
Um cão quando se dedica ao dono, é um caso muito sério! Nós não brincamos com os sentimentos dos donos! Se nos dedicamos, é de corpo e alma!

domingo, 3 de janeiro de 2016

Com quem começar o novo ano? (I)

Crónica de Bento Domingues 

frei bento domingues - Pesquisa Google:
Esperava-se, nesse momento, 
tanto entre judeus como entre gentios, 
que o universo mudasse de signo 
para uma nova salvação.

1. Um católico fervoroso tentou convencer-me de que a preocupação com a Bíblia e mesmo com os textos do Novo Testamento era prejudicial à sua fé, pois suscitavam-lhe muitas dúvidas e, para viver, as certezas é que são precisas. Tinha ficado muito satisfeito, no entanto, ao ouvir dizer que, “ao contrário do Judaísmo e do Islão, o Cristianismo não era uma religião do Livro. Era uma ligação espiritual a Jesus Cristo que, aliás, não tinha deixado nada escrito. Nenhuma doutrina ou prática moral se poderia reclamar dele”.

Perante semelhante desistência intelectual, não entrei na conversa. Por outro lado, também não disponho de respostas rápidas para questões complexas, como tantas vezes me foi pedido nesta quadra natalícia. Uma, repetida por vários leitores, regressou como se fosse a primeira vez: afinal, quem é o fundador do Cristianismo?
Um famoso historiador das origens cristãs, Antonio Piñero, em várias das suas obras e intervenções, sustenta que nenhuma das ideias do Novo Testamento, isoladamente consideradas, é original. A teologia deste conjunto de escritos não é um meteorito descido do céu. É um produto da história teológica, social e literária anterior que importa conhecer para compreender o nosso passado religioso e de certo modo, o próprio Ocidente.

sábado, 2 de janeiro de 2016

Bolacha Americana



Sou do tempo da Bolacha Americana que se vendia nas praias no verão como doce sempre apetecido. Depois a venda passou a ter lugar cativo nas grandes superfícies, que garantiam a comercialização durante todo o ano. Só no verão não dava para viver. E pelo que tenho visto não faltam os clientes, com "raiva" minha porque não a posso comer. A diabetes a isso obriga. 
Hoje o vendedor da bolacha americana saiu à rua, mesmo em tempo de inverno, curiosamente sem muito frio. E à falta de um bom amplificador de som, moderno e sofisticado, o vendedor usa as mãos para projetar a sua voz o mais longe possível. Bom apetite para quem puder comer a bolacha estaladiça e doce... muito doce.

A sabedoria em três palavras

Crónica de Anselmo Borges 

É urgente fazer o elogio do silêncio, 
para ouvir a voz da consciência



1. Passada a alegria, talvez até a euforia, da passagem do ano velho para o novo ano, o que é facto é que estamos no ano novo de 2016. E, aqui chegados, nesta abertura do novo, do que nunca houve, pois é mesmo novo, inédito, pela primeira vez, talvez não seja mau reflectir um pouco

2. Fazer o quê no novo ano? Fazermo-nos, que é a única tarefa que temos na existência.
Ao contrário dos outros animais, os humanos vêm ao mundo por fazer. Nascemos prematuros. Daí, dizermos a nós próprios: ou a natureza foi madrasta para nós, pois nascemos sem garras para nos defendermos, sem pêlos para nos protegermos, por fazer, ou esta é a condição de possibilidade de sermos o que somos, fazendo-nos: seres humanos, tendo de receber e de fazer por cultura o que a natura nos não deu. Nascemos com uma abertura ilimitada de possibilidades, permitindo inovar, criar e inventar, e crescer, de tal modo que, se Platão, por exemplo, cá voltasse, encontraria os outros animais como os deixou, mas teria dificuldade em adaptar-se à nova sociedade que entretanto os humanos criaram. Cá está: tendo nascido por fazer, a nossa missão é, fazendo o que fazemos nas mais variadas funções e actividades, fazermo-nos a nós próprios, uns com os outros, evidentemente. E, no fim, o resultado será ou uma obra de arte ou uma porcaria (perdoe-se a dureza da palavra), a vergonha de nós.

Festa da Epifania

Reflexão de Georgino Rocha

EM JESUS, DEUS FAZ-SE 
HUMANO PARA TODOS

Rolo da câmera | Flickr - Photo Sharing!:
Magos na tradição da Gafanha da Nazaré


Os magos do Oriente e a arriscada viagem a Belém, com episódica passagem por Jerusalém, constituem uma boa referência para todo o ser humano que busca o rosto de Deus. São um símbolo que Mateus “trabalha” admiravelmente e vem completar a manifestação do alcance da missão de Jesus. Aos familiares, é o nome; aos pastores, o anúncio dos anjos e a visita ao curral de animais; aos magos, a estrela com brilho intermitente que os acompanha em toda a viagem até Belém.

A Igreja, apoiada na riqueza desta tradição, celebra a Festa da Epifania do Senhor, festa em que Deus se humaniza em Jesus, acolhe os de longe e de perto, integrando raças e cores, tradições e culturas, crenças e religiões. Integrando, sem anular, mas completando e abrindo os olhos do coração a uma nova luz: a estrela da verdade, a riqueza do diálogo, a paciência nas “horas de trevas”, a persistência na viagem da vida, a alegria de alcançar a meta e ver o sonho realizado – início de uma nova etapa como aconteceu aos magos que regressam por outro caminho, após o encontro com o Menino e sua Mãe.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

A partir de hoje, começo a renascer!

Reflexão-poema  
de Maria Donzília Almeida

Propósito  — 2016

Hoje dir-me-ei que quero
Estar de bem com a vida,
E em paz comigo, com as pessoas
Que me rodeiam
E as que estão distantes de mim.
Vou irradiar esperança e amor,
A todas as pessoas que convivem comigo.
O que de graça recebi, de graça quero oferecer.
Não me vou queixar do passado,
Do que não deu certo,
Nem daquilo que deixei de fazer.
Hoje o meu pensamento
eleva-se e o meu viver intensifica-se.
Que Deus me ajude a ser
uma pessoa realizada e feliz,
Que nasceu para algo mais:
quero oferecer a todas as pessoas
o meu ombro amigo,
para que possam contar comigo
para chorar, sorrir, sonhar…
A partir de hoje, começo a renascer!


Google com bom gosto

A Google deseja-lhe um Feliz Ano Novo!