sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Telenovela com enredo no Município de Ílhavo

Forte da Barra
Navio-museu Santo André, memória viva da Pesca do Bacalhau

A Câmara Municipal de Ílhavo (CMI) aprovou a minuta de Protocolo a celebrar com a SP Televisão para a produção de uma telenovela para a SIC, cujo enredo e eixo principal de ação decorrerá no Município de Ílhavo.
Com a celebração deste protocolo, a CMI visa promover o nosso Município, através da produção de uma telenovela com cerca de 300 episódios, cuja história pretende promover e valorizar o património cultural, etnográfico e artístico do município, nomeadamente no que diz respeito à pesca do bacalhau.

Fonte: CMI; Fotos dos meus arquivos

Silêncio

Crónica de Anselmo Borges 

S. Francisco Xavier



Em 1549, São Francisco Xavier esteve no Japão e 60 anos depois já havia 300 mil católicos. Em 1614, começou uma perseguição brutal, para que renegassem a fé. Eram submetidos a dois suplícios: o da fossa e o da cruz. No primeiro, os condenados, envoltos em panos e amarrados fortemente por cordas e com um pequeno corte por detrás da orelha, donde saíam gotas de sangue, eram suspensos pelos pés, com a cabeça para baixo e para dentro de uma cloaca, podendo ficar assim dez dias até morrerem. A outra tortura: amarrados numa cruz erguida frente ao mar, ficavam abandonados às ondas, que iam e vinham esmagadoramente contra eles, no frio e na fome, dia e noite, até à morte.
Em 1966, o escritor católico Shusaku Endo, que foi proposto para Prémio Nobel da Literatura, escreveu um romance com o título Silêncio, agora em filme com o mesmo nome, de Martin Scorcese. Têm um fundo histórico. O padre jesuíta Cristóvão Ferreira apostatou, não resistindo à tortura da fossa, o que causou enorme comoção na Europa. Em plena perseguição, dois jovens jesuítas, Rodrigues e Garpe, oferecem-se para partir: move-os fundamentalmente saberem o que se passou na verdade com Ferreira, que tinha sido seu formador no seminário e que tanto admiravam.
O livro e o filme são obras cimeiras, de rara intensidade dramática e comoção, mas não admira que hoje não se perceba essa intensidade, porque, numa sociedade do bem-estar material e numa cultura do provisório e da pós-verdade, não há abertura para as decisivas questões metafísico-religiosas. Ficam aí quatro notas sobre o que penso serem os seus temas essenciais.

Fazer sempre o bem do outro

Reflexão de Georgino Rocha



Jesus continua a desvendar os horizontes novos da mensagem que anuncia. Os discípulos são exortados e fixar o seu coração em Deus Pai e a imitar o seu modo de proceder. Mesmo nas situações mais complexas e intrigantes. Mesmo nos casos de violência e de injustiça, e na relação com os inimigos. Com estas duas concretizações perfaz a lista que antes havia enunciado: o homicídio, o adultério, o divórcio, e o falso juramento. E o rosto feliz do discípulo fiel brilha como a luz do mundo e mantém a integridade do sal da terra.

Jesus define a sua missão em relação à lei e aos profetas como a de não anular ou desvalorizar, mas de elevar à plenitude. Ele dá o exemplo. Umas vezes cumpre e exorta a que se cumpra fielmente, outras reinterpreta, dá-lhes um sentido novo e pleno e recomenda a sua prática: “Eu porém, digo-vos…”. Também nas relações com os violentos e injustos, com os adversários e inimigos. E justifica a sua atitude com o modo de ser e de proceder do Pai que está nos Céus. Mostra assim a beleza exigente da sintonia do agir humano com a vontade divina.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

D. António Moiteiro na Zona Portuária Gafanha da Nazaré

Importa conhecer a realidade 
do Porto de Aveiro 
e das pessoas que nele trabalham

Carlos Isabel, D. António, Padre César e Carlos Rocha

D. António, Padre César e Carlos Rocha

No Instituto de Socorros a Náufragos

D. António e Braga da Cruz

Braga da Cruz e Bispo de Aveiro

Braga da Cruz, D. António e Carlos Isabel

Padre César e D. António

Braga da Cruz, D. António e Carlos Isabel

Uma lembrança para o Bispo de Aveiro (Pescador de José Augusto )
Forte da Barra

Lancha rápida e Farol

O nosso Bispo, D. António Moiteiro, visitou ontem, 15 de fevereiro, a zona portuária, tendo sido recebido pelo presidente da APA (Administração do Porto de Aveiro), Braga da Cruz, e pelo Capitão do Porto, Carlos Isabel. Esta foi uma iniciativa promovida pela paróquia, na linha da Visita Pastoral que o Bispo de Aveiro está a fazer à Gafanha da Nazaré, a qual culmina no  domingo, 19 do referido mês.
Acompanhado pelo pároco, Padre César Fernandes, e pelo presidente da Junta de Freguesia, Carlos Rocha, D. António sublinhou que a visita à área portuária se insere na importância de conhecer «a realidade do Porto de Aveiro e das pessoas que aqui trabalham». No fundo, adiantou, operam neste espaço, «quer na atividade marítima e na polícia marítima, quer no Porto de Aveiro, direta ou indiretamente, mais de 500 pessoas, o que é muito bom».
D. António Moiteiro valorizou o conhecimento da laguna, frisando que Aveiro e a nossa Diocese são «caraterizadas pela Ria». E a propósito do passeio que lhe foi proporcionado pela Ria, na lancha “Nossa Senhora dos Navegantes”, do Instituto de Socorros a Náufragos, com a companhia de outra lancha rápida da Polícia Marítima, o nosso Bispo mostrou a sua satisfação pelas paisagens que pôde apreciar, salientando que ver a Ria dentro dela é muito diferente do que vê-la de terra.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Mário Cláudio: "Camões era um marginal"

O escritor nortenho, mas de nível nacional, pelo menos, apresenta-nos um desafio interessante: Conhecer Camões que foi atirado para a vala comum. Com o seu mais recente livro, "Os Naufrágios de Camões", talvez possamos alimentar outras conversas que fujam do trivial.



Em entrevista ao Diário de Notícias, Mário Cláudio «põe em dúvida a autoria total de Luís de Camões no poema épico Os Lusíadas. Uma ficção literária que traz ao debate velhas questões».

Pode ler a entrevista aqui 

Para o Dia dos Namorados




Sorri!

Sorri sempre
Ainda que o teu sorriso
Seja triste…
Porque mais triste
Que o teu sorriso triste
É a tristeza
De não saber sorrir!...


In placar de uma clínica

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Dia Mundial do Doente

Unção dos Doentes 
na igreja matriz 
da Gafanha da Nazaré

D. António Moiteiro

Padre César

Na visita pastoral que o nosso bispo, D. António Moiteiro, programou para os dias 5 a 19 de fevereiro, não podia deixar de ser considerada a celebração do Dia Mundial do Doente, que ocorreu no sábado, dia 11. Nessa linha, fez todo o sentido ministrar o sacramento da Unção dos Doentes, na missa das 11h15 deste domingo, aos nossos idosos com ou sem doença declarada. Mas D. António não deixou de dizer que, afinal, a idade avançada é, já por si, sinal de algumas incapacidades.
No seu múnus de pastor e de educador da fé, o nosso bispo aproveitou a oportunidade para esclarecer que, antigamente [antes do Vaticano II], os idosos presentes só conheciam no grupo dos sete sacramentos, a Extrema-unção, dada quase na hora da morte ou na presunção de que o doente estaria nos momentos finais da sua vida. Hoje, porém, não é assim, sublinhou D. António, referindo que qualquer pessoa, em qualquer idade, pode receber a Unção dos Doentes, na perspetiva de que o Senhor, pela sua infinita misericórdia, venha em auxílio do padecente, lhe perdoe os pecados e o alivie dos seus sofrimentos. 
Para os moribundos, contudo, está reservado o Viático, isto é, a hóstia consagrada, o próprio corpo de Cristo. Se possível, os moribundos até poderão comungar sob as duas espécies. 
Para uma pessoa com fé, consciente e amadurecida, esta cerimónia é sempre comovente. Os idosos, doentes ou incapacitados, vivem estes momentos com serenidade, apesar de tudo, certos de que o Senhor Todo Poderoso não deixará de estar com eles e com todos, como Pai misericordioso que é. 
Uma senhora de idade avançada, mulher de fé como toda a vida a conheci, perguntou-me onde poderia sentar-se para receber a Unção dos Doentes. Lá lhe indiquei o lugar, mas ainda lhe perguntei se já tinha recebido este sacramento alguma vez. Que sim, que já o tinha recebido noutra ocasião, mas logo adiantou que o queria receber outra vez. É que, disse-me ela, nós somos muito pecadores... E eu, que bem a conheço, pensei cá para comigo: Se esta alma não for para o céu, ninguém vai para o regaço maternal de Deus. 

Fernando Martins

Semana Teológica Internacional de Luanda

Crónica de Frei Bento Domingues 



1. No fim de semana passado, esteve em Lisboa, um dos autores mais notáveis do pensamento cristão contemporâneo, Frei Timothy Radcliffe, O.P., a convite do Nós Somos Igreja Portugal e do Instituto S. Tomás de Aquino (ISTA). Fez duas conferências muito concorridas, no Convento de S. Domingos. A sua obra está traduzida em várias línguas. Em Portugal, a Paulinas Editora já publicou seis dos seus títulos. O último, Na margem do mistério - Ter fé em tempos de incerteza, foi lançado na sua presença, no dia 28.
Por formação, é um filho de Oxford e de Paris. Foi Mestre Geral da Ordem dos Pregadores entre 1992-2001, o primeiro dominicano inglês a ser eleito para essa responsabilidade. Actualmente, desempenha funções de docente em Oxford e de consultor do Pontifício Conselho Justiça e Paz, sendo muito solicitado para cursos e conferências em todos os continentes. Pratica uma teologia narrativa, bem-humorada, ecuménica, rasgando sempre novos horizontes, sem solenidade, deslocando a pseudo-ortodoxia de becos sem saída, para espaços de liberdade criadora.

sábado, 11 de fevereiro de 2017

Para todos mudarmos de conversa


«A terra não nos pertence. Esta noção fundamental é-nos lembrada pelos ecologistas. Deixando de lado todos os fenómenos espúrios, considero que esta nova atenção consagrada ao ambiente é um acontecimento capital para a história da Humanidade.»


Abbé Pierre
In Testamento

Uma história para nos fazer sorrir...

Forte de São José

José Manuel Coelho é um cidadão e político português, capaz de criar guerras na Madeira. Há dias, foi condenado a prisão efetiva, por ofensas a um adversário político, durante uma campanha eleitoral, que o juiz considerou graves. Jurou que não seria preso. Vai daí, ameaçou pedir asilo político ao autoproclamado Principado da Pontinha, onde reina D. Renato Barros II, ”O Justo”. O reino de D. Renato tem 187 metros quadrados e fica a uns 70 metros ao largo do Funchal. O único habitante é o príncipe D. Renato, quando lá vai de visita.

Ler mais sobre o principado aqui 

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Para falar, ouvir o silêncio

Crónica de Anselmo Borges 



Quando comparamos o ser humano e os outros animais, notamos que a linguagem é característica decisiva dos humanos. Já no século XVIII se deu essa compreensão, pois encontramos inclusivamente caricaturas com um missionário no meio da selva africana dizendo a um macaco: "Fala, e eu baptizo-te." Se falasse, era humano. Evidentemente, esta fala refere-se ao que é próprio do ser humano: dupla articulação da linguagem.
Pela palavra, abrimo-nos ao mundo e o mundo abre-se a nós. Falando, damos razão disto ou daquilo, argumentamos, comprometemo-nos, formamos comunidade. Sendo a razão humana linguisticizada, só podemos compreender-nos a nós próprios em corpo, com outros e na história.

O homem, pelo facto de ser "zôon lógon échon", animal que tem logos (razão e linguagem), é também "zôon politikón", animal social, político, diferentemente do animal, que é gregário, e a razão disso é a palavra, como bem viu Aristóteles, na Política: "A razão de o homem ser um ser social, mais do que qualquer abelha e qualquer outro animal gregário, é clara. Só o homem, entre os animais, possui a palavra." E continua: "A voz é uma indicação da dor e do prazer; por isso, têm-na também os outros animais. Pelo contrário, a palavra existe para manifestar o conveniente e o inconveniente, bem como o justo e o injusto. E isto é o próprio dos humanos face aos outros animais: possuir, de modo exclusivo, o sentido do bem e do mal, do justo e do injusto e das demais apreciações. A participação comunitária nestas funda a casa familiar e a cidade."

Saber escolher para viver em plenitude

Reflexão de Georgino Rocha


Jesus recorre ao contraste para realçar a novidade de vida dos discípulos. Lembra sentenças da Lei e dos Profetas muito apreciadas pelos judeus fiéis e faz-lhes uma interpretação radical em que desvenda o seu alcance genuíno e sentido integral. Justifica a sua atitude dizendo: “Não vim anular, mas dar plenitude”. E enumera os preceitos referentes ao homicídio, ao adultério, ao divórcio, ao juramento, à não violência e ao amor aos inimigos. Visualiza assim o novo rosto de quem é luz do mundo e sal da terra, irradiando felicidade. (Mt 5, 17-37).

A lei é precisa para congregar vontades e definir regras de convivência; mas, sem amor de doação, a vida desumaniza-se e a sociedade perde vitalidade. As normas são indispensáveis para gerar a harmonia na família e noutras formas gregárias, mas sem misericórdia compassiva e tolerante, a relação humana degrada-se e o egoísmo impõe-se. Os códigos têm valor enquanto regulam interesses e articulam funções nas organizações, mas sem atenção respeitosa à pessoa e ao bem comum, o conjunto desfigura-se e perde o sentido de serviço público. De facto, as Escrituras registam mandamentos e sentenças que definem o comportamento fiel do povo eleito para viver segundo a vontade de Deus. A situação actual reforça a importância desta urgente conjugação que dá rosto humano à realidade e segurança à liberdade.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

O Santa Maria Manuela parte para novas aventuras!

Santa Maria Manuela 
no Universo Jerónimo Martins


«Com efeitos legais a partir do passado dia 11 de Novembro, a Pascoal alienou o " Santa Maria Manuela" ao Recheio Cash and Carry, SA, empresa do universo Jerónimo Martins.
Motivações estratégicas e de contexto a tal obrigaram.
Foi uma honra para a Pascoal protagonizar e assumir a enorme responsabilidade de tornar realidade um sonho que se foi tornando colectivo, transformando um martirizado e heroico casco, num extraordinário navio seja qual for o ponto de vista de análise.
Preservámos o que de melhor tem o património marítimo português, ao mais alto nível, mantendo o navio com o pavilhão convencional de Portugal!.
Por outro lado, cumprimos o imperativo de consciência de homenagear em espaço vivido - o Santa Maria Manuela - todos aqueles que foram para a pesca do bacalhau à linha, do Capitão ao Moço, gente de Caminha à Fuzeta e aos Açores.
Dignificamos a Marinha Mercante Portuguesa ajudando a formar tripulações capazes de operar um grande veleiro que - tantas vezes nos últimos anos - foi o único representante de Portugal nas maiores concentrações mundiais de Tall Ships!
Milhões de pessoas admiraram a extraordinária beleza do SMM e mais de 400 000 pessoas o visitaram!
A todos quantos de forma sincera e desinteressada colaboraram com a Pascoal neste projecto, o nosso imenso abraço de amizade e agradecimento!
Aos novos proprietários e armadores, os nossos maiores votos de felicidades no desempenho da nobre tarefa de dar um novo impulso ao projecto SMM!
Pela nossa parte, caros Amigos, não pensem que nos estamos a despedir. Estamos apenas a dizer um até já!

Viva o Santa Maria Manuela e o seu projecto!
Viva Portugal!

Anibal Paião                                                        João Vieira»

Li aqui 

Postal Ilustrado: Painéis cerâmicos cheios de sentido






A Gafanha da Nazaré, como muitas povoações de Portugal, é rica em painéis cerâmicos ou outros. Terras antigas brindam os visitantes e quem passa com inscrições em pedra, cada uma com a sua história, dignas de se perpetuarem no tempo. Trata-se de uma riqueza cultural nem sempre aproveitada e muito menos apreciada, mas merecedora de estudos, importantes para os presentes e para os vindouros.
Quando calcorreamos a nossa terra, se levantarmos os olhos do chão ou da frente, fixando, por momentos, o casario, deparamos com painéis cerâmicos saídos da imaginação dos seus proprietários. Com muito bom gosto, uns, e nem por isso, outros. Porém, vale sempre a pena, porque cada painel está, obviamente, ligado à vida e pensar das pessoas que apostaram neles, como sinal identitário da família.
Nas minhas andanças por aí, sobretudo quando vou sem pressas, vejo painéis devocionais, de agradecimento a Deus, a Nossa Senhora e aos Santos, de identificação familiar, de evocação de memórias com cenas caídas em desuso, mas dignas de registo pela sua marca pedagógica e histórica.
Pelo que tenho visto, as pessoas agem sem complexos nem preconceitos, principalmente quando chega a hora de agradecer benefícios atribuídos a Deus, a Nossa Senhora, em especial de Fátima, ou à mediação dos santos das suas devoções.

Fernando Martins

domingo, 5 de fevereiro de 2017

Escuteiros vendem folares à porta da Igreja Matriz

Neste fim de semana, 
foram batidos todos os recordes 
de vendas de bolos

Chefe Fátima Simões e ajudantes
Chefe dá explicações
Há quem goste de escolher pela cor
Quem foi à missa das 11h15 na Igreja Matriz, no domingo, 29 de janeiro, reparou decerto nos escuteiros do Agrupamento 588 do CNE, Gafanha da Nazaré, que vendiam bolos ou folares sem ovos em cima. Era uma azáfama e se não tivéssemos encomendado um, ficaríamos a ver navios, porque se esgotaram num ápice. O sinal de que os bolos doces são apreciados está precisamente na procura rápida que se verificou. E cada um custa apenas dois euros.
A Fátima Simões, bem conhecida entre nós pelo seu dinamismo, não tinha mãos a medir. Mas nem assim deixou de posar para a fotografia e de nos prestar alguns esclarecimentos sobre esta ação.
É escuteira há 17 anos, sendo, presentemente, a chefe de unidade da II Secção, os Exploradores. «Desde sempre tive um “bichinho”, mas como andava por outros movimentos e serviços fui deixando sempre “para o canto” esse gosto», disse. E acrescentou: «Com a entrada da minha filha para o escutismo, o “bichinho” cresceu e cá estou.»
Fátima Simões garante-nos que a venda dos bolos já se faz há uns 20 anos, mas de forma regular só há uma década. Sublinha que são folares ou pão doce e a venda ocupa seis fins de semana por ano, «independentemente de colaborarmos com o Conselho Económico nas vendas de bolos que também promove».
Segundo a chefe Fátima Simões, a venda deste fim de semana, dinamizada pela sua secção, bateu todos os recordes, com 400 bolos vendidos em todas as missas da paróquia.
Esta iniciativa, que visa a angariação de fundos para as muitas despesas do agrupamento, dirige-se atualmente para a construção em curso da nova sede dos escuteiros, em que todos estão empenhados, como é compreensível.
Na confeção dos bolos, para além do envolvimento dos escuteiros e chefes, há ofertas de pessoas amigas, nomeadamente, farinha, ovos e açúcar. E o agrupamento ainda conta com amigos experimentados em fazer a massa, com as doses adequadas, e para a cedência de fornos, onde os bolos são cozidos.
Conforme nos informou a chefe Fátima, o agrupamento foi autorizado pela direção do Grupo Desportivo da Gafanha a vender bolos naquele fim de semana, junto ao Pavilhão Desportivo, onde esteve a decorrer um torneio de basquetebol feminino sub 14.
Importa dizer que os nossos escuteiros, com o seu dinamismo própria, se envolvem em diversas iniciativas de enriquecimento pessoal e coletivo. O agrupamento tem 4 secções com um efetivo de 80 associados e 17 chefes.

Fernando Martins

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

GAFe Bike Lab - Escola Secundária da Gafanha da Nazaré

A Nossa Gente: 
Espaço Bicicleta na Gafanha da Nazaré

Bicicletas na Escola Secundaria (foto dos meus arquivos)
Foto da agenda "Viver em... " da CMI

Neste mês de fevereiro, em que o Fórum Municipal da Juventude da Gafanha da Nazaré comemora mais um aniversário, dedicamos a rubrica “A Nossa Gente” ao GAFe Bike Lab e a todos os jovens, professores e restante comunidade educativa que dão corpo a este projeto.
Na origem deste processo está o reconhecimento da Câmara Municipal de Ílhavo de que a realidade da bicicleta na cidade da Gafanha da Nazaré é única, reconhecida aliás, em termos oficiais pelo INE, que em recentes levantamentos estatísticos efetuados constatou que esta cidade é onde mais se utiliza a bicicleta em Portugal nos percursos casa-trabalho e casa-escola (1.201 deslocações/dia), bem como o facto de, porventura, a Escola Secundária da Gafanha da Nazaré ser a escola a nível nacional, onde mais alunos, professores e funcionários usam a bicicleta, num total de cerca de 350 utilizadores diários. 
O GAFe Bike Lab pretende ser o embrião de um centro de prototipagem rápida (FabLab) com equipamentos, tecnologias e processos que tenham impacto na experimentação, inovação e fomento do empreendedorismo dos alunos, tendo por suporte a bicicleta e a mobilidade suave. Pretende ainda ser mais um instrumento da Escola Secundária da Gafanha da Nazaré para uma melhor educação e formação dos seus alunos, quer ao nível das competências formais, quer ao nível das competências informais dos seus alunos, com capacidade de promover projetos e dinâmicas que envolvam outros agentes da comunidade, escolas e entidades de Ílhavo e da região. Este espaço resultou de um desafio lançado pela Câmara Municipal de Ílhavo à Escola Secundária da Gafanha da Nazaré e em estreita articulação com a GAFe Bike Lab – Espaço Bicicleta na Gafanha da Nazaré Universidade de Aveiro, através da sua Plataforma Tecnológica da Bicicleta e Mobilidade Suave, tendo sido inaugurado a 27 de setembro de 2016.

Quem era a serpente do Paraíso? (3)

Crónica de Anselmo Borges 


Ainda na continuação do livro de Ariel Álvarez, 
com a pergunta acima e mais 19 sobre a Bíblia. 

1. "Como é que Jesus fazia os seus milagres?" "Nenhum historiador sério duvida de que Jesus realizava obras prodigiosas." Fez coisas admiráveis a favor das pessoas, nas quais os seus seguidores viram o sinal de Deus. Mas não fez milagres no sentido estrito da palavra, isto é, suspendendo as leis da natureza. Crer neste tipo de milagres significa ou implica ateísmo, pois supõe-se que Deus está fora do mundo e, de vez em quando, vem dentro, a favor de uns e não de outros. Porque tudo é milagre - o milagre do ser e de se ser -, não há milagres.

Sobre os milagres, pense-se na observação, com lucidez cáustica, de Pascal, um dos maiores cristãos europeus de sempre. Quando um amigo chegou, com a roupa rota e cheio de feridas, contando o milagre que Deus acabava de fazer-lhe - "O cavalo resvalou por uma ravina, eu caí e, imagina, parei precisamente à beira do abismo" -, Pascal, pensativo, respondeu: "E a mim? Que milagre Deus me fez, porque nem sequer caí do cavalo!"

Boas obras dão brilho à vida.Experimenta!

Reflexão de Georgino Rocha


A felicidade das bem-aventuranças marca o estilo de vida dos discípulos. Rostos sorridentes, mesmo quando incompreendidos e perseguidos, corações mansos e humildes, peregrinos construtores da paz, incansáveis lutadores pela justiça, homens e mulheres libertos de todas as amarras para aderirem ao bem maior e fazê-lo em benefício do próximo necessitado, dão testemunho irradiante de Jesus Cristo, o modelo inexcedível de quem vive a novidade do reino de Deus. Testemunho sempre a melhorar, pois, como afirma Rinbeck, escritora norte-americana, “a felicidade não é uma estação de chegada, mas um modo da viajar”.
O sermão da montanha, no Evangelho de Mateus 5, 13-16, prossegue com duas parábolas de sabor popular, ricas de ensinamentos. “Vós sois o sal da terra”, “Vós sois a luz do mundo”, declara Jesus dirigindo-se aos discípulos e atribuindo-lhes a missão que lhes dá uma nova identidade. Ao ouvirem estas palavras, que sentiriam eles, simples pescadores do mar da Galileia, indesejados cobradores de impostos, anónimos recém-escolhidos dentre a multidão? Ao verem-se destacados e incumbidos de tal função, eles que tinham horizontes limitados no espaço e reduzidos no tempo? Ao darem conta que o Mestre fala no presente e não apenas no futuro, sem lhes dar margem para fazerem reconfortantes experiências de missão? De facto, o sentido é muito assertivo: Sois, já, sal e luz, na medida em que a vossa vida estiver marcada pela felicidade que vos anuncio.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Anúncio de mau tempo

Ontem apoderou-se de mim 
um certo receio


Ontem apoderou-se de mim um certo receio. Anúncio de mau tempo. Ondas assustadoras. Não era para menos, tão grandes seriam elas. Ventos fortes e chuvas torrenciais. Vi na TV alguém a preparar a defesa das habitações e comércios. Um sismo foi sentido em Aveiro, apesar do epicentro estar relativamente longe. Mas nunca fiando, que os sismos, quanto atacam, não são para brincadeiras. Era já noite, mas logo me avisaram: — Isso será amanhã. 
E de manhã nada de especial aconteceu por aqui. Espero que a força bruta da natureza se tenha perdido no caminho. Quem dera! E que nos deixe em paz, que bem precisamos.

Há menos Crianças e Jovens em risco no município de Ílhavo

Relatório de Avaliação das Atividades
da CPCJ regista tendência de decréscimo


Li hoje, com atenção e alguma curiosidade, o relatório anual de avaliação das atividades da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Ílhavo (CPCJ), referente ao ano 2016. E fiquei a saber que a comissão interveio junto de 256 crianças e jovens em perigo, o que representa «uma tendência de decréscimo que se verificava desde 2012». Ainda bem, pois isso é prova de que tem havido mais cuidado, a vários níveis, na formação integral dos futuros homens e mulheres de amanhã.
Sublinha o relatório que, «no tocante às situações de perigo envolvendo crianças e jovens que foram participadas à CPCJ, o maior número diz respeito à “negligência”», a situações em que os jovens «assumem comportamentos que afetam o bem-estar e o desenvolvimento, sem que os pais se oponham de forma adequada». Há ainda «a exposição a violência doméstica» e «situações que afetam o bem-estar e desenvolvimento» das crianças e jovens.
Sobre as participações, o relatório informa que elas chegam à CPCJ dos estabelecimentos de ensino, de membros da própria comissão, do Ministério Público, de familiares e das autoridades.
É justo referir que a diminuição do número de novos processos de crianças e jovens em perigo poderá ser «explicada pelo investimento que a CPCJ de Ílhavo vem fazendo no domínio da prevenção, nomeadamente, pelo Projeto “Tecer a Prevenção”. Este projeto foi promovido pela Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens e pela elaboração de um Plano Local de Promoção dos Direitos da Criança, «um importante instrumento de planeamento estratégico das ações preventivas a desenvolver no Município de Ílhavo, que congrega o contributo de diferentes representantes de entidades da comunidade, relativamente aos fatores de risco, fatores de proteção e aos recursos de prevenção e intervenção existentes no Município de Ílhavo».

Fernando Martins

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Museu Marítimo e Navio-museu Santo André em dia aberto

4 de Fevereiro 
MMI

Santo André

No primeiro sábado de cada mês, apenas e durante o horário de inverno, que se estende de outubro a fevereiro, as entradas no Museu Marítimo de Ílhavo e no Navio-museu Santo André são gratuitas. A abertura é às 10 horas no MMI e às 14 horas no Navio-Museu Santo André; a última entrada de visita é às 17h15 no Museu e às 17h30 no Navio-Museu.

Aula de Fotografia com Zé

Crónica de Maria Donzília Almeida


Costa Nova em grande plano 








“A fotografia é a poesia da imobilidade: 
é através da fotografia que os instantes 
se deixam ver tal como são.” 

Peter Urmenyi

“Uma imagem vale por mil palavras” foi o slogan que durante muito tempo preencheu o meu cotidiano docente, nomeadamente com o advento dos audiovisuais aplicados ao ensino. A imagem era um recurso educativo muito usado, em sala de aula, como suporte à explicitação e consolidação de conteúdos programáticos.
Dada a sua importância, havia bancos de imagens como precioso material auxiliar do professor.
Com o avanço das novas tecnologias, houve uma significativa poupança de tempo e esforço na obtenção desse recurso.
Considerando a força e eloquência da imagem, há uma forma de a obter que vai somando adeptos – a Fotografia. Colecionar imagens tornou-se uma atividade aliciante e desafiadora, na sociedade contemporânea, mercê da tecnologia e da instantaneidade, por vezes, da informação. Dia a dia, nos movemos mais pelas imagens que traduzem uma linguagem autoral, ou uma forma de comunicação, seja nas artes, na política, no domínio familiar ou como forma de comunicação global. 
Quando a disponibilidade de tempo vem associada à vontade de empreender coisa novas, na idade madura, embarca-se na aventura da Fotografia como hobby.
Assim aconteceu com um grupo de seniores que, à 6.ª feira, assistem, religiosamente, à aula de Fotografia como oferta pedagógica na Universidade Sénior.
Um jovem irreverente fotógrafo e apaixonado professor quis transmitir-nos o bichinho da sua arte, aliando conceitos abordados na sua simplicidade com a sua exequibilidade prática. Há uma diversidade de equipamentos fotográficos presentes entre os seniores, desde as câmeras fotográficas compactas até às câmeras fotográficas reflex.

Pombo da nossa terra no pódio da 35.ª Olimpíada Columbófila

O "Atleta" olímpico

O pombo-correio, propriedade do sócio Sílvio Vilar,  do Grupo Columbófilo da Gafanha (GCG), que representou Portugal nas Olimpíadas Columbófilas, em Bruxelas, na categoria Sport Absoluta (melhor pombo nas três especialidades, velocidade, meio fundo e fundo), subiu ao pódio, ocupando o 3.º lugar, o que significa uma honra para o nosso país e para o GCG. 
Felicito os columbófilos da nossa terra pelo palmarés de um pombo-correio deste nível, bom estímulo para que outros lhe sigam a carreira. Da mesma forma felicito Sílvio Vilar pela sua tenacidade e saber neste desporto que tem por atletas os nobres pombos-correios.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Santo André noutro tom


Para fugir ao trivial, aqui fica uma foto do Navio-museu Santo André num tom agradável.  Talvez para recordar o tempo do preto e branco, também bonito de ver.