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terça-feira, 9 de novembro de 2010

Livraria Lello: notável pela arquitectura interior





Durante a minha vida, passei diversas vezes pela célebre livraria Lello, que ostenta a fama de pertencer a um grupo restrito das mais belas do mundo. De facto, ali tão perto da também célebre Torre dos Clérigos, tudo  faria crer que eu a  tivesse visitado, mas assim não aconteceu, por razões que desconheço, já que sou um frequentador assíduo de livrarias. A fachada é notoriamente  diferente das que a ladeiam, dando por isso nas vistas. A verdade é que lá fui pela primeira vez há dias, aquando da minha visita ao Porto. A sua beleza e fama estão na arquitectura do seu interior, realmente histórica e digna de ser vista. Não há quem lhe fique indiferente e julgo que é por isso que há sempre quem entre e aprecie com gosto. Aconteceu comigo. Fotografei de um lado e de outro, subi para desfrutar a livraria Lello por todos os cantos. E até desci à cave onde há umas tantas edições,  próprias, de bolso,  provavelmente únicas, no género.


Cá estão visitantes de máquina em punho, fazendo o que eu havia feito, depois de outros me convidarem, pelo seu exemplo, a fotografar. Pelo que vi, o interior é chamariz para muitos turistas. Portugueses e estrangeiros, havia no rosto de muitos um certo ar de espanto. Depois lá olhavam para os livros.


Livros em estantes antigas, em expositores e em prateleiras. Edições recentes de publicações novas. Edições de livros mais antigos. Tudo como na maioria das livrarias. Menos livros do que em livrarias modernas. Um casal estranhou, como eu estranhei, não haver edições de colecção, para além de algumas num recanto. O gerente, que estava na caixa, convidou o casal, com aspecto de gente endinheirada, a acompanhá-lo ao seu gabinete, onde teria, provavelmente, o que procuravam. Como não sou coleccionador de obras ou edições  raras, fiquei no espaço comum. Ao fundo, uma vagoneta com livros, pronta para deslizar sobre os carris. Como decoração, claro.
Confesso que, para além do aspecto arquitectónico  da  Lello, fiquei um tanto ou quanto desiludido. As suas ofertas são muito inferiores às de muitas livrarias que apostam em chegar a grandes número de eventuais compradores, com obras variadas  para todos os gostos. Valeu a visita pelo símbolo de uma época que ela  representa, mas que já não volta. O comércio de livros exige espaços mais funcionais, com arrumações que chamem e cativem os que que entram. 

quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Visita à Livraria Lello





Tenho ido ao Porto, cidade a que me ligam gratas recordações, mas há cerca de quatro anos que não visito a célebre e histórica Livraria Lello. Não estará tão recheada como os espaços mais modernos vocacionados para a venda de livros, mas quem lá vai sente uma satisfação especial que nem sabemos explicar muito bem.
Já estive várias vezes na famosa Lello e senti realmente um prazer diferente, daí o vir hoje com esta evocação. Deduzo que este meu gosto terá a ver com o ambiente artístico e arquitectónico que acolhe as estantes com os mesmos livros que poderemos encontrar em qualquer outra livraria.
Há uns quatro anos a entrada era franca, mas agora e desde há anos é preciso comprar bilhete que será abatido na hora de pagar o que se adquiriu.
Na minha agenda registarei uma recomendação para na Primavera visitar a Lello no Porto. Tentarei cumprir.

F. M.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

O PORTO COM A LIVRARIA LELLO





Fui hoje ao Porto com a minha neta Filipa. Aceitei o seu convite ao jeito de quem deseja celebrar, de forma diferente, o seu aniversário. E a ida ao Porto, cidade da qual guardo gratas recordações dos tempos em que por lá andei, foi a cereja no topo do bolo. 
O tempo chuvoso e frio, à partida, não seria motivo de um dia bem passado, mas a cidade, que me envolveu logo à chegada, protegeu-me da invernia. E facilmente voltei décadas atrás, calcorreando velhas ruas com velhas casas, e de vários ângulos apreciei comércio antigo e moderno, edifícios com história, praças dedicadas a gente que deixou marcas no coração burgo. 
Foi bastante agradável conversar… conversar… conversar, enquanto passávamos por entre os pingos da chuva miudinha sem vento que incomodasse. A azáfama dos portuenses é notória e os estacionamentos repletos sugeriram-nos os parques subterrâneos sem olhar a preços, que o tempo urgia. E uma visita à famosa livraria Lello impunha-se. Entrada paga, com desconto garantido na compre de um livro. A livraria, considerada das mais bonitas do mundo, merecia a espera, a compra dos bilhetes em loja separava com bicha a impor a ordem. 
Turistas e mais turistas, funcionários atenciosos, fotógrafos e fotografias sem conta e  o esplendor do interior a apelarem à nossa atenção justificam a visita E os livros, sempre os livros, e a normalidade de uma qualquer livraria a declarar-se ali. Mas a chama e a fama do antigo e do belo bem casados atraem-nos. E os turistas não faltam e agradecem. 

FM

sábado, 13 de janeiro de 2018

LIVRARIA LELLO COM 400 CARAS




A livraria Lello do Porto é considerada uma das mais bonitas do mundo e orgulha-se disso, com os seus 112 anos de existência. Hoje,13 de janeiro, esteve em festa, como li no Público, e não terão faltado visitantes amantes da arte e da cultura. Se morasse por perto, também gostaria de lá estar para apreciar o Rosto do Porto - 400 caras moldadas pela escultora Ester Monteiro. Diz o Público que a artista homenageou personalidades diversas, entre as quais figuram Fernanda Ribeiro, Alexandre Quintanilha, João Botelho, Souto Moura e Siza Vieira.

O que escrevi sobre a última visita pode ler aqui

domingo, 9 de junho de 2019

Bento Domingues - Pentecostes: só a muitas vozes!

Frei Bento Domingues
Muitas vezes se contrapôs o mito do Pentecostes ao da Torre de Babel quando, de modo diferente, são ambos a apologia da diversidade.

1. É muito bela a narrativa mítica da Torre de Babel e, a meu ver, muito mal interpretada. A diversidade das línguas e a dificuldade que ela representa, para a chamada comunicação, é um dado da experiência universal. O desejo/sonho de uma só língua, para ser realizado, precisa de um poder dominador universal que elimine todas as outras. No referido mito, é a intervenção de Deus que se opõe a esse imperialismo de destruição da diversidade linguística para a realização de projectos megalómanos [1]. Muitas vezes se contrapôs o mito do Pentecostes [2] ao da Torre de Babel quando, de modo diferente, são ambos a apologia da diversidade. No Pentecostes, cada qual os ouvia falar na sua própria língua. Estupefactos e surpreendidos diziam: Não são todos galileus, esses que estão a falar? Como é que cada um de nós os ouve na sua própria língua materna?
O universalismo do movimento cristão não é uma razia da diversidade cultural e linguística. O desejo de catecismos universais e de um direito canónico, onde está tudo previsto, são incapazes de se converterem à diversidade na História da Igreja. Apesar do Vaticano II, a unicidade nas expressões da Fé cristã continua a contrariar a pluralidade cultural, mesmo dentro de um só país.

2. Este Pentecostes foi preparado por alguns acontecimentos significativos em relação ao desejado pluralismo.
O célebre historiador José Mattoso, ao receber o Prémio Árvore da Vida, reconheceu que um conjunto de personalidades tem feito da fé cristã o fundamento da sua obra cultural. “Em vez de oporem a fé à racionalidade, inspiram-se nela para produzir cultura. Houve tempos e lugares em que esta associação se considerava impossível. A fé opunha-se à ciência, à razão e à cultura. Hoje o diálogo tornou-se pacífico, e a crença é, para muitos, fonte verdadeira de inspiração cultural.”
Lembrou ainda que “a obsessão uniformizadora do catolicismo quinhentista e seiscentista persistiu durante os séculos seguintes e levou, por exemplo, a proibir a leitura de Erasmo, a condenar Copérnico, a criar a Inquisição, a legitimar a tortura, a proibir a leitura da Bíblia em língua vulgar, a fazer abortar os primeiros ensaios do Liberalismo Católico”.

segunda-feira, 19 de abril de 2021

Analfabetos

Ninguém calcula as saudades que eu tenho de entrar numa livraria. 
Será amanhã? Quando lá for, direi...

LELLO - Livraria histórica do Porto 

"Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não leem."

Mario Quintana

No Pensador